Eventos focados em games se espalham pelo país

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O ano de 2005 foi regado a muitos eventos voltados para a área de jogos eletrônicos, espalhados por todo o Brasil. Foi o segundo ano da EGS, que vem se consagrando como o maior do país. Outros exemplos de eventos focados em entretenimento foram o GameCon, também em São Paulo e o Game Festival, em Santa Catarina. Muitas instituições de ensino investiram em exposições e palestras, como o Senac São Paulo com o Game_Cultura e o Mundo Games. Eventos acadêmivos aconteceram em Minas Gerais, a I Jornada de Jogos Digitais; no Rio Grande do Norte, o Simpósio Brasileiro de Computação Gráfica e em São Paulo, o SBGames.

Conferências de desenvolvedores também aconteceram em São Paulo, como o III Encontro Design de Games e no Rio de Janeiro, o CDG. Alguns eventos focados em informática e tecnologia também abriram espaço para os games, como a Jornada de Atualização em Informática, no Rio. Outros focaram negócios, como o Fórum de Games Online, em São Paulo. Eventos sobre o mercado de mobile também abordaram games, como o III e IV Tela Viva Móvel, em São Paulo e a Mobile Messaging South Cone, no Rio.

Além desses, os eventos voltados para competições de esportes eletrônicos também foram numerosos, com a Imagine Cup, CPL World Tour e o World Cyber Games, que contaram com a participação de brasileiros inclusive nas finais.

O site Gameworld (da revista EGM Brasil) lançou um evento que premia os melhores games do ano, inclusive a melhor empresa desenvolvedora do país (a votação para os destaques de 2005 já está aberta e o evento de premiação acontece em março, em São Paulo). Para fechar o ano com chave de ouro, a Associação Brasileira de Jogos Eletrônicos (Abragames), com o apoio da Game TV, realizou a Games Party, festa que reuniu desenvolvedores, imprensa, academia e gamers e que premiou o Festival de Jogos Independentes e lançou o Prêmio de Contribuição à Indústria Brasileira de Jogos.

Muitos outros eventos poderiam ser citados. A cada ano, novos surgem em todos os cantos do país, como a 1ª Feira Top Game Show (TGS), que acontece no Rio de Janeiro e terá em maio campeonatos pré–feira realizados em lan houses da região. De 29 de junho a 2 de julho, segundo Lucia Prista, resposável pela organização do evento, o público será recebido numa ambientação cenográfica e poderá participar de diversas competições. A partir de março, o site do evento estará no ar com mais informações.

Mas até lá outros eventos virão, como o 1º Encontro Brasileiro das Comunidades On–line de Ilustração, Modelagem, Animação e Áreas Relacionadas, no dia 11 de fevereiro, na Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro.

Mas por que tantos eventos na área de jogos eletrônicos no país?

Eduardo Azevedo, do Grupo CGMAX, responsável pela organização do Encontro, afirma: “Estamos determinados a investir cada vez mais para que estes encontros ganhem força e possam ser utilizados como propagadores das atividades realizadas por profissionais e empresas brasileiras do setor de jogos”. Já Prista afirma que a idéia de fazer a TGS 2006 surgiu como conseqüência da observação do mercado, que clama por eventos de entretenimento.

Segundo Guilherme Carvalhal, gerente acadêmico da Microsoft Brasil, o país tem um dos maiores potenciais de crescimento na área de jogos eletrônicos. “A Microsoft dá muita importância ao mercado de games nacional. A participação em eventos como a EGS Brasil e a criação de competições como a Imagine Cup, que reúne milhares de brasileiros, é a forma mais clara de identificar os nossos investimentos”, afirma Carvalhal. A Imagine Cup deste ano, conta com a categoria Jogos – Projeto Hoshimi, na qual competidores deverão jogar e programar para ajudar o professor Hoshimi e sua equipe de cientistas a salvar o mundo num jogo online 3D. Os finalistas ganharão uma viagem para Nova Delhi, Índia, e poderão ainda ganhar prêmios de 8 a 25 mil dólares. As inscrições permanecem abertas até 20 de março.

O fato de o Brasil ser um dos países onde mais se joga games, atrás da China e Japão, também colabora para o investimento na criação de eventos na área. Ainda segundo Prista, o fortalecimento deste tipo de negócio tem potencial para ser um grande gerador de empregos e, conseqüentemente, colaborar com o crescimento da economia brasileira. “Dentro desta ótica, iniciativas como a TGS podem ser um sinalizador para os governantes, apontando este segmento que está aí, que é uma realidade, e precisa ser visto com atenção”, diz Prista.

Segundo o VP de Comunicação da Abragames, André Penha, a criação e divulgação de eventos e competições voltados para os jogos eletrônicos são formas de mostrar o interesse e potencial do país no setor, além de proliferar a cultura em jogos no Brasil, gerando informação e incentivando a formação na área. [Webinsider]


Alessandra de Falco (alessandrafalco@ufsj.edu.br) é professora de Jornalismo Online e Planejamento Visual Gráfico na Universidade Federal de São João del-Rei-UFSJ. Tem experiência profissional nas áreas de Jornalismo Científico e Tecnológico e Comunicação Organizacional. Faz parte da Rede de Pesquisa Jornalismo e Tecnologia (JorTec).

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2 respostas

  1. Oi Alessandra, eu gostaria de conversar com você sobre mestrado em design de games aqui no Brasil. Vi uns textos seus sobre eventos de design no país e achei que você pudesse me ajudar a saber um pouco mais sobre esses cursos de mestrado que existem aqui no país. Sou um aluno de Desenho Insdustrial da Universidade Federal do Maranhão e já estou pensando onde fazer meu mestrrado quando terminar o curso, mas ainda não conheço muito sobre design de jogos aqui no Brasil. Queria começar nossa conversa pergunntando se você conhece algumas instituições que ofereçam o curso de mestrado em Design de Games aqui no Brasil.

    Outra duvida que tenho é se só existem cursos de mestrado em design de jogos ou se existe outro curso de mestrado como por exemplo animação 3D. Foi só um exemplo, não sei se existe esse curso de mestrado. Pois então, minhas duvidas são quais os cursos de mestrado em Design de Games ou relacionados a esse que existem aqui no Brasil e quais instituições que os fornecem.

    Desde já, muito obrigado.

  2. Olah, Alessandra! Escrevi recentemente no meu blog (http://designative.blogspot.com) um artigo sobre games na China — onde a pirataria reina e usuarios nao querem pagar pelos jogos–, e sobre como as empresas de desenvolvimento estao tentando encontrar outras formas de capitalizar com seus jogos.

    Apesar de se jogar muitos jogos por aqui (na China), a impressao que eu tenho mercado de desenvolvimento Chines eh de que eles estao mais pra mao-de-obra dos grandes estudios do que key-players da criacao.

    Fico feliz em saber que no Brasil tem se organizado eventos, e que a industria estah tentando se articular!

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