A Teoria dos Jogos aplicada às corporações

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A Teoria dos Jogos traz luz ao comportamento de um agente sabedor que as decisões de outros trarão impactos substanciais em sua escolha (atividade), oferecendo, inclusive, uma perspectiva de análise para as corporações quanto aos seus investimentos a partir das possibilidades disponíveis para seus concorrentes no que concerne ao volume de produção, lançamento de novos produtos, dentre outras coisas.

A Teoria dos Jogos é o aprofundamento do conceito de custo de oportunidade.

Seguindo adiante, o “dilema dos prisioneiros” esclarecerá a lógica da Teoria dos Jogos e sua grande aplicabilidade empresarial.

Dilema dos prisioneiros

Imagine que Mateus e Raquel são dois prisioneiros capturados por autoridades policiais, sendo que os policiais ainda não possuem provas suficientes para incriminá-los. Portanto, com a finalidade de investigação, os dois são colocados em duas salas diferentes.

As possibilidades são: se ambos se calarem durante os interrogatórios, nenhuma prova será produzida e os dois serão soltos. Se algum deles acusar o parceiro, aquele que confessou será beneficiado pela delação premiada e será liberado, enquanto o outro que não colaborou com as investigações ficará preso por dez anos. Se ambos admitirem participação nos crimes, a pena de três anos será aplicada para os dois.

Qual é o raciocínio de Mateus? Se os dois combinarem de não confessar crime algum, os dois ganharão a liberdade em caso de cumprimento do acordo. Porém, se Mateus admitir o erro e Raquel não o fizer, ele ficará na prisão por dez anos, enquanto ela será solta imediatamente.

Concluindo: confessando, Mateus tem duas chances positivas (independente de Raquel admitir o delito ou não), enquanto ficando em silêncio, a chance de Mateus ser beneficiado é apenas uma (em caso de Raquel também ficar calada durante os interrogatórios).

No final das contas, a hipótese mais provável é que ambos confessem por desconfiança um do outro e, assim, os dois passem três anos na prisão.

Aplicação às corporações

A conclusão é que a falta de confiança entre as empresas, já que cada uma prioriza seus próprios interesses capitalistas, faz com que aquelas não alcancem o nível máximo de lucro por conta de possíveis descumprimentos de acordos no que concerne ao volume de produção, dentre outros aspectos.

Esse jogo é emblemático na caracterização dos oligopólios, nos quais pelo fato das empresas dominantes não confiarem umas nas outras há o descumprimento de acordos para a defesa de interesses próprios, o que provoca a diminuição do lucro das companhias. O setor de petróleo passa por “dilemas de prisioneiros” constantemente. [Webinsider]

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http://br74.teste.website/~webins22/2017/04/21/a-educacao-como-agente-de-mudanca-de-voto/

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Artur Salles Lisboa de Oliveira é especialista em Escrita Criativa pela Universidade da California Berkeley. Twitter @artur_slo.

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