Desenvolvimento de jogos para celular no Brasil

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Os jogos de PC e consoles estão migrando para o celular e em breve a convergência entre estas plataformas será possível. De acordo com Marcelo Carvalho, presidente da Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos), hoje os jogos para celular estão cada vez mais complexos e num futuro próximo direcionarão a fabricação dos aparelhos, como fazem com o PC. “Os jogos estão na ponta superior da tecnologia, se você quer um jogo 3D precisa de uma placa de vídeo especial, por exemplo”, afirma Carvalho.

Segundo dados da Abragames, 22% das empresas brasileiras estão focadas no desenvolvimento de games para celular, mas elas ainda trabalham com o entrave de ter que portar seus jogos para diversos handsets. “Mesmo antes de levar o jogo para um publicador já portamos os jogos para os aparelhos mais vendidos”, afirma Márcio Dantas, coordenador de produtos da desenvolvedora Délirus Entertaiment.

De acordo com recente pesquisa realizada pela Motorola, os brasileiros trocam de celular a cada 19 meses. Apesar de, numa velocidade cada vez maior, aparelhos com múltiplas funções serem disponibilizados no mercado, muitos usuários ainda têm aparelhos com especificidades tecnológicas antigas, por isso a demora para disponibilizar um jogo para celular no mercado. Outro entrave ainda são as limitações tecnológicas do aparelho.

Olhando para o futuro os desenvolvedores brasileiros vêem nos celulares um meio para os advergames, jogos que divulgam marcas. Mas, de acordo com Carvalho, as operadoras ainda são a barreira. “Neste ramo a internet é muito mais democrática”, afirma. Para André Andrade, gerente de VAS varejo e internet da Claro, este modelo de negócio ainda deve ser pensado junto com a operadora.

Ainda segundo Andrade, a Claro tem apostado em títulos famosos de jogos de outras plataformas, como PC ou console, que depois foram criados também para celulares: “o conteúdo exclusivo, o apelo gráfico e a usabilidade também são características dos jogos disponibilizados pela Claro”. A operadora investe em jogos de ação e esporte, que, segundo Andrade, respondem a demanda do público jovem da empresa.

Segundo Carvalho, as operadoras brasileiras que investirem nos jogos móveis poderão aumentar a receita e se diferenciar das concorrentes, além de utilizar os jogos como uma forma de marketing pessoal e estreitamento de relacionamento com clientes. Como recentemente fez a Vivo ao lançar o jogo oficial da CBF para celular e a Claro ao lançar em seu portal o Claro Futebol.

Mas ainda falta espaço para o conteúdo nacional nas operadoras. De acordo com André Penha, diretor da Délirus, é mais difícil conseguir destaque em operadoras brasileiras do que no exterior. “O exemplo são os jogos ProGoal e Ice Post, que tiveram destaque de vendas na Europa, incomparável com as vendas através das operadoras nacionais”, afirma Penha. [Webinsider]

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Alessandra de Falco (alessandrafalco@ufsj.edu.br) é professora de Jornalismo Online e Planejamento Visual Gráfico na Universidade Federal de São João del-Rei-UFSJ. Tem experiência profissional nas áreas de Jornalismo Científico e Tecnológico e Comunicação Organizacional. Faz parte da Rede de Pesquisa Jornalismo e Tecnologia (JorTec).

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