Desenvolver para mobile e só depois para o desktop

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Desenvolver mobile first (quase sempre)A ideia da criação de um site primeiro para dispositivos móveis e depois para desktop e notebook já vem sendo bastante utilizada por muitos designers.

É o que se chama de “Mobile First”, ou seja, primeiro se planeja toda a arquitetura e design de um site para smartphones e tablets e depois que tudo está funcionando perfeitamente vem o desenvolvimento para desktop e notebook.

Esta técnica está sendo bem aceita devido ao grande crescimento dos dispositivos móveis e a forma como as pessoas utilizam essas tecnologias quando estão fora do ambiente de trabalho. Há uma frase no blog Arquitetura de Informação que resume bem este pensamento:

“Não construa um aplicativo baseado em seu site. Construa um aplicativo que funcione como se websites nunca tivessem existido. Construa um app para pessoas que nunca usaram um computador desktop na vida. Porque elas estão chegando. Muito em breve.”

Apesar da referência a aplicativos, o trecho que diz “Construa um app para pessoas que nunca usaram um computador desktop na vida” também se aplica aos sites, basta trocar app por site.

Realmente, pensar em Mobile First é interessante, pois quando desenvolvemos pensando em dispositivos móveis reduzimos drasticamente informações desnecessárias ou elementos de design que não fazem sentido para o usuário.

Mas agora vamos ao título deste artigo – “Primeiro para mobile, depois para desktop”.

Como tudo é relativo, há designers que aprovam a ideia e outros que a contestam.

Cada projeto é individual, com suas particularidades, público alvo e expectativas. O que ajuda a decidir é saber quais dispositivos mais visitam o site. Depois de muitas análises de sites no Google Analytics, posso dizer que nunca vi um site ter mais acesso por dispositivos móveis do que por desktop, na verdade a porcentagem mobile é bem pequena.

Na verdade não se pode pensar em Mobile First sempre – a ideia é um desafio interessante, mas há perguntas a serem feitas antes de se começar.

São perguntas bem simples e objetivas:

Qual o público alvo?

A idade, a profissão, os hábitos, a classe econômica do público, tudo interfere na hora de pensar se é o caso de fazer primeiro para mobile e depois passar isso para o desktop.

Às vezes esse público que se quer atingir até possui smartphone, mas não tem um plano de internet 3G, por exemplo. Neste caso um site iria chamar a atenção desse público melhor do que algo mais simples e eficiente para mobile, porém nem tão usado.

As pessoas utilizaram este site no trabalho, na rua, ou em casa?

Quando estamos trabalhando, seja em desktop ou notebook, acessamos sites de interesse pessoal e sites de pesquisa para o trabalho que estamos executando através do computador. Na rua e em casa já é diferente, pesquisas mostram que as pessoas deixam de ligar seus computadores pessoais e utilizam a mobilidade para navegar na internet.

É um site de muita informação?

Em sites de muita informação muitas vezes não se aplicaria o Mobile First. São sites usados no dia a dia e muito consultados no desktop ou notebook e que no mobile funcionam melhor como um aplicativo, como no caso da rede social Facebook.

Essas são apenas algumas questões que eu levantei, com certeza existem muitas outras perguntas que devem ser feitas.

O pensar em projetar primeiro para mobile depois para desktop deve ser avaliado caso a caso. Toda regra tem sua exceção, o que se aplica a esta técnica, independente se o site será responsivo ou se haverá duas interfaces diferentes.

E você o que acha? Não há exceção? Será uma regra para o futuro? [Webinsider]

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Robson Moulin (@RobsonMoulin) é Designer de Interação pós-graduado em Arquitetura de Informação. Trabalha com internet desde 2002 e mantém o Design Interativo.

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