A política ame-a ou deixe-a da App Store

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A Apple não precisa de maiores apresentações, de cult passou definitivamente ao mainstream como empresa mais valiosa do mundo. Com produtos inovadores, desde o lançamento do iPod em 2001, até o recente iPad2, a empresa está escrevendo a história da tecnologia nos últimos 10 anos. Nem mesmo a recente escalada do Android parece ameaçar a marca de Steve Jobs.

É difícil listar todas as razões para o sucesso espetacular da Apple no segmento mobile, mas a App Store certamente é uma das principais responsáveis. Jobs desenhou o modelo operacional e de negócios ideal para “separar” os consumidores do seu dinheiro, e ainda deixá-los com um sorriso apaixonado no rosto. Além disso, acredito que hoje a App Store seja a plataforma de inovação mais eficiente do planeta, onde qualquer desenvolvedor com uma boa idéia pode achar seu lugar ao sol.

Apesar do sucesso estrondoso, não podemos fechar os olhos para os defeitos e imperfeições da loja de aplicativos da Apple, as quais, se hoje não comprometem a sua viabilidade, no futuro podem representar o calcanhar de aquiles do ecossistema em volta da plataforma iOs.

Os principais problemas são apontados pelos próprios desenvolvedores: reprovações de aplicativos por motivos duvidáveis ou infundados, longos prazos de espera para aprovação, e, principalmente, alternância constante de regras, trazendo restrições para a parte de desenvolimento e para as transações comerciais realizadas através dos aplicativos.

Um exemplo recente do impacto negativo da estratégia de walled garden da App Store foi vivenciada pelas empresas de mídia impressa e editoriais, as quais, animadas com o lançamento do iPad, investiram fortemente em aplicativos para o novo aparelho. A decepção foi grande quando a Apple bateu o martelo e requisitou uma fatia de todo tipo de conteúdo vendido através desses aplicativos.

Para algumas operadoras de telefonia móvel, a impossibilidade de ter lojas próprias de aplicativos para o iOs também se tornou uma pedra no sapato, portanto, é importante frisar que o efeito “App Store” não atinge apenas desenvolvedores.

A posição da Apple é bastante cômoda, porque a cultura por busca e venda de aplicativos que ela criou junto aos seus consumidores se tornou sua principal vantagem competitiva. Afinal, que grande marca, produto ou serviço irá optar por não estar acessível através de aplicativos nos celulares de seus clientes? Sem escolha, todos precisam se adaptar às mudanças sem questionamentos.

Entretanto, o sentimento da maioria dos desenvolvedores pela App Store ainda é de profunda gratidão, mas há uma parcela crescente que sente na pele os efeitos da política de “Ame-a ou deixe-a”.

Enquanto a App Store quer o controle absoluto, o Android Market, principal rival do momento, deu liberdade demais e enfrenta problemas com aplicativos infectados por malwares. Uma cansa o desenvolvedor, a outra o usuário.

Uma coisa é certa, o mercado sempre se adapta e opera mudanças imprevisíveis até o estabelecimento do equilíbrio. Estamos longe de ver o final desta história, mas nos divertimos e esperamos ansiosamente por cada novo capítulo. Que venha então o iPhone 5 para “mudar tudo, de novo”. [Webinsider]

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Luciano Ayres é engenheiro de software, pós-graduando em Marketing pela FGV e co-fundador da i2 Mobile Solutions. Mantém o #OrangeBlog.

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