Já faz algum tempo nos tornamos a sociedade do excesso, do consumo e do descarte. Este modelo de vida tem sido questionado por diferentes filósofos e também por movimentos globais que surgiram como uma alternativa para uma vida mais simples, com mais sentido e valor, tais como o slow food e o slow tech.
Quando observamos o universo digital, em especial as redes sociais e seu maior aliado, o smartphone, é fácil notar que capturar e/ou criar, publicar e compartilhar é a regra do jogo.
Os números não mentem: diariamente são 340 milhões de tweets, 500 milhões de “curtições” e 300 milhões de fotos publicadas no Facebook. No Instagram são 5 milhões de fotos. Temos ainda as 60 horas de vídeo enviadas para o Youtube a cada minuto, ou uma hora de vídeo a cada segundo. Nada contra, mas o virtual pode sofrer, assim como a órbita da Terra, de algo semelhante a síndrome de Kessler.
Afinal o que significa este volume absurdo de conteúdo para cada um de nós? Primeiro, que investimos cada vez mais tempo em filtrar o que nos interessa e segundo, que estamos no piloto automático e não mais refletimos sobre o que publicamos e compartilhamos. É preciso viver o momento presente de forma plena, sem as inquietações do mundo virtual. Menos é mais em tempos de redes sociais.
Notas
A síndrome de Kessler propõe que o volume de detritos espaciais na órbita terrestre baixa é tão alto nos dias de hoje que os objetos colocados em órbitas são frequentemente atingidos por esses, criando assim outros detritos e um maior risco de futuros impactos.
Dados estatísticos
. Envision media 360
. Socialbakers
. Royal Pingdom – Internet 2012 in numbers
. 100 Fascinating Social Media Statistics and Figures From 2012 – HuffPost Tech Brian Honigman
[Webinsider]
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Ricardo Murer
Ricardo Murer é graduado em Ciências da Computação (USP) e mestre em Comunicação (USP). Especialista em estratégia digital e novas tecnologias. Mantém o Twitter @rdmurer.
Uma resposta
Ricardo, é interessante o levantamento que fez, vista que em se tratando de exageros já temos a lição vivida dos anos 1980. Acredito que é preciso ter bom senso dos usuários e não ficar postando tudo que acha interessante, assim como apareceram inúmeras sátiras dos ‘fotógrafos’ de plantão do Instagram que clicam e upam tudo ao redor. Nada contra isso, pois também sou assim, mas seleciono o que posto porque nem tudo que é interessante para mim será para meus amigos. Sem contar que o sistema de postagem do Facebook não é o ideal em virtude de nunca conseguir chegar ao final timeline, ou seja, conseguir ler tudo o que foi postado nas últimas horas ou dias, perdendo assim informações que realmente poderiam ser importantes.