Desenvolver sites mobile ou só adaptar-se ao iPhone?

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Com a chegada do iPhone e outros smartphones com melhores recursos para navegação, uma questão que tem surgido com freqüência é se a internet móvel está convergindo para a internet tradicional, formando assim uma única internet (oneWeb). Como derivação, abre-se o debate sobre a real necessidade de se criar versões móveis dos sites otimizadas para o acesso pelos celulares.

No entanto, mesmo com o avanço dos aparelhos, há algumas diferenças fundamentais entre a mobile web e a PC Web.

Primeiramente, os usuários possuem necessidades e motivações diferentes quando estão em mobilidade. Em artigo recente, a Business Week mostrou que os usuários pelo celular em geral acessam a internet em horários distintos e procuram sites e funcionalidades diferentes do que quando estão na frente do PC.

Nos EUA, por exemplo, sites como Weather Channel e ESPN são acessados por mais usuários na versão móvel do que na versão web tradicional, buscando consumo rápido e direto de informação (no caso, previsão do tempo e resultado de jogos).

Além disso, as peculiaridades dos aparelhos e interfaces impõem limitações e novas oportunidades. As limitações, inclusive nos aparelhos mais avançados, vão desde o tamanho da tela até o suporte a tecnologias como Flash ou Javascript. Como contraponto, o celular oferece recursos exclusivos, como informações de localização (já usado no Google Maps mobile), novos formatos de interatividade (ex. Click-to-call direto para uma central de atendimento), ou a possibilidade de rápida criação de conteúdo pelo usuário.

Por isso, os principais portais e marcas da internet mundialmente fazem versões específicas dos seus serviços para serem acessadas pelo celular. Estes sites móveis proporcionam uma melhor experiência para o usuário, sendo mais intuitivos e rápidos (baratos) para acesso no celular, além de priorizarem conteúdos e serviços mais relevantes em mobilidade. Alguns vão até além nesta questão. O Google e o Yahoo!, por exemplo, automaticamente redirecionam os usuários para a versão móvel dos seus serviços quando acessados por celulares, mesmo quando o endereço digitado é o da internet tradicional (ex. www.yahoo.com, www.gmail.com).

Essa diferença de experiência é bem evidente até para o iPhone, aparelho que se destaca na capacidade de acessar sites web normais. Esse vídeo, por exemplo, mostra a diferença de experiência do usuário no acesso ao blog Engadget pelo iPhone entre uma versão móvel e a página normal do serviço. No exemplo em questão, o usuário na versão móvel consegue acessar quatro artigos no mesmo tempo em que acessa apenas um pela versão web normal.

Outro ponto importante a se ressaltar é que, mesmo desconsiderando as questões de melhor experiência para o usuário, esta parcela de aparelhos que podem (ainda que com limitações) acessar um site web normal ainda não passam de 2% aqui no Brasil. A situação não é diferente nos países mais desenvolvidos. Segundo pesquisa recente da Nielsen Mobile, nos Estados Unidos o aparelho líder na mobile web é o Motorola Razr V3 ? que não possui recursos dos smartphones ? com 10% dos acessos.

Já com relação a outro aspecto importante, o da busca móvel, os mecanismos de mobile search do Yahoo! e Google priorizam sites que são projetados especialmente para a mobile web. Aqui no Brasil as operadoras têm formalizado parcerias de busca móvel pelos seus portais com um destes dois players, o que tende a dirigir bastante tráfego para os bons mobile sites por usuários que vêm direto das operadoras.

Portanto, é bastante plausível apontar que há uma grande oportunidade para a criação de sites projetados exclusivamente para os celulares, pensados para oferecer uma ótima experiência e atender as necessidades de uma massa que cada vez mais quer ter acesso 24/7 aos seus serviços, notícias, comunidades, e-mails, blogs… [Webinsider]

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<strong>Eric Santos</strong> (<a href="http://twitter.com/ericnsantos" rel="externo">@ericnsantos no Twitter</a>) é diretor-executivo da <strong><a href="http://www.praesto.com.br/" rel="externo">Praesto Convergence</a></strong>, especializada em soluções para mobile marketing através de aplicativos e mobile sites, que mantém um <strong><a href="http://www.praesto.com.br/" rel="externo">blog</a></strong> sobre mobile marketing e advertising.

