O futuro da publicidade

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

O Webinsider tem um Fale com o Editor, lá em cima, perto da busca. Todos os dias chegam as mais incríveis perguntas.

Tantas vezes percebemos que há leitores que não leem. Por exemplo: a Ana Clara escreve um texto sobre critérios para montar uma planilha de custos em agências e mil pessoas pedem que enviemos planilhas customizadas por e-mail para os mais diversos segmentos de pequenos negócios.

O Paulo Rebêlo faz uma reportagem sobre a venda de sinal para TV pirata e mil pessoas perguntam quanto custa e pedem uma visita. O Bobeba comenta sobre como é trabalhar no home office e mil pessoas pedem emprego para trabalhar em casa. Pensam que vendemos filmes e fabricamos cartuchos de impressora. A lista é enorme.

É normal, sempre há leitores caindo de paraquedas, vindos de buscas no Google. Mas há também os leitores que realmente leem e fazem perguntas cujas respostas não temos. O que fazer?

Acabou de chegar uma pergunta assim agorinha mesmo. Como não sei o que dizer, peço a ajuda de quem se habilitar a responder a dúvida do Bruno Macedo, do jeito que ele escreveu. Lá vai:

O futuro da publicidade

Sou publicitário, mais especificamente diretor de arte. Estou formado desde 2004 e adoro a profissão que escolhi seguir. Mas existem questões que me intrigam e me deixam triste ao mesmo tempo.

Qual o futuro da publicidade? Da publicidade carioca? Levanto essa questão, na qual certamente não sou pioneiro, porque na época da faculdade tinha uma perspectiva muito boa de trabalho no Rio de Janeiro. Mas depois de formado vi que o mercado foi perdendo grandes agências.

Só para citar rapidamente tínhamos a VS, a Carioca e a Ronson, entre outras. Muito se deve ao fato do mercado estar em crise, mas convenhamos que a qualidade baixou muito. Está difícil encontrar na cidade uma agência que tenha um trabalho de destaque. Existem, claro, mas são poucas. Será que isso se deve ao fato das agências pagarem mal aos seus funcionários, à exorbitante carga horária de trabalho, à falta de comprometimento com a qualidade do trabalho (não estou generalizando)?

Não sei se essas são as questões que nos levaram a esse estágio, mas a única certeza é que todos têm culpa, do dono de agência ao diretor de arte. O que gostaria de fomentar com esse texto é uma mudança de mentalidade, de atitude de todos
para que a profissão continue com prestígio que merece.

E para vocês, qual a perspectiva do mercado?

Bom, o Bruno tocou em muitos pontos – parece que se puxar um fio, vem um bolo de questões emaranhadas. Alguém se habilita? [Webinsider]

.

Vicente Tardin (vtardin@webinsider.com.br) é jornalista e criador do Webinsider. É editor experiente, consultor de conteúdo e especialista em gestão de conteúdo para portais e projetos online.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

10 respostas

  1. Calma. Não precisa se desesperar meu amigo. Notei uma certa preocupação nas suas colocações … e também uma tentativa de desabafo.

    Não sou publicitário, não posso falar como insider (talvez isso seja bom … ou não), mas o que vejo é, novamente, a repetição da história.

    Imagine como era o mercado publicitário antes da invensão das gráficas e do papel impresso. Quando essas tecnologias chegaram, tudo mudou, e mudou para melhor, creio. Os profissionais tiveram que se adptar à nova tendência, mas muitos provavelmente relutaram em acreditar. Muitos tiveram dúvidas … medos … mas a publicidade apenas GANHOU MAIS FORÇA com o advento das gráficas. Os publicitários ganharam ainda mais poder com essa nova tecnologia.

    Depois veio o rádio … a história se repete, mais poder para os publicitários … e por que não para os usuários … mas a publicidade impressa morreu !?? De forma alguma. Existe até hoje, assim como o rádio.

    Com o advento da televisão uma nova tendência se inciou … mais poder ainda aos publicitários que souberam arriscar e explorar a tendência.

