Novos dispositivos trazem de volta o design 800×600

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Quando as estatísticas começaram a mostrar que usuários estavam comprando placas de vídeo mais potentes e monitores maiores, vários clientes e designers começaram a comemorar.

Mais largura de tela significa mais espaço para conteúdo e criação. Ao longo do tempo, desenvolver soluções em 800 pixels de largura (o que de fato são 780 pixels em uma janela maximizada no Internet Explorer) se tornou um pesadelo para designers.

No entanto, os dispositivos móveis chegaram de vez ao país. O mercado começou a se preocupar com estes dispositivos com notícias sobre invasão dos iPhones anunciada pela imprensa em março.

Ao contrário de celulares e smartphones, o iPhone renderiza as páginas como elas são na resolução de 320 por 480 pixels. O usuário pode usar zoom para aumentar a tela, mas qualquer design de interfaces planejado para funcionar bem em 1024 pixels de largura com fontes pequenas irá tornar a vida do usuário um pouco mais difícil.

O cenário ganha novos players com os subnotebooks de 7 e 8,9 polegadas, como o Asus Eee PC e o Positivo Mobo. É possível redefinir a resolução de tela, mas nestes dois casos o usuário deve preferir manter a definição de fábrica que é 800×600. Ainda estamos verificando que o consumo destes subnotebooks está vindo da faixa de early adopters de tecnologia, mas o público final, principalmente no Brasil, deve ser a classe C.

Lembrando sempre que esta é faixa de consumo em tecnologia doméstica que mais cresce no país.

Seja qual for o público-alvo, fãs de tecnologia ou não, há chances de que sites sejam cada vez mais acessados novamente por usuários com resoluções de tela pequenas. Se for imprescindível trabalhar em 1024 pixels, é fundamental pensar nestes usuários e oferecer a melhor experiência possível.

Possíveis soluções:

  • Trabalhar com telas flexíveis, tomando cuidado sempre com a largura máxima e mínima da coluna principal de leitura.
  • Fazer versões diferentes da folha de estilo usando JavaScript para verificar resolução de tela. Tenha em mente que é mais provável que o usuário com resolução maior esteja com os scripts habilitados em seu navegador. Aqui você trabalha apenas a parte de grid do seu CSS.

O mais importante: não deixe de testar. Por mais anti-gadget que seja o desenvolvedor, ele precisa conhecer e testar seus aplicativos e websites nestas novas plataformas.

Referências:

[Webinsider]

.

<strong>Simone Villas Boas</strong> (pixeladas@gmail.com) é desenvolvedora web, sócia da <strong><a href="http://synapsisdi.com.br/" rel="externo">Synapsis DI</a></strong> e mantém um <strong><a href="http://s1mone.net/" rel="externo">blog</a></strong>.

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8 respostas

  1. Pois é Simone, muito bem resolvido esse post… As resoluções tedem a se misturar e trazer mais complexidade na hora de se pensar em “comunicar”.
    Isso é bom, muito bom, pois abre novas portas, trazendo a comunicação a outras plataformas e experiências. Mas exigirá mais conhecimento técnico, muita análise com público e planejamentos focados na realidade.

    A resolução e plataforma, pra mim, está diretamento ligada a necessidade de uso de cada um, pois o usuário que precisa fazer uma simples pesquisa via mobile não é o mesmo que está em casa navegando por preços e produtos. Isso é fato, a experiência e necessidade é outra.

    Parabéns!

  2. O maior problema é atender à todas as resoluções. Desenhar um layout flexivel é fácil, mas o problema é quando o designer web desenha o layout para um padrão.

    Geralmente, na agência que trabalho escuto muito os designers perguntando ao gerente de projeto se deve começar desenhar o layout para 1024 ou 800. A resposta é única: 1024. 🙂

    Eu sinceramente, não penso muito nos usuários de 800, mas tento o máximo adaptar esses layouts para qualquer resolução. Acredito que com a popularização desses gadgets terei que acostumar a fazer algumas folhas de estilos a mais. 😀

  3. Olá!
    Vejo alguns portais usando toda a tela de 1024px com conteúdo, geral// dividida e 4 colunas, o que particularmente acho uma loucura pela quantidade de informações passada de uma vez ao usuário. A resolução das páginas de 800px, ou melhor, 770px pra mim é a mais apropriada para esse tipo de site.

    E resoluções fixas em 1024, torna a navegação muito ruim para os usuários com munitores menores, apesar dessa resolução de tela já ter ultrapassado em acessos e venda a de 800.

  4. Olá Simone.

    Muito interessante o assunto levantado.Parabéns!

    Vejo que no cenário atual das possibilidades citadas é muito ou praticamente impossível criar um conteúdo que seja possível atender todas as tecnologias existentes.

    Até por questões de usabilidade.

    Por exemplo, se for desenvolver um site que possua uma página fale conosco, vamos chamar a opção pelo mailto?

    Não vejo bem assim.

    Internet é internet e mobile é mobile.

    Mesmo que o Iphone ofereça um recurso de ampliação da página web, este recurso não seria o melhor oferecido.

    Além do desafio do tamanho de telas como 176px, 240px, temos que pensar qual é a melhor aplicação: WML, WAP, WEB APLICATION.

    Cada caso, necessita ser bem observado.

    Outro detalhe.
    Temos diversos formatos de celular que podem carregar os mais diversos tipos de conteúdos, desde os mais básicos SMS até os aplicativos, além de considerar que no Brasil o acesso a internet pelo celular é muito caro e o usuário não é detentor de tempo, necessitando de um conteúdo mais objetivo e direto.

    Voltando a questão da página de fale conosco, a melhor opção seria utilizar um recurso simples de Click to Call.

    Abraços.

    Felipe

  5. Antigamente se ouvia falar que a maioria dos usuários utilizava 800×600, hoje isso mudou…apensar de não conseguir usar essa resolução em meu micro só faço meus layouts em 800×600, particularmente acho layout em 1024 horrível, mais isso é bem particular…

  6. Demais o artigo! Fala um pouco de tudo que eu vinha conversando com os amigos durante a semana. Zeitgeist!

    Gosto de usar no meu dia-a-dia 1024×768 e me acho um ET. É um costume mas vale a pena. Me dá a sensação mais próxima do usuário final. Até o ano passado trabalhava em um grande site de empregos, com acesso do Brasil todo e bem posicionado nas buscas do Google, e o Analytics nos dizia que, da grande maioria, 50% dos usuários era 800×600 e 50% era 1024×768. De tudo, apenas 20% usava resoluções mais altas.

    E tava pensando também em comprar um Eee PC mas tou encanado com essa da tela pequena, mas acho que pra design e com o hardware fraco desse tipo de notebook, talvez não seja uma boa idéia enquanto não apareça uma solução mais robusta.

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