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10 respostas

  1. Olá Pessoal!
    Eu acredito muito no MOBILE, pois quando a Internet nasceu demorou 10 anos para se registrarem 100.000 dominios; hoje em 2 dias da abertura dos registros do dotASIA, já havia 400.000 registros. Na Internet móvel, a situação deverá demorar um pouco, mas chegará até o Brasil. Quando tivermos a Internet móvel em grande escala no Brasil, teremos também sites criados especialmente para este formato. Eu sou um apaixonado por este tipo de tecnologia, pois vai ficando cada vez mais fácil e rápida a disseminação de qualquer tipo de informação por estes meios. Eu tenho alguns sites para Internet móvel, que quiser conferir é só acessar:
    http://www.bloo.mobi (Social comunidade); http://www.olhovivo.mobi (Sites de Busca para celulares e smartphones); http://www.waz.mobi (search Engine for Your Cellular) ; http://www.peixoto.mobi ( O Meu Curriculum Vitae ); http://www.olhovivo.com (Sites de Busca com milhares de sites indexados e com a primeira página ); http://www.yubnub.tv ( games online).
    Além destes, estou trabalhando em outros. Eu tenho aproximadamente 100 dominios registrados .mobi.
    Podem conferir em http://mtld.mobi/domain/whois
    busque:jornal.mobi ; livro.mobi ; cidade.mobi ; multa.mobi ; eleicao.mobi ; cartoes.mobi ; esporte.mobi ; paparazzo.mobi ; dicas.mobi ; ideias.mobi ; leilao.mobi ; torpedos.mobi ; blig.mobi ; biologia.mobi ; moteis.mobi ; ruas.mobi ; midia.mobi ; piadas.mobi ; cardio.mobi ; astalavista.mobi ; ondas.mobi ; xadrez.mobi e …
    obrigado pela espaço!!!
    drpeixoto

  2. Juliano,
    Concordo bastante com o teu ponto de vista. A demanda da Internet no celular é bem diferente do que no PC, então os mobile sites fazem muito mais sentido para serviços de utilidade, entretenimento, noticias, comunicação, ou seja, conteúdos bastante dinâmicos e que trazem a necessidade de consumo em qualquer hora e lugar.
    Quanto aos sites institucionais (ou comerciais), entendo que na maioria dos casos não trazem essa demanda pelos usuários. No entanto, há casos onde isso se encaixa bem, como os mobile sites de promoções, lançamentos de produtos, mudanças de planos de serviços, etc. Há vários exemplos de sucesso nesta categoria, aqui e fora do Brasil. Porém, certamente esses mobile sites comerciais também precisam de promoção, e a maneira mais eficiente de se fazer isso hoje é através de compra de mídia em outros sites móveis bastante acessados (mobile advertising).
    Abcs

  3. Caro Eric,

    Achei muito oportuno o artigo. Aliás esta tem sido umas das várias pulgas que parecem estar fazendo uma verdadeira festa atrás da minha orelha.

    Se por um lado a capacidade de acessos de aparelhos com o Iphone dá show… realmente não vejo motivos para ficar lendo artigos numa telinha de 6 polegadas… o acesso mobile é realmente um acesso de conveniência…. no último caso, um acesso de putz, não tenho nada pra fazer, tô ocioso, vou fuçar nessa internetezinha!! (risos)…

    Você acha que sites institucionais, ou meramente comerciais (por exemplo, um site que se dedique exclusivamente a exibição de um portifólio), tem em si mesmos razão para ter sua versão mobile? Ou melhor ainda.. que aplições ou variações poderiam receber para sua versão magrinha ???

  4. O comentário acima não foi feito por mim, Rodrigo Lóssio – provavelmente alguém colocou meu nome sem querer.

  5. Rodrigo Lóssio
    Ainda vemos milhares de sites que nem se adaptaram a regras da W3C, para que possam ser visualizados de forma plena e não distorcida em qualquer browser

    Rodrigo, o pior não é isso, o pior são os browsers que ainda não se adaptaram as regras da W3C… Vulgo, Todos.

    Se fosse somente os desenvolvedores, tava bom, mas eles passam esse perrengue porque os navegadores são todos sem padrão. Nennhum segue exatamente o W3C.

  6. Eric, ótimo artigo. Mas não sei como será o movimento para os sites possam ser acessados por dispositivos móveis. Ainda vemos milhares de sites que nem se adaptaram a regras da W3C, para que possam ser visualizados de forma plena e não distorcida em qualquer browser. Penso que novamente a adaptação para dispositivos móveis será lenta, sendo que grandes portais que vão levar isso a sério, efetivamente (como já estão, tenho uma dúzia no meu smartphone).

    Aliás, meu blog já tem versão para dispositivos móveis. Tem um plugin ainda não público do Pedro Bachiega (que trabalha na Praesto) que pode ser instalado no WordPress e permite a leitura em dispositivos móveis numa versão do site exclusiva.

  7. Pessoal, estou trabalhando em um projeto na faculdade que voce desenvolve um site, com o modelo que propomos, e ele se adapta a qualquer tela de celular, PDA e etc etc…
    Em breve ele tera um site, o nome do projeto é GIA de Gerados de Interfaces Adaptativas…
    ë bacana, usa JSP e algumas TAGs especial GIA!

    Abraços!

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