Mudanças de cenários, empresas e design thinking

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As empresas buscam o lucro, o fluxo de caixa permanente e a lealdade de seus clientes, porém muitas vezes esbarram na falta das habilidades que deveriam desenvolver para chegar a resultados que as diferenciem dos concorrentes.

Hoje há gurus, ferramentas, tecnologia e disciplinas disponíveis a todos e prontas para serem usadas, mas na prática falta um estudo holístico para observar tendências em tecnologia, padrões de consumo e outros fatores que poderiam modificar e melhorar o curso de marcas e produtos.

Mudanças de foco sempre podem ocorrer. Um exemplo é a JVC. Aperfeiçou o videocassete, fez produtos de qualidade e chegou a ser líder de mercado. Ganhou participação, ficou conhecida mas não olhou para fora e acompanhou as mudanças que o cenário e os avanços tecnológicos impunham no seu negócio.

Hoje é uma empresa tímida, acanhada frente a concorrência das gigantes Panasonic, Sony Philips, Samsung que outrora tinham uma participação menor no segmento de video (e som) e souberam se reinventar e inovar em seus conceitos e produtos. A Samsung investiu continuamente em design, a exemplo do monitor de LCD Mobius, desenvolvido recentemente pela IDEO.

A inovação toma a frente de muitas disciplinas propondo a reestruturação de um modelo já carente de aperfeiçoamentos, para dar lugar a uma perspectiva constante de mudança e reciclagem, a partir da percepção da necessidade de uma visão mais holística que agregue valores de comunidade, educação de qualidade, biotecnologia, sustentabilidade e respeito ao consumidor.

Essa visão é melhor percebida quando falamos em Design Thinking, tema explorado muito bem pela IDEO, escritório sediado no Palo Alto, na Califórnia, que atende clientes como Apple, Cisco Systems, Caterpillar, HBO, Polaroid, Xerox, Sega, Target e Whirlpool. A proposta é buscar trazer soluções que utilizem os próprios meios da empresa, adequando as opiniões, criando protótipos e muito do lado empírico, conversando com as pessoas envolvidas no processo a ser trabalhado.

Trata-se de colher o máximo de informações pesquisadas com quem entende como forma de apoio para propor coisas novas adotando a abordagem centrada no homem, no indivíduo.

A mudança é descobrir novas maneiras rentáveis e diferenciadoras no seu próprio negócio e partir dos executivos e os detentores do “poder de mudança”, capazes de abrir possibilidades para que todos na empresa participem da engrenagem empresarial.

Conceitos como mídia, stakeholders, branding e design nunca estiveram tão em evidência no mundo dos negócios. São disciplinas que só crescem e ganham importância. São um reflexo de que o ser humano (e podemos incluir as empresas neste ecossistema), estão procurando se encontrar, provocando uma necessidade de transformação nunca vista tão grande quanto hoje.

A busca por soluções empresariais, sociais e ambientais exige um pensamento inovador por conta dos detentores do “poder da mudança”. É a era da junção da forma com o conteúdo, onde quem estiver apto a traduzir os sinais do futuro, prevalecerá.

Enfim, o mundo hoje perde cada vez mais barreiras demográficas e geográficas e vem se tornando um pequeno espaço de experimentação e interação entre os mais diversos mercados e empresas. E aqueles que não estiverem aptos a entender essa relação, executando através de um raciocínio “racional-emocional-interativo” as necessidades e desejos de desenvolvimento humano e social, poderão entrar na vala mediana da paridade. [Webinsider]

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Paulo Peres (paulocomunica@gmail.com) é publicitário (perfil Linkedin) e mantém o blog Abrandando.

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7 respostas

  1. Na realidade o texto enfoca o DESIGN ESTRATÉGICO -Uma forma de privilegiar o conteúdo do campo do conhecimento do Design sem abandonar a forma. É pensar o DESIGNER como agente de transformação dentro da empresa.Um profissional que ao olhar um problema tem rapidamente um insigth de solução.

  2. PP, acho que você tem toda razão neste seu artigo. Estudamos juntos ano passado e percebemos que as mudanças atuais são o somatório de fatores que resultam em Essência.

    Como já dizia o velho conceito do Determinismo o homem é o conjunto do fator histórico-econômico, do meio em que vive e da sua genética. Isso o faz criar repertório e, com o livre arbítrio, toma certas ou aquelas decisões.

    É exatamente isso que as empresas estão fazendo. DETERMINANDO através do genótipo + fenótipo + meio ambiente ( forma e conteúdo) suas diretrizes futuras para operarem lucro, gerarem processos eficientes e fidelizarem seus cliente e colaboradores tanto pela satisfaçao simples e pura, como pelo coração!

    Parabéns!

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