A eleição sem fim no Facebook e no Twitter

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De acordo com o TSE, dia 26 de outubro seria o último dia da eleição presidencial no Brasil. Esqueceram das redes sociais. Após uma eleição repleta de polêmicas, debates calorosos e intenso uso das redes sociais pelos candidatos, as redes sociais ainda fervilham.

O que estamos vendo é uma “teoria da cauda longa” aplicada ao processo eleitoral.

O debate realizado entre os presidenciáveis no dia 19 de outubro gerou 820 mil tweets ao longo das duas horas de programa.”

No Brasil o número de pessoas que usam o Facebook todos os meses chegou a 89 milhões entre abril e junho deste ano. No Twitter são 41,2 milhões de brasileiros com um crescimento de mais de 23% a partir do início deste ano. Não por acaso, os candidatos intensificaram suas campanhas nas redes sociais.

Dilma possui mais de 2 milhões de curtidas na sua página do Facebook e Aécio 4 milhões. No Twitter Dilma bate Aécio de longe, com quase 3 milhões de seguidores, enquanto Aécio tem somente 232 mil.

Mas o debate eleitoral ganhou força nas redes sociais por conta de polêmicas, memes, posts preconceituosos e revelações de fraude eleitoral. De fato, logo após a votação, eleitores de todo Brasil começaram a postar vídeos, fotos e depoimentos de falhas das urnas eletrônicas.

A falta de transparência no processo de apuração também aumentou a desconfiança dos brasileiros, prato cheio para ativistas digitais, sempre em busca de uma causa para protestar.

Além de servir como um ponto de encontro emocional para a construção de uma identidade popular, o Facebook também tem sido apropriado como um “trampolim” para a participação em protestos.” Paolo Gerbaudo

As eleições chegaram ao fim após o “confirma” de milhões de brasileiros no dia 26 de outubro. Temos um novo presidente eleito no palácio de concreto e cimento de Brasília.

Minha pergunta é: – E nas nuvens do espaço virtual do Brasil, também temos?

Notas

Uma das formas para evitar questionamentos sobre o processo de votação eletrônica exige pequena modificação na urna eletrônica. Deixo aqui minha sugestão:

  • O eleitor, após votar e apertar “confirma” recebe um comprovante impresso de seu voto, com dados da zona eleitoral, nome do candidato no qual votou e um número único de comprovante de votação;
  • A apuração dos votos é feita na presença de representantes de ambos os partidos, de forma transparente;
  • Caso queira, o representante de um partido pode solicitar uma amostragem de votos de uma urna eletrônica e pode consultar um ou mais eleitores para comprovar seu voto, usando para isto os dados do eleitor e também o número único de comprovante de votação.

Referências – Livros

CASTELLS, M. (2003) A Galáxia da Internet. Zahar Editora, Rio de Janeiro.

CASTELLS, M. (2013) Redes de Indignação e Esperança. Zahar Editora, Rio de Janeiro.

DAVIES, R. (2014) Social media in election campaigning. European Parliamentary Research Service. Disponível em pdf.

GERBAUDO, P. (2012) Tweets and the Streets – Social Media and Contemporary Activism. Pluto Press, London, UK.

KEEN, A. (2012) Vertigem digital – Porque as redes sociais estão nos dividindo, diminuindo e desorientando. Zahar Editora, Rio de Janeiro.

[Webinsider]

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Ricardo Murer é graduado em Ciências da Computação (USP) e mestre em Comunicação (USP). Especialista em estratégia digital e novas tecnologias. Mantém o Twitter @rdmurer.

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