Comunidades bancárias e novos modelos online

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Em um banco tradicional o negócio gira em torno do crédito, da gestão dos depósitos e da negociação das ações, que são produtos ofertados há muito tempo pelas clássicas instituições financeiras. Com o surgimento dos banklines, mudanças começaram a ocorrer. Num primeiro momento, o cenário foi se transformando, em pequena escala.

Mas de certo foram as instituições financeiras que começaram a disponibilizar primeiramente os seus serviços e transações bancárias por meio do uso de portais na internet. A partir daí, a ideia de renunciar à criação de uma rede de sucursais começou a se materializar e trouxe inovação ao setor bancário.

Por outro lado, a tecnologia também beneficiou o surgimento de um grande número de diferentes modelos virtuais que pouco, ou nada, têm a ver com os bancos tradicionais e que podem ser perigosos para o setor. O novo modelo conhecido por banking communities (comunidades bancárias) apresenta diferentes objetivos e pretende atrair a atenção dos clientes dos bancos tradicionais.

Alguns experts consideram que estes novos serviços oferecidos na internet podem ser uma ameaça às instituições bancárias; outros porém veem uma grande oportunidade de negócios, proliferando o surgimento de portais especializados na negociação de créditos.

Nos portais peer-to-peer (ponto a ponto), por exemplo, pessoas com ideias inovadoras podem conseguir créditos em sites como Weemba, Smartypig e Smava, primeiros provedores a oferecer o serviço com este enfoque. Outros, como o Bundle e o Mint, consolidam e fazem a gestão conjunta dos ativos investidos. Em todos os portais o vínculo com uma real instituição financeira é mínimo, ou quase inexistente.

No Brasil, lançado no final de 2010, o Fairplace, primeira comunidade de empréstimos do País, foi denunciado pelo Banco Central ao Ministério Público por transgredir a lei ao exercer o papel de instituição financeira sem ter autorização para isso. As operações foram interrompidas em dezembro e a Polícia Federal investiga seus idealizadores.

A característica destas comunidades consiste na atenção especial às pessoas que possuem um objetivo em comum: conseguir dinheiro. Algumas instituições financeiras aprenderam a lição e têm feito o mesmo. Em chats e fóruns de comunidades virtuais, como as do Bank of America, os debates giram em torno de questões como o financiamentos para pequenas empresas. No portal Red Innova Open Talent, do banco espanhol BBVA, é possível que os visitantes divulguem suas ideias de negócio e as melhores iniciativas – com alto potencial de crescimento – recebem apoio financeiro para a execução do projeto.

Exemplos como os citados mostram claramente: os bancos tradicionais precisam expandir sua atenção e suas práticas de negócio caso queiram abranger um modelo mais amplo de possibilidades. Existem novas formas de se conseguir dinheiro e as comunidades independentes se posicionam como opções decisivas quando se trata de crédito.

Os bancos continuam contando com uma série de vantagens: capacidade, experiência e segurança. Qualidades que, sem dúvida, também podem ser ofertadas nos seus serviços online. Contudo, esses atributos, não podem, e nem devem, ser limitados. A eles deve-se somar a abertura do diálogo com os usuários online. Se as comunidades independentes, por unanimidade, ofertam produtos competitivos, aos bancos, cabe o desenvolvimento de novos serviços aliados ao compromisso garantido pela instituição financeira.

É preciso esclarecer que a entidade financeira que se posicionar na Web 2.0 como um parceiro de confiança aos usuários se beneficiará de um importante crescimento e, sobre tudo, com a fidelização de seus clientes.

Para onde levará essa tendência? Será mesmo uma oportunidade ou uma ameaça às entidades financeiras? [Webinsider]

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Miguel Reiser é director de business marketing do Grupo GFT.

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