Curiosidade é uma das características mais comuns de quem desenvolve software. Se você é desenvolvedor, sabe do que estou falando.
Na hora do almoço o grupo se reune e os tópicos da conversa abordam praticamente tudo: como era a vida dos Mayas e Incas, como se faz cerveja em casa, como a Ajax está mudando a forma de desenvolver aplicações web, como o universo foi criado, política, economia, música. Não há tema que não desperte alguma frase do tipo ?falando nisso, li que??.
Esta característica na verdade é vital para quem atua na área de desenvolvimento de software.
Alguns anos atrás a informação era escassa e restava ao desenvolvedor usar de curiosidade e instinto para descobrir como aquele problema poderia ser resolvido ou como aquela API deveria ser usada.
As técnicas usadas eram variações de experiências adquiridas ao desmontar o velho rádio do pai. Abríamos o rádio e olhávamos todas aquelas peças, de ângulos diversos. Tentávamos adivinhar o que cada uma fazia, depois montávamos tudo de volta de tal forma que voltasse a funcionar. Foram os vários anos usando a curiosidade que descobrimos como as coisas funcionavam e mais comumente como deixavam de funcionar. Alguns carros a pilha que nunca mais foram os mesmos?
Hoje em dia já não há mais falta de informação, mas a abundância também prejudica. Há um grande número de frameworks e APIs disponíveis que resolvem o mesmo problema. Algumas vezes uma mesma API permite resolver ou executar alguma ação de diferentes formas e nem sempre há informação sobre qual é a melhor.
Nestes casos apelamos novamente para a curiosidade e principalmente o que aprendemos através dela. O curioso não escolhe a primeira solução que encontra, ele vai explorar várias possibilidades até achar a forma mais adequada de resolver o problema.
É a curiosidade que nos faz testar novas APIs, frameworks e design patterns só para ter mais opções quando aquele problema novo surgir.
Entretanto é muito importante ter um equilíbrio com a praticidade. Não é possível explorar todas as possibilidades de solução de um problema e testar, por exemplo, todos os frameworks de persistência disponíveis. Isso iria provavelmente resultar em projetos fora do prazo e custos maiores. É preciso controlar a curiosidade em detrimento do que é melhor para nossos clientes e parceiros. [Webinsider]
Handerson Ferreira Gomes
Handerson Ferreira Gomes (handerson.gomes@summa-tech.com) é consultor senior da Summa Technologies nos Estados Unidos.
11 respostas
Ver o nosso comportamento em um artigo é interessante…
bem, mas observar a questao de controlar essa curiosidade é muito importante…. principalmente uma vez q para a busca e pesquisa o infinito é o limite…..
tem q dar uma freadinha.. se nao o bolso da empresa/patrao nao aguenta…..
o negócio é: seja curioso.. mas com moderação…
eu não li o artigo porque não sou curioso.
rsrsrs
Ótimo artigo.
achei super legal
controlar? não concordo… liberdade… deixa o menino brincar…
curioso esse artigo…
coriosidade é normal. curiosidade mata. curiosidade faz acontecer. curiosidade é inovação.
Belo artigo.
Cuiosidade é fundamental.
Sinto tantas saudades do meu fusquinha-vermelho-dos-bombeiros-bate-e-volta!!!
Acredito que a curiosidade aplica-se não somente aos desenvolvedores, mas para diversas áreas e profissões. Sem curiosidade, o indivíduo fica estático, não se desenvolve, não tem interesse em novas descobertas e novos caminhos.
Muito bom cara…
e é verdade ainda tenho um caminhão de bombeiro que não funcionou mais…
eheh
Handerson,
Felizmente não tem nada que eu possa dizer, pois você falou tudo e mais um pouco…
Meus parabéns… Este post é extremamente excelente !!! Palmas, aplausos e parabéns.