A abordagem simples na solução de problemas

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A maior parte dos problemas que enfrentamos no dia-a-dia pede respostas simples. E um destes problemas, acredite, é justamente o fato de não termos assimilado corretamente o conceito de simples. O simples muitas vezes assusta. Ou então inibe, pois não damos a ele uma correta interpretação. Achamos que por se tratar de uma resposta simples, ela não serve, ela está errada. E tratamos logo de complicar, criando falsas e rebuscadas seguranças.

A nossa capacidade de perceber o simples anda lado-a-lado com a forma que abordamos os problemas, que normalmente é a frontal. Olhamos apenas para a “cara” do problema – ou para seus efeitos – esquecendo-nos de avaliar sua raiz e seu corpo. Aqui, nossas soluções funcionam como um anti-gripal, que apesar de “declarar-se” contra a gripe, ataca apenas seus efeitos. Ou seja: a gripe continua lá, cumprindo seu ciclo médio de sete dias, tempo que é gasto no combate à coriza, um dos seus mais desagradáveis efeitos. E assim cuidamos do nosso trabalho, da nossa vida em família e do nosso desenvolvimento pessoal.

A outra forma de abordagem, aquela que permite uma visão diferenciada e multifacetada do problema, ajuda-nos a vê-lo sob uma nova ótica, muito mais abrangente, mais lateral que frontal.

O mais sensato a ser feito é gastar mais tempo interpretando o problema por completo, até mesmo distanciando-se um pouco dele. Sendo maior que ele. As informações que colhemos quando ampliamos nosso campo de visão costumam, quando combinadas, gerar respostas mais simples.

É a busca do tal “menos é mais”, presente no DNA das grandes inovações, venham elas das mais diferentes artes e ofícios.

Com o perdão pelo trocadilho, a nossa capacidade de tornar o simples complicado é complicada até de explicar. Charles Mingus, um dos grandes músicos de jazz que o mundo já conheceu, definiu bem essa tendência ao dizer que “complicar o simples é fácil. Criatividade é tornar o complicado simples”.

Quando passarmos a entender de forma ampliada quais são os nossos problemas e limitações, e nos dispusermos a avaliá-los com cuidado, com uma visão mais ampliada, a tendência será que nossas respostas tornem-se cada vez mais simples e eficazes. Isso requer uma mudança de hábito.

Enquanto tornamos o descomplicar um hábito, podemos tentar complicar menos a nossa vida. Que tal? [Webinsider]

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Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.

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6 respostas

  1. Parabéns pelo artigo. Complementando o Thiago Valenti, tem outro livro interessante que é o “Não me faça pensar” – Krug, Steve / Alta Books, você já deve conhecer. Trata sobre usabilidade, vale a pena.
    Assim como seu artigo, gostei muito desse livro. Na sua simplicidade, te mostra coisas que você para e diz: por que não pensei nisso antes? Ou, é verdade, tem razão!

    Mais uma vez parabéns, grande abraço!

    @noaldofilho

  2. Texto muito interessante e atual. Sem dúvida, é uma assunto bastante discutível. Parabéns.

    Eduardo, você já leu As Leis da Simplicidade (do John Maeda)?
    Comprei essa semana e vou começar a ler, parece ser muito bom, é exatamente nesta área.

    Se quiser saber mais (não é jaba pra saraiva, é a unica que eu encontrei que vende): http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=1569450&ID=BD08604B7D8041D09350C0872

  3. Muito legal seu texto. O respeito a esse princípio parece cada vez mais raro, seja por desconhecimento de uma abordagem funcional, insegurança pessoal ou >. Texto direto, simples e com conteúdo. Parabéns!

  4. Olá, Eliseu.

    Você tem razão, meu caro. Pequei na falta de exemplos práticos. 🙂
    Para uma visão ampliada de qualquer problema, um expediente simples (e concreto, convenhamos) é usar a abordagem dos ?5 porquês?. Vamos lá?
    Você está com sua conta bancária no negativo.
    Por quê?
    Porque você está gastando mais do que pode.
    Por quê? (repare aqui como a coisa diverge…podem surgir dois ou mais caminhos)
    Provavelmente, pelo excesso de gastos com itens que não são prioridades nesse momento, ou por que você precisa ganhar mais.
    Por quê?
    Ou estou gastando mais do que posso ou ganhando menos do que mereço.
    Por quê?
    Porque perdi o controle dos meus gastos por pura desorganização, ou porque ?estacionei? dentro do meu atual emprego ou atividade.
    Por quê? (note como aqui ela converge novamente…)
    Porque é muito provável que, por estar desmotivado com meu emprego, eu esteja descarregando minha frustração consumindo o que não preciso.
    Conclusão: ao invés de ficar reclamando para os amigos ou pedir aumento no limite bancário, achando que aí é que está o problema, o mais recomendável é dar um pouquinho mais de atenção ao seu planejamento pessoal, para resolver esse problema imediato. E na seqüência, se aprimorar e procurar um trabalho que concilie sua realização pessoal com o tanto que você precisa ou gostaria de ganhar.
    Honrando o conceito do texto, taí uma abordagem simples que pode facilitar, e muito, a vida da gente. Ninguém precisa de doutorado para usar isso ao seu favor.

    Um grande abraço.
    Eduardo Zugaib

  5. Firmeza, champz. A gente entendeu que foi um artigo conceitual. Mas você podia ter simplificado um pouco colocando uns exemplos concretos para ilustrar.

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