A loja virtual diante das compras coletivas

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Compras coletivas são as grandes vedetes das vendas online. Esses portais conseguem alavancar grande número de vendas de ofertas mais do que especiais – na realidade na maioria ofertas irrecusáveis.

Mas será que esse é um grande negócio para quem já vende na internet? Nós acreditamos que não e vamos explicar o porquê.

Para ser uma oferta nos sites de compras coletivas a vantagem financeira na maioria das vezes tem que ultrapassar 70% de desconto do preço usual. Se levarmos em consideração que no valor residual, ou seja, no que será cobrado do cliente ainda haverá a parcela do portal anunciante, o valor realmente recebido pelo item será bem inferior aos custos.

Mas é claro que ainda existe o fator mínimo de compradores para validar essa promoção, pelo menos na maioria dos casos esse número é baixo, algo em torno de 10 unidades, ou seja, irrelevante.

Logo a vantagem em fazer esse tipo de promoção para o comerciante deve somente ser a visibilidade e notoriedade do estabelecimento, pois um grande número de pessoas irá acabar conhecendo ao utilizar o cupom.

Se analisarmos os números finais, muito provavelmente os clientes que compram por estes portais de buscas, não seriam cliente futuros e sim clientes oportunistas, no melhor sentido da palavra. Pois com a proliferação desses portais eles ficaram cada vez mais antenados em receber essas ofertas para consumir mesmo que sem necessidade produtos ou serviços com descontos mais do que especiais, criando assim um consumismo desenfreado.

E as lojas virtuais nisso? Muitas já estão começando a oferecer compras de valores dobrados, ou seja, paga-se $100 e se ganha $200 em vale compras para consumidor produtos. Logo estará somente movimentando as mercadorias para um público que se utilizará dessa vantagem e não voltará a ser um comprador assíduo. E lembrando ainda que parte desses $100 ainda ficará com o portal de compras coletivas, o valor que será revertido ao final do processo de compra será baixo.

Sabemos que hoje as informações correm a uma velocidade espantosa, graças às redes sociais. Seria mais interessante criar uma promoção espetacular e oferecer todos os seus produtos com 50% de desconto durante um período de 24 horas. Sendo realmente vantajoso, a notícia irá se espalhar rapidamente, porque todos sempre comentam quando encontram algo realmente lucrativo.

E lembrando que essa campanha surgindo dentro da loja, os principais propagadores serão os clientes atuais, que além de divulgar a promoção ainda o farão com uma boa recomendação.

Os custos gerados de uma campanha num portal de compra coletiva podem ser mais bem redirecionados para quem já possui uma loja virtual. O próprio lojista pode praticar a compra coletiva e ainda assim conseguir aferir lucro ao final do processo. Estarão além de conquistar novos clientes, fidelizando os atuais clientes com essas promoções espetaculares. [Webinsider]
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Marcelo Goberto de Azevedo (@mgazevedo) é consultor do Mundo e-commerce, diretor de tecnologia na DragonSoft Tecnologia e no Meu Ecommerce, focado em consultoria de loja virtual. Leciona Gestão de TI com ênfase no Comércio Eletrônico.

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16 respostas

  1. Olá, ótimo artigo!
    Acredito que quem deseja montar um E-commerce com poucos produtos, vale a pena um site de compras coletivas e sempre mantendo uma margem de desconto de pelo menos 30%.
    Abraço

  2. Pingback: Semana da Administração – UGF/Downtown 2011 | CoPEdu
  3. A compra coletiva mostra cada vez mais ser um “modelo de negócio” novo, que como qualquer outro, possui sempre certa resistência inicial.

    E claro, quem acha que ganhará dinheiro fácil, está enganado. Como qualquer outro ramo de atividade, exige-se trabalho, muito trabalho.

    Indico para que conheçam o Clube Turco, http://www.clubeturco.com.br, que será lançado no próximo dia 21 de março em Florianópolis/SC.

    Brevemente em outras capitas e principais cidades.

  4. As compras coletivas desaparecerão com a mesma velocidade que apareceram. É um modelo de negócio que não se sustenta a lono prazo. A teoria do negócio é: chamar para seu estabelecimento, um grande número de pessoas que terão um vantajoso desconto, e o seu estabelecimento ganha em notoriedade e propagação boca-a-boca. Linda teoria, se na prática os proprietários realmente conseguissem atender a contento e com alto padrão da qualidade, os clientes portadores de cupons. O resultado é um número absurdo de clientes que vão para o local – por um preço irreal – e recebem um serviço mal feito, já que, é fisicamente impossível atender à demanda vendida nas lojas de compras coletivas. Ótimo post e parabéns pela abordagem.

  5. Ótimo artigo! Os estabelecimentos realmente tem que planejar bem antes de fazer promoções nos sites de compras coletivas! Geralmente o retorno é bom… clientes fiéis felizes por verem um bom desconto e a possibilidade de adquirir novos clientes e fidelizá-los (parte chave para sucesso a longo prazo).

  6. Ótimo artigo! A minha dica é que o pessoal observe se o desconto é realmente real. Existem muitos sites que estão oferecendo descontos realmente REAIS e significativos, aí sim vale a pena. Fica a dica! Parabéns pelo post.

  7. Essa parece uma política econômica perigosa, ao meu ver semelhate ao liberalismo econômico. Perceber o perigo e evitá-lo é a melhor forma de agir.
    A tecnologia naturalmente gera desemprego, mas não é o que deveria ocorrer. Toda a cadeia de transporte do produto contribui para a vida das pessoas. Cada uma realiza um trabalho, mesmo que pequeno, para poder viver dignamente. Se tudo ocorrer diretamente, logo não existirão postos de trabalho. Só existirão um empresário, um site de compras e o google(:)).

  8. outro artigo de webinsider “tuitada paga de celebridade…” e a replicação das tais lojas virtuais – vide o que ocorre com as maiores, a mesma, somente com marcas distintas, pura maquiagem – explicam o que devemos saber. o comércio na/da rede é indigno em sua maior parte, na forma e tecnologia. são replicações que mudam para nada mudar. a turma da barriga no balcão, na Internet, repete suas falácias econômicas. assim, viveremos de bolha e em bolha. com punguistas enfiando suas mãos sujas em nossas carteiras, via net agora. o mundo e a vida transformaram-se, com a potência tecnológica, num reles mercado de peixes onde nem peixes verdadeiramente existem, somente qualquer coisa movida pelo que o homem tem de mais baixo e vão. nos estimulando a, cada vez mais, nos rebaixarmos como instrumentos e não o fim das coisas.

  9. A proliferação de sites de compras coletivas mostra que muita gente procura $$$ fácil na web – passivo ou ativo. O tão sonhado pote de ouro no final do arco-íris, o santo gral, as minas do Rei Salomão!
    Bullshits à parte vejo isso como uma grande bolha se formando no horizonte virtual, que está criando corpo e tamanho.
    Irá estourar?

  10. 50% ou 70% mais barato… rsrsrs
    Alguem acredita mesmo que a loja perde algo ??
    Claro que não, ainda lucra e lucra bem.
    Tudo isso de abaixar os preços é uma piada e só mostrar o quanto eles cobram com os preços normais.
    Hoje em dia só deve se comprar algo com no minimo 50% ou mais % mais barato – o resto é pura exploração aos custos dos outros.

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