    Agora chega mais uma ferramente tecnológica espetacular para revolucionar a QUALIDADE DA PUBLICIDADE e muitos ficam aflitos … aproveitem !

    O futuro sem dúvida é a internet … mas as outras formas não morrerão ! Baseado na repetição da história, diria ainda que a internet ainda vai dar MAIS PODER aos PUBLICITÁRIOS e também aos USUÁRIOS ! Mas é preciso arregaçar as mangas e inovar, arriscar, assumir responsabilidade, botar para fora o que você tem de melhor … um emprego seguro é coisa do passado !

    Foi preciso uma empresa de tecnologia, formada por um bando de universitários cheios de espinhas para dar o ponta pé inicial, para fazer os publicitários e marketeiros se tocarem acerca do poder que a publicidade pode ter na internet. Está na hora de as agências de publicidade INOVAREM DE VERDADE, e em vários níveis, não apenas dentro da caixinha preta que estão acostumados. Está na hora de plantar. O futuro da publicidade, e também do capitalismo, acredito, é esse … arriscar !

  2. A resposta é bem simples: ADAPTAÇÃO.

    As agências tem que deixar de ter muletas e assumirem os seus papéis CRIATIVOS.

    Muletas como MÍDIAS EXCLUSIVAS.
    Muletas como PROFISSIONAIS Y ou X
    Muletas como Eu crio tendências
    Muletas como Gerenciamento de cotas

    Isso está fadado a EXTINÇÃO.

    O maior exemplo é a agência AMERICANA(sim…sem bairrismo ou frescura) CRISPIN PORTER + BOGUSKY.
    http://www.cpbgroup.com

    Os caras eram um pequeno escritório que produzia campanhas impressas e out-doors.

    Hoje são considerados a MAIOR E MAIS CRIATIVA agência do mundo.

    Clientes: Volkswagen. Coca-Cola Zero. Microsoft. Domino Pizza. Sprite.

    Porque? Porque eles sempre encontram soluções CRIATIVAS para os clientes.

    Não tem esse papinho de cota de mídia, meu funcionário ganho prêmio…é TRABALHO.

  3. Mais uma contribuição:
    Caminhamos para uma revolução na comunicação e isto representa que os publicitários irão focar na criação de resultados através da participação do usuário.

    A comunicação acontece a partir de determinada ação e opção do receptor. Quem está no controle, não é mais as empresas de massa ou os publicitários, mas o cliente, através das diversas novas técnicas como twitter, celulares e outras que ainda podem surgir.

    Isto é bom pois voltaremos potencializando o melhor tipo de propaganda existente, que é o boca-a-boca.

    Nenhuma sacadinha ou layout chega perto do efeito de uma indicação por alguma pessoa de sua rede.

    Os publicitários do futuro utilizarão estes diversos meios para conectar seus clientes satisfeitos, com aqueles que procurem melhores serviços e produtos.

    Potencializar o que sua empresa tem de melhor e permitir que o próprio cliente divulgue isto. Este é o futuro da propaganda.

    Abraços.

  4. A propaganda que conhecemos é apenas algo criado pela era da industrialização, para baratear o custo através de uma comunicação de linha única para a massa.

    Neste ponto entra a figura do publicitário, aquele que era a voz da empresa para a massa. E isto acompanhava todo aquela importância(glamour) da profissão que vislumbramos na faculdade.

    A verdade é que esta comunicação de massa, perde sua base e torna-se apenas auxiliar, no momento que qualquer garoto de 10 anos de idade pode criar um vídeo, colocar no youtube e representar a empresa Talvez gerando maior resultado que milhões investidos em campanhas, com publicitários renomados.

    O mundo mudou, agora a idéia é pensar novos processos do negócio da propaganda.

    Abraços.

  5. Bem, eu acho que o grande problema é a quantidade de profissionais no mercado, a concorrencia está gigantesca, por isso fica mais difícil de achar emprego.

    Tem um ótimo vídeo na internet de um cara chamado Waldez Luiz Ludwig que acho que responde perfeitamente a sua pergunta.

