Análises preliminares do Blu-ray da Panasonic

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Panasonic, LG e Samsung são as primeiras fabricantes a lançar aparelhos Blu-ray no Brasil, mas devem ser seguidas por Philips e Sony em breve. Finalmente, conseguimos colocar aos mãos em um desses produtos.

O Panasonic Blu-Ray Disc Player, modelo DMP-BD10A é a segunda geração do seu congênere, o BD10, lançado ano passado. Ambos estão entre aqueles capazes de dar pleno suporte à plataforma Java. Ao contrário do HD-DVD, que se ancora no Windows Embedded CE 6.0, os leitores Blu-ray se apóiam em programação Java ME (Micro Edition), resultando numa plataforma de interatividade bastante sofisticada, batizada de Java-BD.

Muitos enxergam, com razão, uma enorme vantagem para os leitores Blu-Ray nesta particularidade do Java . Talvez não seja mera coincidência o fato de o Panasonic BD10A não ser baseado na estrutura de um computador tipo PC. É um aparelho com autonomia própria, tal qual um leitor de DVD. A partida é mais rápida, o carregamento e reprodução dos discos, idem.

O ponto forte para o usuário final é a capacidade do disco Blu-Ray (BD-Video) de armazenar praticamente todos os formatos de vídeo, em resoluções diferentes, e permitindo que a reprodução siga critérios estabelecidos pelo fabricante.

No caso da Panasonic, a saída padrão, na conexão HDMI, é de 1080p (1080 linhas, com varredura progressiva), e qualquer outro material de vídeo, até mesmo de um DVD, que esteja abaixo desta resolução, é submetido ao algoritmo proprietário, chamado de P4HD, ou Pixel Precision Progressive Processing, que executa um upscaling para o máximo da reprodução suportada na saída. Isto quer dizer que se o display usado tiver capacidade para 1080p, é para esta resolução que a interpolação de pixels será executada e reproduzida.

Os resultados, desnecessário dizer, são bastante visíveis: o BD10A trata discos Blu-Ray e DVDs com grande cuidado. Infelizmente, é recomendável usar apenas cabo de conexão HDMI, porque a saída de vídeo componente está limitada a 1080i (para discos Blu-Ray) e 480p (para DVD). A reprodução de um BD por vídeo componente ainda assim é excelente, perdendo pouco para o sinal em HDMI.

Porém, a de DVDs é bastante superior quando tratada por upscaling a 1080p, portanto não há outro jeito a não se usar HDMI. Por sorte, a saída de HDMI é notavelmente estável, ao contrário até mesmo do Samsung BP-1200. Não obstante, é altamente recomendável usar um cabo HDMI curto e de boa qualidade. O BD10A não vem com cabo HDMI incluído, por incrível que pareça, frente ao alto preço praticado de venda, e assim o usuário tem que recorrer às casas especializadas.

O formato Blu-Ray prevê sinais de vídeo em 4:3 também, por exemplo, de documentários incluídos no disco ou de filmes fotografados na relação de aspecto da academia americana (1.33:1). Não há, entretanto, necessidade de se converter nada, porque a imagem 4:3 é apresentada no formato “pillarbox”, que são barras pretas laterais, adicionadas automaticamente pelo reprodutor.

O BD10A, entretanto, vai além disso: ele dá a opção de fazer zoom na imagem 4:3 em certos discos. Este recurso pode ser acionado automaticamente, no caso de alguns DVDs, que contém uma flag para permitir o BD10A esticar a imagem lateralmente, o que é útil em discos com 4:3 letterbox. Infelizmente, as legendas são também ampliadas, ao invés de reposicionadas, como é feito pelos leitores da Samsung (EZ-View). Assim, se a legenda estiver fora da área da imagem, ela é parcial ou totalmente perdida, o que é uma pena.

A reprodução de discos Blu-Ray, em termos de vídeo, é a grande e justificada atração para um aparelho desta classe. Tive chance de fazer uma comparação sumária com o Samsung BP-1200, que traz consigo o renomado chipset Realta, da Silicon Optix, e não consegui ver nenhuma diferença aparente.

