Brad Feld é um dos venture capitalists mais conhecidos dos Estados Unidos, autor de vários livros e conhecido por espalhar a cultura de investimento em startups.
Ele comenta em um post de seu blog, Feld Toughts, uma frase que ouviu de um venture capitalist mais experiente:
“- VCs only need three rights: Up, Down, and Know What The Fuck Is Going On”
Traduzindo:
– O VC só precisa de três direitos: pra cima, pra baixo e o que é que está acontecendo.”
Explicando mais ainda. Todo VC segue essa linha normalmente quando participa de um pitch ou recebe um business plan.
Pela ordem:
- 1. Pra cima. Quando a startup está indo bem, o investidor quer ter o direito de continuar investindo. Manter sua participação e às vezes aumentar o equity em condições especiais.
- 2. Pra baixo. Direito de retirada, liquidando seu investimento nas condições estipuladas no Term Sheet e documentação de closing. Quando a empresa não está alcançando os números esperados, o investidor quer se retirar do negócio.
- 3. O que está acontecendo? Essa é simples, e todo venture capitalist vai requerer – assento no board da startup. Participar das tomadas de decisão é fundamental para prever se as coisas estão indo “pra cima” ou “pra baixo” e tomar as decisões.
De maneira extremamente resumida, esses são os principais pontos que um VC observa em um investimento.
Pro rata
Nesse texto o primeiro ponto, ou seja, o “pra cima”, que em Term Sheets são os “pro rata rights”.
O instituto “pro rata” significa dividir parcialmente, ratear. Usado no Brasil em contratos, normalmente vistos em prestação de serviços, comunicações, contratos financeiros e locação, entre outros. Significa a cobrança proporcional do valor devido por um serviço contratado, de acordo com a data da contratação ou rescisão.
No que toca a venture capital, os direitos pro rata dão ao investidor a possibilidade de participar numa rodada de investimento subsequente para manter o seu montante de participação na empresa.
Pro rata é o caminho para o investidor continuar a aportar capital em startups que estão atraindo mais capital e tração, ou seja, “going up”, indo “pra cima”.
Dependendo do estágio do investimento, os direitos pro rata nem sempre são garantidos na negociação. Normalmente estes direitos são reservados a fundos que aportam grandes valores e exigem ter a vantagem de manter seu nível de participação em caso de novas rodadas e emissão de ações. [Webinsider]
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Rodney de Castro Peixoto
Rodney de Castro Peixoto (rodneycp@gmail.com) é autor do livro “O Comercio Eletrônico e os Contratos”, advogado especialista em tecnologia da informação, professor, consultor jurídico de startups e empresas de tecnologia. Mais no blog Lawmate.