E por que não portabilidade de dados de verdade?

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As plataformas de convergência ainda têm muito a amadurecer e caminhar no sentido de um padrão aberto de dados, que pertençam de verdade ao usuário.

A idéia de data portability vai além da comunicação entre as diversas redes sociais. Hoje as plataformas disponibilizam os dados, deixam que sejam acessados por outros sites, mas não os tornam portáveis. É pouco.

 

Data Portability é um movimento no sentido de dar aos usuários o controle sobre as suas redes sociais e trazer praticidade a quem usa a internet. Dando controle ao usuário sobre seus amigos, seus dados, sobre sua privacidade e padronizando isso, temos uma proposta coerente de simplificação e melhoria para a web.

Quem se interessar pelo assunto e quiser saber um pouco mais, recomendo dar uma olhada aqui, e aqui.

Ainda não é data portability

O slogan do Dataportability.org é: Share and remix data using open standards. Compartilhar e misturar dados usando padrões abertos é boa idéia, mas as empresas com serviços de portabilidade hoje não estão interessadas essencialmente no bem do usuário e sim em aumentar suas esferas de influência.

Google vs. Myspace vs. Facebook

As três empresas já lançaram suas plataformas de comunicação entre redes sociais, Friend Connect, Data Availability, e Facebook Connect (que tem usabilidade fantástica e deixa o OpenID muito atrás). Todas as plataformas disponibilizam os dados, deixam que eles sejam acessados por outros sites, mas não os tornam portáveis.

Data Portability é completamente diferente de comunicação entre as diversas redes sociais. O que vivemos neste momento é uma iniciativa no sentido de diminuir o número de serviços que possuem os dados e trazer alguma praticidade e simplificação para desenvolvedores e usuários.

O que alguns não perceberam é que a diminuição do número de bancos de dados ainda não dá ao usuário a propriedade sobre seus dados e cria até uma espécie de cartel dos possuidores dos dados. Tudo continua do mesmo jeito, no espectro de quem é o possuidor dos dados.

O dado não é seu, ele é do Google, do Facebook, ou do Myspace. Por sorte, eles simpaticamente deixam que você os acesse e até compartilhe com outros sites. Ter um widget com seus amigos do Orkut em qualquer site, não ter que importar todos os seus amigos a cada vez que você cria conta em um novo serviço não é data portability. Isso é comunicação entre as redes sociais, não um movimento em direção a utilização de padrões abertos para a web.

É um avanço, melhorará muito a experiência dos usuários, mas ainda não é o suficiente.

As plataformas de convergência ainda têm muito a amadurecer e caminhar no sentido de um padrão aberto de dados, que pertençam de verdade ao usuário. O data portability ainda tem que amadurecer bastante e um grande passo para isso é a adoção do openID por grandes players como o Yahoo!, que tem investido bastante em pesquisa.

O OpenID ainda tem que se consolidar como um protocolo realmente efetivo e mais simples de autenticação. Foco em usabilidade e parcerias com os grandes são a esperança para o movimento em favor do data portability.

E você concorda ou discorda? Opine! [Webinsider]

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Leia também:

Dataportability.org: uma ação para abrir o grafo social

 

Diego Gomes é fanático por blogs, marketing de conteúdo, lean startups, growth hacking e outras dezenas de buzzwords. Fale com ele pelo Twitter @dttg ou pelo site rockcontent.com.

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2 respostas

  1. Amigos, acredito que data portability não fique bem em nenhum plano de negócios. O valor dessas empresas está na informação e no controle do seu tráfego, falar de data portability para elas é como falar em comunismo.

    Temos que lembrar que graças às ambições dessas empresas que possuímos redes sociais. Se essas redes não fossem motivadas pelo lucro, seriam tão espalhadas e desorganizadas quanto são as cidades que levaram séculos para se organizar em países que até hoje não se relacionam bem entre si.

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