O B10A usa, para a mesma finalidade, um chipset da Sigma Designs, modelo SMP-8634. Os outros processadores são os da própria Matsushita. A comparação foi feita com os dois aparelhos conectados, por HDMI, a um display Samsung, modelo LN52M81BX, a 1080p.

Os discos Blu-Ray são codificados com 1080p24 (telecinagem digital) e 1080p30, no caso de vídeo sem filme. A imagem final do BD10A, entretanto, é convertida a 1080p60 (1920 x 1080 pixels a 60 Hz), antes da saída, o que torna o sinal compatível com qualquer HDTV mais moderna. No caso de displays com resolução abaixo de 1080p, a resolução é negociada, se a conexão for HDMI, ou no caso de vídeo componente, setada pelo usuário no menu de configuração do aparelho, para a resolução desejada (480i, 480p, 720p, e 1080i).

Se for escolhido 1080i ou 720p para DVD, a reprodução é ajustada para 480p, independente da vontade do usuário. Isto é coerente com o acordo sem cabimento dos estúdios com os fabricantes para impor o HDCP, em vigência na saída HDMI. E eu digo sem cabimento, porque se o usuário quiser copiar um DVD, ele vai usar um microcomputador, dificilmente usaria a saída de vídeo componente para este fim.

O BD10A tem saída de vídeo padrão em NTSC, mas isto não impede o usuário de tocar vídeo em PAL. Eu testei isso com um VCD asiático, que por acaso eu tinha à mão. No caso, é preciso se usar a saída de vídeo componente ou HDMI. O teste foi feito com este último. Em princípio, BD ou DVD em PAL podem ser reproduzidos, desde que não haja impedimento dos respectivos códigos de região.

Aplicações extras —
O BD10A usa uma conexão HDMI proprietária, chamada de  “DAVI control”, que é baseada no padrão HDMI-CEC, que a Samsung usa. Embora o manual alerte sobre a incompatibilidade de operações com este último, eu não vi nenhum problema entre o BD10A e a Samsung LN52M81BX.

O controle é interessante para acessar um aparelho pelo outro, mas pode se tornar inconveniente no momento em que o usuário liga o BD10A para uma finalidade que não seja a de ver um vídeo (por exemplo, escutar um CD) e a TV liga automaticamente. Felizmente, o recurso é desligável em ambos os aparelhos.

O BD10A ainda apresenta vários controles da saída de vídeo, tais como contraste, brilho, gama, redutor de ruídos, etc., mas nenhum deles é necessário num display de boa qualidade. Os ajustes podem facilmente voltar aos de fábrica, caso o usuário fique insatisfeito ou se perder nos mesmos. E acho recomendável se ajustar o display primeiro, em qualquer hipótese, e deixar o BD10A como vem de fábrica, até segunda ordem.

Finalmente, depois de todos os controles ajustados ao gosto de cada um, e de se poder deslumbrar com a qualidade do vídeo dos discos Blu-Ray e de DVDs bem autorados, o usuário percebe que uma das maiores virtudes do Panasonic BD10A ainda está por vir: a excelência da saída de áudio, mas este assunto eu deixo para a segunda parte. [Webinsider]

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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11 respostas

  1. Guilherme,

    Os reprodutores de Blu-Ray funcionam até com televisores com entrada de vídeo composto, e eu até já testei o meu numa TV de 14 e o que eu notei é que a imagem fica apenas no nível do razoável. E isso se dá pelo fato de que, por força de diversos padrões de proteção, ocorre um downrezzing (redução de resolução) para 480i, que é a resolução nativa do DVD. Por isso, a imagem é muito parecida com a de um DVD de boa qualidade, e apenas isso.

    Essa estória da freqüência, eu gostaria de esclarecer alguns pontos. A imagem padrão NTSC roda a 60 Hz, que é a freqüência da rede aqui no Brasil. O disco Blu-Ray é masterizado com imagens telecinadas em 1080p, a 24 quadros por segundo (por favor, leia em http://www.miragem.bravehost.com/hometheater/1080p24.htm, para mais detalhes). A imagem 1080p/24 pode ser integralmente transmitida para o display Full HD, mas isso vai depender do reprodutor e do display em questão. Via de regra, ela é convertida para 1080p/60, para ser corretamente transmitida e reproduzida no display. Mesmo que o display aceite 1080p/24, a reprodução ocorre a 1080p/60, por conta do refresh rate do padrão NTSC, de 60 Hz, que eu citei acima. Algumas pessoas argumentam que imagens transmitidas em 1080p/24 têm menos erro de cadência, mas isso é, no meu juízo, um pouco de imaginação e fantasia.

