E-commerce na China decola finalmente

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

A China pode tornar-se o maior mercado online do mundo nos próximos dois anos: o número de chineses plugados na internet já passa dos 123 millhões e a quantidade de pessoas usando banda larga subiu para 45.3% durante a primeira metade deste ano, chegando a 77 milhões.

Estudos mostram que um típico internauta chinês costuma passar 17.9 horas por mês (36 minutos por dia) envolvido em atividades online, seja bate-papo, blogando, jogando, ou comprando.

Investidores estrangeiros que quiserem abocanhar parte deste mercado vão ter que aprender a língua: 85% dos internautas chineses gastam seus tempo visitando sites com conteúdo em Mandarim, enquanto apenas 3% procuram por conteúdo em língua estrangeira.

“A indústria da internet é profundamente atrelada a conteúdo”, diz o Professor Guo Liang, da Academia de Ciências Socials da China em Beijing, que recentement produziu o 18˚ relatório estatístico do desenvolvimento da internet na China.

Olhando os números com calma, verifica-se que o e-Commerce tem demorado a se desenvolver na China por diversas razões, como a pouca penetração dos cartões de crédito, a desconfiaça do consumidor chinês, bem como a fraca infraestrutura logística e poucos canais de distribuição.

Ávidas por fazer parte da revolução de consumo chinesa, empresas estrangeiras e chinesas — como China Mobile, DHL e UPS — têm feito investimentos de tempo e dinheiro para enfrentar as dificuldades.

Tais esforços têm dado retorno: consumidores chineses agora visitam em enxurrada sites de compra, como o da Joyo — subsidiária chinesa da Amazon.com — e seu concorrente Danddang, que recentente conseguiu captar 30 milhões de dólares de um fundo de investimento.

A Joyo — assim como outros sites de compras — tem expandido seus serviços; passou da venda de livros para eletrônicos e outros produtos e aumentou o número de produtos ofertados de 45 mil para 450 mil em apenas dois anos.

O crescimento da Joyo reflete o potencial de crescimento do e-commerce na China. Estima-se que mais de 2 milhões de chineses compraram produtos ou serviços online em 2001. Já em 2006, o número de chineses fazendo pedidos online deve passar de 20 milhões, segundo estimativas do China Market Research Group CMR. Este ano, espera-se que 2 de cada 3 chineses façam compras online, com livros e equipamento de informática como itens mais populares.

Outras estatísticas indicam crescimento em todas as áreas do e-commerce: em 2004, todo o mercado de leilões online da China girava em torno de 561 milhões de dólares; este número cresceu 200%, chegando a 1.7 bilhão de dólares em 2005, dos quais Taobao posiciona-se como um dos principais atores do mercado.

Segundo o CEO do Alibaba.com, Jack Ma, Taobao vai em breve dominar o mercado de leilões online, batendo de frente contra o eBay.

Se tais tendências de crescimento continuarem, o volume de transações online na China deve chegar a 1 trilhão de iuanes (algo em torno de 89 bilhões de dólares), uma forte subida em relação aos 700 bilhões de iuanes do ano passado. “Podemos finalmente falar em explosão do e-commerce na China”, diz Chi Congbing, analista do CCID Consulting. [Webinsider]

.

Itamar Medeiros (medeiros.itamar@gmail.com) é especialista em Design da Informação e mantém o blog Designative

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

2 respostas

  1. O mercado Chines é um grande porto para E-Commerce, só que a política do Governo Chinês é travar e vigiar as fronteiras da web. Problemas como: país fisicamente enorme, falta de fornecedores confiáveis, logística e métodos de pagamento como o cartão de crédito (símbolo do capitalismo) são as barreiras, portanto, a empresa que queira investir vai ter que fazer muito esforço e parceria com o Governo, assim como fez o Google para pousar por lá.

    O outro lado da moeda é a população travada e seca por informação e consumo. Se todos se rebelarem em prol da web free, teremos um grande massacre ou uma nova revolução chinesa.

    Se o crescimento do PIB da China é o maior do mundo, logo teremos que mapear as áreas, setores, cultura e ver onde mais se consome web e qual o desejo do usuário. Agora, se o público não tem como girar o caixa do E-Commerce, teremos que estudar os nichos pois várias empresas irão concorrer vendendo bicicleta 🙂

    Abraços

  2. Olá Itamar,

    O seu artigo pode ser considerado de extrema valiosidade principalmente para aqueles que tem tendências empreendedoras. Nos ultimos anos temos visto o enorme crescimento econômico da China, e agora está se refletindo na Web.
    Não sei, mas pode até ser que tenha brasileiro(s) lá, ajudando a desenvolver a área, e que talvez tenha poucos chineses profissionais de web.

    Quem souber mandarim, e tiver algum negócio para vender lá, esse é o momento!

    Um abraço a todos amigos do Webinsider.
    Itamar, espero que você continui sempre contribuindo com essas informações, são muito importantes!

    T+++

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *