Afinal: em TI é melhor ser Fácil ou Easy?

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Incrível como ainda precisamos adotar estrangeirismos para conseguir disseminar certos conceitos em nosso país. Nesse mês fui surpreendido por uma informação que circulou durante o evento do Gartner Group na cidade de São Paulo. Ela apontava: o futuro será dedicado ao “Easy IT”.

O evento ocorreu no início desse mês e “a tônica da abertura”, comandada por Linda Cohen, vice-presidente e chefe de pesquisa e Cássio Dreyfuss, chairman do evento, foi: deixem a tecnologia de lado e dirijam seu foco ao negócio 1.

A vice-presidente foi categórica ao afirmar: “o que vem por aí é a Easy IT, no qual o acesso aos serviços precisa ser simplificado ao máximo”. A intenção de Linda Cohen foi reforçar a tendência com a qual as organizações têm buscado externalizar os serviços de Tecnologia da Informação, com o propósito de tornar sua gestão e operação mais simples.

Essa tendência de simplificação já é verificada pelo modelo do software público há mais de seis anos aqui no Brasil. Talvez agora, com a adoção do termo “Easy IT”, as pessoas em nosso país tomem conhecimento que um dos pilares do modelo do software público, desenvolvido com protagonismo nacional, é justamente a facilidade.

Soluções com simplicidade

Desde a criação oficial do conceito de software público em 2005 ocorreu uma transição do termo “software” para “solução”. A mudança teve dois objetivos: ampliar a presença do software para atender uma necessidade em TI e demonstrar a necessidade de simplificação desta tecnologia.

Ou seja, o software deve possibilitar a solução de uma demanda ou de um problema, acreditando que o usuário de algum software precisa de muitos outros elementos técnicos e de aprendizado para usufruir em plenitude de uma solução informatizada.

Um das questões previstas no modelo: todo software deve ser disponibilizado como um produto no Portal do Software Público.

Importante: ele precisa estar em operação em alguma organização e ser passível de ser instalado por qualquer pessoa. Para ajudar mais os usuários iniciantes, o governo oferece no próprio Portal um conjunto de serviços para formação de uma comunidade de aprendizagem em torno do software.

Uma outra facilidade do software público vem do acesso ao conhecimento. Todos os artefatos e códigos são publicados no Portal e são garantidos por licenças abertas e livres. A intenção principal do modelo é gerar e preservar capacidades para todo o ecossistema.

Entretanto é importante ficar atento, pois existe uma visão diferente entre as abordagens do “fácil” e do “easy” sobre os serviços de TI. Este último entende que as facilidades serão obtidas pelo ambiente externo ao da organização. Já o modelo brasileiro pretende gerar facilidades para possibilitar a escolha do usuário: ser quer internalizar ou externalizar a sua TI.

Trata-se de uma diferença sutil, mas a escolha pelo que deve ficar interno ou externo a uma organização deve ser do usuário. A independência tecnológica de um fabricante ou fornecedor de software ou serviços será um valor cada vez mais predominante para as instituições, dada a questão estratégica da TI.

O termo “Easy IT” pode aumentar a lista de modismos do segmento de TIC, sustentados em belos termos em inglês. Mas o Brasil pode emprestar a sua experiência propagada há tempos: os serviços de TI devem ser cada vez mais simplificados.

E talvez agora, com essa tendência apontada pelo Gartner Group, seja mais perceptível que a Tecnologia da Informação para ser “easy” precise também ser “fácil”.

1 Tecnologia não importa mais, negócios são o alvo, diz Gartner, por Fábio Barros, 07/06/2011 – http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=26548&sid=5
[Webinsider]

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Corinto Meffe (corinto.meffe@planejamento.gov.br) é assessor da presidência do Serpro.

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