    Segue link:
    http://www.youtube.com/watch?v=l8u27KE2gvs

    Se tiver paciência veja toda a série 😉

    Abraços

  6. Oi João,

    isso mesmo, não é uma questão exclusiva do mercado publicitário. Aquilo que falavam há 10, 15 anos – que a internet ia mudar o mundo – era verdade.

    A facilidade em encontrar informação e a ampliação das formas de comunicação mudou mesmo muita coisa.

    Antes, para falar com alguém você usava o telefone fixo, mandava uma carta, mandava um recado ou fazia uma visita; hoje tem o sms, o e-mail, o Twitter, o Orkut..).

    Até os ladrões furtam por e-mail.

  7. Numa aula de filosofia do curso de publicidade e propaganda em 1998, após caloroso e produtivo debate, o professor Airton disse:
    – O capitalismo é uma cobra comendo o próprio rabo!
    Acho que da cobra só falta engolir o olho. Teremos de criar um novo capitalismo, já que outra coisa não serve.
    Seria o que todos chamam de sustentabilidade?
    Que não tem nada a ver com a deturpação desse conceito que as empresas utilizam em suas campanhas, hoje toda empresa se diz sustentável e pensa que isso só quer dizer que ela apoia a causa verde.

    Ser sustentável é considerar o tripé:
    – Profit (as empresas só se preocupam com resultado)
    – People (as pessoas ganham menos e precisam produzir mais)
    – Planet (não é só pensar no lixo reciclável)

    Acho que o problema não está somente no mercado publicitário, mas sim no mercado e, quanto mais global o problema se espalha com maior ou menor intensidade. Se partir dessa premissa, podemos considerar que a globalização veio para isso, fragmentar as crises dando um fardinho para cada um.

  8. Bruno, o que eu vejo na publicidade hoje em dia é a constante busca das agências por economia, de recursos tecnológicos a bons profissionais, tornando o mercado complicado. Apenas poucas agências maiores ainda mantém alguns profissionais de destaque com salários, equipamentos e instalações compatíveis.

    Eu, como fotógrafo freelancer (e muitas vezes publicitário, designer e diretor de arte por acaso), me deparo muito com orçamentos limitadíssimos, e já fui obrigado a rejeitar trabalhos que me pagariam metade do valor que cobraria. Esses trabalhos acabaram sendo feitos por iniciantes ou profiCionais responsáveis por um serviço porco, sem atenção aos detalhes (muitas vezes sem atenção a nada) e baixíssima qualidade.

    Por outro lado, fica muito fácil se destacar no mercado. É tanta gente sem noção, que qualquer trabalho um pouco acima da massa acaba tendo destaque, e fazendo com que você seja requisitado com maior frequência.

    Acredito que o futuro da publicidade não está mais nas mídias convencionais. Rádio, TV e jornal já estão com os dias contados.

    A tendência é que as mídias alternativas ocupem cada vez mais espaço (internet ainda é considerada alternativa), e se procurem cada vez mais formatos e linguagens diferentes de se abordar o consumidor.

    Tenho visto alguns conceitos interessantes ultimamente, e que estão relativamente funcionando: rede de TV corporativa dentro de supermercados, meios de transporte e afins (com inserções publicitárias, claro), anúncios em ambientes específicos (cosméticos e suplementos dentro de academias, por exemplo) e até mesmo em guardanapos de restaurante. Até agência especializada nesse tipo de mídia já existe.

    Por outro lado, temos que ser cautelosos em relação a novos formatos e analisar todos os possíveis cenários antes de investir. Muitas agências e empresas investiram pesado no Second Life, inclusive abrindo departamentos especializados nessa mídia, e deram com os burros nágua (para quem acompanhava a comunidade do Orkut, em 2007, no auge do SL, eu escrevi um tópico falando sobre o porque não daria certo. Ponto para mim!).

    É muito arriscado prever onde o mercado vai parar. Acredito que o segredo seja não cair de cabeça em qualquer nova tendência, mas também não amarrar os pés nas correntes do agora, pois a maré muda).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *