Humildade é qualidade mas não deve ser restrição

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Quando ouço o discurso acadêmico, que se baseia em:

  • cada um coloca um tijolo no prédio da ciência;
  • e estou em cima de ombros de gigante.

Penso que as duas atitudes podem ser ferramentas para a defesa da humildade tóxica, pois:

  • Você pode querer colocar um tijolo, mas pode também se sentir potente para derrubar uma parede inteira e querer fazer uma casa. Nada te obriga a se sujeitar a tijolos, depende do desafio necessário e de sua potência para fazer isso. Depende de cada um e de cada contexto o que vai ser quebrado e colocado;
  • E sim, você está diante de ombros de gigante, mas nem sempre os gigantes de plantão são tão gigantes assim. Pode ser que os gigantes que você está em cima não sejam os mais adequados e é preciso derrubá-los para achar outros gigantes, como os gigantes clássicos. Note que há os gigantes oficiais que são impostos como gigantes obrigatórios.

Repetidor e não inovador

Temos, assim, dois problemas com a humildade tóxica de maneira geral e no Brasil.

De maneira geral – o mundo vive hoje uma revolução cognitiva, como foi na chegada do papel impresso uma mudança radical nas formas de se produzir ciência. Chamo o momento atual de quebra de paradigma cognitivo, em que estamos mudando o nosso modelo mental.

Hoje, o terreno em que a ciência analógica foi montada está ruindo. O que nos leva a não aceitar os atuais paradigmas, pois os desafios colocados são outros. Do ponto de vista do Brasil, vivemos a humildade tóxica de um país que estimula a repetição e não a criação. É bem visto na academia brasileira que você suba no ombro dos mesmos gigantes oficiais, chapa branca, que aquela dada escola aceita.

Ser humilde aqui é sinônimo de passividade e impotência diante do que vem lá de fora, de maneira geral.

Aqui precisamos criar uma cultura de luta ferrenha contra nossa excessiva humildade tóxica, que tem nos feito um país cada vez mais repetidor e não inovador.

Se alguém defende que está sendo humilde, pois tem limitações pessoais e encara os desafios que considera capaz, isso é uma virtude inquestionável de cada um.

Mas quando se defende, como uma premissa da ciência, um padrão de humildade coletivo e isso passa a ser uma regra limitadora, isso não é humildade.

Isso é instrumento de poder e de submissão da inovação. Se defende assim uma humildade padrão para se ter uma baixa inovação incremental, quando se hoje pede algo mais radical.

Todo cuidado é pouco, pois é tempo de combater a humildade tóxica sem dó e nem piedade! É isso, que dizes? [Webinsider]

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