A outra metade da pizza revela nossas escolhas na vida

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Você já passou por essa situação: em uma pizzaria, a única certeza que tem após pegar o cardápio é de que, para tornar a experiência mais saborosa, a melhor pedida é escolher dois sabores, apostando na popular “meia-isso, meia-aquilo”.

Definida a primeira metade, logo vem o drama: a escolha da segunda. É nessa hora que, sem querer, revelamos muito ao nosso respeito e sobre a nossa postura diante dos dilemas da vida.

Como? Normalmente, em cardápios de restaurantes que oferecem a combinação de meias porções, sempre há uma observação em letras miúdas, impressa ao rodapé das páginas: “Ao escolher dois sabores, o valor será cobrado pelo mais caro”. E o que normalmente fazemos?

Nossas escolhas

A sensação de estar sendo enganado, de estar pagando a mais, trava por alguns instantes a decisão e nos joga numa estranha zona de conforto, nos fazendo buscar na segunda metade da pizza um sabor cujo valor seja próximo, ou igual, ao da primeira.

“Ufa”, suspira o nosso ego quando identificamos, nas opções limitadas pela metade anterior, uma que nos agrade. Nos tornamos escravos da opção anterior, cegando o olhar para todas as outras possibilidades. Anulamos as chances de conhecer um novo sabor, mesmo que mais caro, porque ficamos presos à escolha feita há alguns minutos atrás.

Um momento tão simples como esse, que acontece milhares de vezes por dia, nas milhares de pizzarias que vemos por aí, acaba tornando-se exemplo da forma como costumamos decidir uma boa parte das nossas escolhas, sempre niveladas por uma crença já estabelecida (o preço da primeira metade), e não pelo real desejo que gostaríamos de satisfazer: todas as outras possibilidades que deixamos pra lá, decretando intimamente que, por estarem fora do padrão já estabelecido, elas “não eram para o nosso bico”.

Da pizza para a vida, como anda essa relação do merecimento em sua vida? O nivelamento tem ocorrido por cima, pela perspectiva de merecer e poder alcançar mais, ou tem sido por baixo, baseado na escolha anterior?

O medo de correr riscos, de enfrentar o novo existe e deve ser enfrentado. Se nivelarmos cada nova decisão apenas com lastro no passado, corremos o risco de nunca andar pra frente. [Webinsider]

Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.

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2 respostas

  1. Belissima analise,
    Há forte tendência de que em time que esta ganhando não se mexe. Mas quem tem idéias novas e rompe com os paradigmas pre estabelecidos, enxerga além do que os simples podem ver, e alcançam o sucesso em todas as áreas da vida.
    Que Deus te abençoe!

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