    Todos os displays do tipo HDTV (720 linhas de resolução vertical e acima) aceitam a imagem do Blu-Ray sem qualquer distorção, porque eles são preparados para imagens 1080i, com conversão de resolução para a resolução nativa. No caso, o usuário pode escolher de que forma ele quer a saída do disco Blu-Ray, e esta escolha vai de 480p até 1080i. Em alguns displays, a imagem a 720p fica melhor aos olhos do usuário, mas isso depende do processamento interno do scaler da TV, que pode não ser grande coisa. Aqui, novamente, quanto melhor a resolução de saída, melhor será a imagem final, e então em displays de boa qualidade esta regra de 720p não se aplica.

    Quanto a displays de plasma, eu tenho uma opinião, infelizmente, mais do que formada: depois de em envolver num imbroglio de uma plasma Philips, que foi parar no Procon, por conta de manchas e linhas na tela, eu terminei por estudar com detalhes esta tecnologia e hoje em dia me recuso a orientar alguém para investir numa TV de plasma. Até porque as atuais LCD têm todas trama de pixels mais refinada, melhor contraste, cor muito mais natural, nenhum arraste, e ângulo de visão razoável. Isso fora durabilidade e economia. Preciso falar mais?

    Um abraço do
    Paulo Roberto Elias.

  2. Hummm…

    Só mais uma coisa.

    Você já possui uma opinião formada sobre TVs de plasma?

    Antes se dizia que a imagem era mais mais natural; porém havia a questão do possível surgimento de sombras, do gasto excessivo de energia e da baixa resolução.

    As coisas continuam do mesmo modo?

    E qual sua opinião a respeito dessas TVs em relação às LCDs?

    Obrigado novamente,

    Guilherme

  3. Olá, Paulo.

    Ouvi dizer que apenas TVs Full HD seriam capazes de exibir um disco Blu-ray.

    Isso se daria ao fato de que os aparelhos Blu-ray rodam a 60Hz, e TVs de menor resolução não seriam capazes de processar essa velocidade.

    Será que essa informação procede?

    Muito obrigado pelo excelente artigo e pela atenção,

    Guilherme

  4. Eu peço muitas desculpas a todos pela ausência de respostas. O Webinsider costumava me avisar quando o leitor postava comentários, mas este sistema parou e eu sou culpado de não voltar aos artigos, por absoluta falta de tempo. Pois é: aposentado também tem dessas coisas, às vezes eu penso que, na prática, nada mudou…

    Aos leitores Juliano e André:

    A maior vantagem, entre todas as vantagens, de uma tela full HD é que o sinal de entrada de maior resolução, como é o caso do Blu-Ray, não sofre praticamente quase nenhum processamento, a não ser aqueles estritamente necessários. Um sinal 1080p nativo, mesmo se aceito por um display ou projetor de resolução inferior, terá que ser convertido à resolução nativa dos mesmos, no caso downscaling. Ao passo que este mesmo sinal passa 1:1 numa tela full HD.

    Quando um sinal de alta resolução é injetado num display ou projetor, dependendo do processamento interno dos mesmos, ele poderá mostrar pouca diferença, comparado com sinais de resolução próxima, e neste caso, fica tudo nivelado por baixo. Mas, a tendência é que isto náo aconteça, porque a prática tem mostrado que nem sempre o chamado downrezzing (redução da resolução nativa) pode manter intactas algumas características da imagem original.

    Pessoalmente, eu não usaria projetores com Blu-Ray, prefereria investir numa tela LCD 1080p ou próxima desta resolução. Os projetores, de uma maneira geral, não são muito confiáveis, porque lentes podem introduzir distorções geométricas que os olhos detectam, enquanto que em telas LCD ou plasma, a posição de cada pixel não muda e eles estão perfeitamente alinhados entre si. Note que a minha opinião é referida aos projetores em geral, em casos específicos pode ser que ela não seja válida, e no caso eu não conheço o modelo que foi referido acima, sendo aconselhável pedir testes na revenda ou com a própria Sony.

