As boas intenções e o bombante Kony 2012

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Quantas vezes ao darmos o scroll em nossas timelines apareceram fotos e vídeos de fetos abortados, animais maltratados, denúncias de trabalho escravo e outras coisas chocantes? Alguns acham que é uma forma válida de denúncia, pois somente pelo impacto se consegue sensibilizar.

Outros bloqueiam e reportam abuso da postagem, indignados por sua sequência de histórias ser invadida por imangens de um mundo tão cruel e distante. É normal que essas campanhas sejam acompanhadas de apelos como: curta, compartilhe, denuncie. Seu slogan é sempre na linha “isso não pode ficar assim”.

Você pratica slacktivismo?

É aí que entra o slacktivismo ou, ativismo de sofá.

Em poucas palavras, é acreditar que curtindo e compartilhando as campanhas e imagens os problemas serão resolvidos. Quantas vezes nos flagramos curtindo ou compartilhando um assunto com a impressão de que “o mundo precisa saber disso!”. Em contrapartida, poucas vezes nos preocupamos em saber quais organizações estão nos bastidores e qual o real impacto político e social aquele clique terá.

Usar a internet para estimular o engajamento e disseminar as causas políticas e sociais é uma das mais nobres finalidades da web. Para não desperdiçar isso, tenha na cachola que os compartilhamentos no mundo virtual precisam ser endossados por ações efetivas no mundo real.

Um estudo da Universidade da Califórnia revelou que muitos jovens que são expostos a essas campanhas acabam se tornando mais engajados também no mundo off-line. Nas redes sociais eles são expostos a diferentes pontos de vista e o contraste das informações os têm tornado mais criteriosos e com maior senso cívico. Será que isso também ocorre no Brasil?

Não precisamos parar tanques de guerra com uma bandeira branca na mão mas, se for para prestigiar ações alheias, busque antes por mais informações. Iiiixx, mas aí dá muito trabalho, né? Mas quem disse que ser ativista não demanda esforço? Claro que sim, solidariedade tem o mesmo significado no mundo real ou virtual.

Faça um exercício

Provavelmente você está entre os 32 milhões que assistiram o vídeo do Kony 2012. Agora, pesquise um pouco mais, procure o que estão falando a respeito nos blogs e perceba o bate-e-rebate entre a instituição que realizou o vídeo e a mídia. Em muitas dessas campanhas polêmicas, o buraco é sempre mais embaixo. [Webinsider]

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O editor recomenda: leia mais sobre o ativismo de sofá:
1. Tuitar é fácil, fazer é que é difícil

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Lauren Piana é publicitária especialista em novas tecnologias de comunicação e produtora de conteúdo web na Talk Estratégias Digitais.

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