Gosto do iPhone, mas preferi voltar para o Android

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Antes de ler entenda que não existe “um melhor” nessa disputa entre smartphones com o iOS (iPhone) e com Android. Os dois sistemas são excelentes, com aparelhos perfeitos. O importante é que atendam suas necessidades pessoais.

moto-g-e-androidHoje eu troquei meu iPhone 4s 16GB por um Moto G 16GB. Sim, depois de seis meses voltei ao Android e mais ainda, voltei para a Motorola (que já jurei de pé junto por duas vezes que não voltaria mais).

A razão foi uma só: necessidades pessoais específicas.

Quem me conhece sabe como é minha relação com tecnologias e aparelhos celulares. Praticamente troco a cada oito meses. Aproveito ao máximo e sou bem geek mesmo. Customizo, passo madrugada afora para fazer desbloqueio (que permite instalar coisas que originalmente são barradas pelo sistema original)… segundo os fóruns da internet seria um “power user”.

E o bluetooth e o usb-to-go (usar o cel como “pendrive”) fazem muita falta, pelo menos para mim.

Aqui no Brasil não é como nos países desenvolvidos onde a internet celular é boa e acessível a todos para não precisar de bluetooth para passar músicas, documentos, vídeos e fotos. E nem todos os projetores e TVs permitem visualizar conteúdo do smartphone na telona sem cabos e gambiarras.

Transportar arquivos Word, Excel e PowerPoint, tirar e colocar fotos e músicas como se fosse em um pendrive, no melhor estilo “copia e cola”, poder usar o cabo de praticamente qualquer smartphone para fazer isso e em qualquer computador…. sim, isso tudo me fez muita falta.

Também não posso deixar de citar a tela maior. O Moto G conta com 4.5″ enquanto o iPhone 4s tem 3.5″. E não diga que não faz diferença, porque para quem assiste muito vídeo no celular isso importa.

A minha primeira experiência com Android foi um Motorola Quench. Já tinha usado dois “aparelhos normais” da Motorola e os dois deram problema. O Quench era lerdo demais, sem falar que nele o Android engasgava e travava toda hora. Aí parti para o Galaxy S2 Lite que hoje está com minha esposa. Fucei nele todo, atualizei, fiz desbloqueio etc. Muito bom, mas eu gosto de experimentar novos desafios. Aí resolvi testar o iPhone, por influência de vários amigos.

A qualidade do iPhone

Verdade seja dita: é o melhor aparelho que já usei até hoje em vários sentidos: relação máquina e sistema operacional perfeita (roda muito fluído, sem engasgos e não trava), controle de qualidade impressionante. Nunca precisei reiniciar por ter “dado pau” e tudo funciona e muito bem. Capricho nos apps da loja (você não vê aqueles de “fundo de quintal” feitos por um menino de 12 anos com gráficos horríveis que existem na Google Play), design bonito e corpo em alumínio e vidro.

A liberdade do Android

Mesmo com especificações menos potentes do que muito smartphones atuais, o iPhone consegue ser bem mais eficiente por causa do sistema feito sob medida. Porém pelas decisões da Apple de manter o sistema fechado e eu não querer fazer desbloqueio (que viola a garantia e não é saudável para o aparelho), precisei abandonar.

Falta poder customizar mais, faltam algumas funções, até bobinhas, mas que no Android são nativas ou pelo menos se consegue instalando apps. Por restrições do software no iPhone, por exemplo, não é possível gravar conversas telefônicas e nem baixar áudio de páginas da internet (como uma música do 4shared). O arquivo não vai para lugar algum. Música e vídeo praticamente só pelo iTunes (que não é tão amigável assim na primeira experiencia) e no seu PC que está cadastrado etc etc. Liberdade nesse ponto é fundamental para mim, que gosto de compartilhar muita coisa com amigos.

Android puro

Pela falta de liberdade eu dei adeus à maçã. E paguei menos que um salário mínimo em um aparelho que tem processador quad-core 1.2 (o iPhone é dual-core 1.0), 1 GB RAM (contra 512 MB), vídeo excelente para rodar jogos, tela HD com 4.5 polegadas (resolução maior que a do iPhone 4s – 1280×720 contra 960×640), câmera com flash que filma em HD e 2 chips (iPhone dois chips? Só se for na banquinha da esquina) com 3G, wi-fi e tudo mais que o Android proporciona.

Se você acha os Samsung ou LG lentos com Android, é por causa da customização que essas marcas colocam no sistema (ícones, interface, programas etc). Aí fica mais pesado para rodar, mesmo em máquinas mais top de linha. O Moto G roda o Android “puro”, sem firulas, sem programas pré-instalados que não se pode desinstalar etc. É outro nível.

Ressalto o “menos de um salário mínimo” porque o iPhone é bem mais caro. Alguém pode falar “credo, nem filma full HD e nem tem tela full HD…”. Primeiro: pouquíssimos celulares têm uma câmera realmente decente, daquelas de você achar que a foto é de uma câmera mesmo (como o Galaxy Zoom).

Essa qualidade toda eu ia querer em uma tela de 40 polegadas ou mais. Em uma tela pequena, HD é mais do que suficiente. Sem falar que já tenho uma câmera que filma em full HD com áudio stereo e zoom de 50x. Precisa dessa qualidade toda para Instagram e Facebook? Se você não ganha dinheiro com fotografia, então não precisa, de verdade.

Bem, com essa experiência de seis meses eu entendi porque algumas pessoas defendem a Apple com unhas e dentes. Minha irmã tinha um iPhone 3GS e foi o primeiro smartphone da vida dela. Gostou tanto da mordida na maçã que comprou o meu iPhone 4s 16GB. Ela simplesmente ama e não troca por nada no mundo, se adaptou muito bem ao sistema e suas limitações. Palmas pra ela!

Vai deixar muitas saudades e boas recordações… mas não nego que também vai levar muitas dores de cabeça embora…

Isso é uma opinião pessoal e baseada em minhas necessidades pessoais. Experimente se puder, aposto que você vai gostar do iPhone.

E você? Já teve essa experiência entre os dois mundos? Ficou aonde? Quais motivos levaram à adoção de um ou troca?” [Webinsider]

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Peterson Abelha (petersonabelha@gmail.com) é designer gráfico.

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