    Ao leitor Alexandre,

    Sua pergunta estará sendo respondida por e-mail. Desde já, agradeço a sua compreensão.

  5. Prezado Prof. Paulo Roberto,

    Encontrei esta página por acaso numa pesquisa de informações mais detalhadas sobre a nova série Tulip da Samsung, nomeadamente a de 52 e fiquei bastante surpreendido pelo grau de conhecimento demonstrado e pela clareza de informações. Algo que infelizmente não encontramos nas revistas especializadas por aqui e somos sempre forçados a procurar em outras paragens. Adquiri recentemente um Panasonic DMP-BD10A e posso confirmar que a imagem é sem sombra de dúvidas extraordinária (e só testei numa tela de 32 de meu sogro que deixa a desejar). Fiz a aquisição do equipamento nos EUA, uma vez que o preço é infinitamente menor do que o praticado aqui no Brasil e a variedade de títulos em Blue Ray é igualmente muito superior.Como viajo pelo menos 2 vezes por ano para lá, dá para ir atualizando a coleção a cada viagem e sai muito mais barato! Adquiri também um dos novos receivers da Onkyo, o TX SR705,já com HDMI 1.3 (que o Panasonic não dispõe, mas tudo bem visto que neste quesito ainda estamos engatinhando) e com sistema de upconverting para 1080p já incorporado. Isso sem falar nos sistemas Dolby True HD, etc… Como sistema de som, optei, por uma razão que se prende com espaço pelo sistema Acoustimass 16 da Bose (7.1). Só falta a tela e nesse sentido, estou 99% inclinado para a compra de um Plasma Pioneer Kuro 5010FD que pelo que consegui apurar, são fantásticos.
    Minhas questões são as seguintes:
    Qual a sua opinião a respeito da série LCD Tulip da Samsung? O nível de preto é realmente bom? Está familiarizado com os novos Kuro de 1080p da Pioneer? Qual sua opinião em relação aos 2 modelos?
    Refere em seu texto que o BD10 da Panasonic converte a imagem final para 1080p a 60Hz. No caso do Pioneer 5010FD, a Pioneer publicita o sistema 3:3 Pulldown, que supostamente amumenta para 72Hz a frequência de atualização do Plasma. Neste caso o Panasonic irá da mesma forma converter para 60Hz ou conseguirei, se optar pelo Pioneer algo próximo dos 24 frames por segundo em 72Hz?
    Desde já obrigado pela atenção dispensada e parabéns pela coluna. Ganhou mais um leitor!…

  6. Olá Paulo Roberto, antes de tudo, parabéns pelo artigo.Minha dúvida é a seguinte, é vísivel a diferença de resolução do Blu-Ray em um projetor da sony SVGA VPL ES-2 com 1024×768p de resolução? Compensa adquirir um Blu-Ray pra usar nele, ou o melhor é adquirir um televisor full-hd.

    muito obrigado pela atenção, abraços

  7. Olá Paulo Roberto, antes de tudo, parabéns pelo artigo. Minha dúvida é a seguinte, é vísivel a diferença de resolução do Blu-Ray em um televisor com 1024x768p de resolução? Digo isto porque optei pelo plasma, já que acho a imagem mais agradável aos meus olhos. Nos televisores de plasma, não achei resolução maior que essa nos modelos de 42. Compensa adquirir um Blu-Ray pra usar nela, ou melhor comprar um televisor 1080p nativo? Muito obrigado.

  8. Michel,

    Não há de quê! De fato, não existe nenhum modelo aqui no Brasil, que eu saiba, de 32 em 1080p, e sinceramente eu acho que é uma tremenda perda de tempo fabricar um display deste tamanho, nesta resolução. O problema maior, e que já foi resolvido, foi fazer o mesmo com telas maiores. Talvez por isso, as fábricas preferiram colocar no mercado telas de 1080p de 40 para cima.

