Linguagem de programação universal é utopia

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Analisando as intermináveis discussões espalhadas por toda a internet, em torno da briga entre os defensores das linguagens JAVA, C#, PHP , Ruby, Phyton, C++ etc, tive o seguinte pensamento: a linguagem de programação está para a comunicação entre humano e máquina, assim como o idioma está para a comunicação entre um ser humano e outro.

Logo, a linguagem de programação tem um objetivo muito próximo ao do idioma: comunicar! Afinal, quem executa a ação é tão somente o computador.

Sabemos que o mandarim é hoje, o primeiro idioma mais falado no mundo, com 1 bilhão e 51 milhões de pessoas. No entanto, para a maioria dos brasileiros, sua curva de aprendizado é maior do que a do espanhol, por exemplo. Mas isso não faz automaticamente o mandarim necessariamente melhor do que o espanhol, nem torna as pessoas que o dominam, automaticamente mais inteligentes, ou mais capazes de resolver os seus problemas de comunicação.

Para um brasileiro, o português tende a ser muito mais útil do que o inglês, da mesma forma que se o programador estiver desenvolvendo uma aplicação para mobile, dificilmente será viável utilizar o Cobol, ainda que se crie n gambiarras mecanismos para tal.

Mas isso não significa que saber inglês, para o brasileiro, é inútil, muito pelo contrário. Profissionais com múltiplos idiomas são mais valorizados no mercado porque, em tese, possuem maior capacidade de se comunicar em regiões, além da fronteira do seu idioma nativo. Da mesma forma, dominar mais de uma linguagem de programação torna o profissional apto a se comunicar com um maior número de plataformas e/ou tecnologias.

A defesa de uma determinada linguagem em detrimento de outra, às vezes é conduzida por visões míopes do tipo: a maioria dos bancos utiliza Java porque é mais seguro, logo ele é melhor. A curva de aprendizado do Java é maior, logo ele é melhor. O Facebook é um dos sites mais acessados do mundo e é em PHP, logo o php é melhor. 59% dos sites em todo o mundo usam o PHP, logo ele é o melhor. O Gmail é feito em Python, logo o Python é o melhor. A Microsoft é inquebrável, logo o C# é o melhor.

Nem um nem outro. Se formos mais específicos, talvez consigamos fazer análises mais consistentes e objetivas. Por exemplo: para uma determinada aplicação o requisito mais crítico é o tempo de resposta (3 segundos) que deve atender a 100.000 usuários simultâneos, todos autenticados e conectados por comunicação criptografada, realizando no mínimo 5 operações matemáticas por minuto, atualizando 2 registros ALI e consultando 5 AIEs. Qual tecnologia atende melhor a este requisito?

E para uma outra aplicação em que serão apenas 3 usuários simultâneos, consultando um registro ALI? Todos nós programadores sabemos – ainda está para nascer a linguagem universal que atenda a todas as situações em condição de vantagem em custo e tempo.

Estamos em um ecossistema conduzido por forçar novidades muito maiores do que as empresas e/ou comunidades, isoladamente, conseguem anunciar. Não é tão simples mudar o idioma de um país, assim como não se pode decretar a morte de todas as linguagens em detrimento de outra do dia para a noite.

Apesar do conhecido dinamismo da tecnologia, o Cobol ainda está aí e utilizado em diversos bancos.

Do ponto de vista corporativo, são os requisitos funcionais e não funcionais que determinam a tecnologia mais adequada. Portanto, entenda o seu segmento. Entenda o propósito do projeto.

Do ponto de vista humano, são as emoções e as diferentes bases culturais que conduzem as afinidades com uma determinada linguagem ou não. Por mais que fossemos capazes de saber todas as linguagens, sempre elegeríamos uma preferida; afinal há vários times de futebol, mas nem todos torcem para o mesmo. Ainda bem! [Webinsider]
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Leandro Endo é proprietário da agência Rotamáxima, publicitário, engenheiro de software e certificado pelos programas Google Partners e Microsoft Bing.

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6 respostas

  1. Leandro,

    O bom programador deve agir como um consultor, identificando necessidades, escalonando os possíveis upgrades, enfim, ele precisa planejar, pesquisar, compreender e se adaptar.

    Em resumo, é igualzinho a um consultor em marcas (como eu), não existe solução “padrão”, cada caso é um caso e pode ter desdobramentos diferentes.

    Conhecimento teórico e prático fazem toda a diferença nessa hora, né?

    Parabéns pelo artigo!

    Atenciosamente,

    Rudinei Modezejewski
    http://www.e-marcas.com.br
    http://www.direitoenegocios.com
    http://www.rodadadenegocios.net

  2. Eu concordo com seu texto, pois tanto cobol como o latim sao linguagens e linguas de comunicacoes antigas e em uso por diferentes comunidades.

  3. Nós usuários devemos muito aos programadores, possuem a árdua missão de compreender o que solicitamos (geralmente em tempo recorde) e criar um sistema e/ou página na web mais rápido ainda.
    Como se não fosse o bastante, precisam escolher a “linguagem” adequada para uma implantação com sucesso e talvez o mais importante, FUNCIONE.

    Fica a dica: Além do negócio em si, os usuários precisam se aproximar destas linguagens, mesmo que tenham que andar com um “dicionário” sempre a mão.

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