    E neste particular eu estive dando uma olhada rápida em vários modelos em 1080p, e me parece quea maioria se vira muito bem com imagens 1080p nativas. De todos eles, na minha percepção, os da Samsung, série Tulip, continuam dando uma demonstração de como se faz uma tela LCD de alta resolução. O nível de preto deste display é invejável, e o ajuste de contraste e cores é fácil e produz uma imagem com uma qualidade fotográfica que eu nunca havia visto antes.

    Dias atrás, eu recebi uma cópia do filme do Tim Burton Corpse Bride (A noiva cadáver, se não me engano). O filme foi feito com uma câmera digital adaptada para animação em stop motion, e com uma iluminação super controlada. O resultado, previamente comentado em vários sites, é de uma qualidade difícil de contestar. Existem estúdios, como o Disney, que estão fazendo edições em Blu-Ray com um capricho que eu não vi no início do DVD. E não só a imagem, mas o áudio também.

    O ideal seria que você fosse munido de um disco de referência, antes de comprar a sua tela, e se possível fizesse alguns ajustes na hora.

    Um abraço do
    Paulo Roberto.

  9. Paulo, muito obrigado pela atenção dispensada, foi de grande utilidade, estou no aguardo da chegada de algum modelo FullHD de plasma, preferência Panasonic, caso não chegue por aqui, vou de Samsung Full. Hoje possuo um LCD, samsung da série R71, este possuindo 32. Lhe indaguei justamente por isso, em 32 não se tem resolução maior que 768p, não aqui no Brasil por enquanto (me corriga caso esteja errado. Considero a resolução 768p excelente tratando-se de uma tela de 32. Mas vou seguir seu conselho, e fazer um upgrade para FullHD. Novamente, muito obrigado pela atenção e parabéns pelos artigos, vem sendo de grande valia para todos nós que apreciamos audio e vídeo.

  10. Michel,

    Infelizmente, a diferença é grande, e a favor das telas de 1080p, mas a percepção dessa diferença é sensivelmente mais dramática em telas acima de 40, na minha opinião.

    Eu até tinha aqui em casa um modelo da Samsung de 40, WXGA, mas nesta época meus testes ficaram restritos à reprodução de alta definição pelo computador, testes aliás que você mesmo pode fazer na sua casa, se você tiver um micro com pelo menos uns 3.0 GHz no processador. Estes testes não são conclusivos, porque muito do material de download disponível na Internet, até de sites confiáveis, é freqüentemente manipulado e contém artefatos. Entretanto, eu repeti este teste com a tela de 52, a 1080p, com resultados bem mais interessantes. Só que é preciso levar em conta que este monitor de 1080p tem processadores e tela bem mais avançadas que o modelo anterior, e é por causa dessas coisas que eu sempre digo a quem me pergunta que não é só a resolução da tela que conta, é também a capacidade do processador interno que pode fazer uma tremenda diferença.

    Idealmente, eu deveria ter repetido o teste com o Panasonic BD-10A, mas este só chegou às minhas mãos na semana passada. O disco Blu-Ray, ao contrário dos arquivos da Internet, é feito com negativos de filmes escolhidos pelo estúdio e telecinados digitalmente a 1080p/24 qps, ou seja, é a fonte mais próxima do ideal que a gente pode ter para comparar.

    De qualquer forma, eu acho que o upgrade é importante, mas somente crítico em telas maiores que 40. E também, é claro, se a sua relação custo/benefício de um investimento numa tela mais cara lhe for atraente.

    Finalmente, eu quero lhe chamar a atenção para o fato de que nenhum fabricante é louco de desconsiderar usuários que ainda não chegaram à alta definição, caso contrário eles não implementariam saídas em 480i, seja S-video ou até vídeo composto. É fato que usar um aparelho desses numa TV de baixa qualidade é como botar gasolina de avião num fusca 1200 fabricado em 1962, mas o que os fabricantes querem é que as pessoas percebam que quanto melhor a tela que você usa, mais qualidade você vai ter no final, e eu te garanto que o Blu-Ray se encaixa como uma luva neste conceito!

  11. Paulo, gostaria de saber se é notória a diferença de qualidade entre uma tv 768p e 1080p nativos, reproduzindos os discos BD. Você vê necessidade de se adquirir um novo televisot 1080p para se tirar todo proveito do aparelho? Desde já muito obrigado e parabéns pelos artigos. Um grande abraço.

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