O que há na versão beta do novo Windows Vista

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Desde meados de 2002, a Microsoft desenvolvia um produto, sob o codinome de Longhorn, que viria a se transformar na próxima versão do Windows. Agora, a turma de Bill Gates resolveu oficialmente batizar a cria. Windows Vista é o nome do sucessor do XP, previsto para ser lançado apenas no final de 2006.

Ironicamente, Vista é o nome de uma desenvolvedora de softwares quase vizinha à Microsoft, o que pode render um processo judicial antes mesmo do lançamento comercial. A primeira versão de testes está pronta e começa a ser despachada para um grupo selecionado de 100 mil pessoas, a fim de encontrar novos defeitos e sugestões.

Testamos a última versão pré–beta oficial, para desenvolvedores, a qual é a base da beta1. Há novidades na interface e no jeito com que o usuário gerencia e lida com arquivos pessoais, mas nada que salte aos olhos. Por ainda ser uma versão de testes, a performance não é boa e o WinVi chega a ser mais lento do que o XP.

Pelo Windows Explorer, onde os usuários costumam perder uma boa parte do tempo movendo e copiando arquivos, agora é possível fazer uma série de pequenas “operações” que antes não dava ou, em alguns casos, eram lentas demais. Nos arquivos de áudio e vídeo, você consegue ver todas as informações da música/filme e até uma visualização rápida, no próprio Explorer, de forma mais integrada.

Para quem gosta de visual bonito, o Vista é um deleite. Janelas, menus e área de trabalho ganharam singelos retoques que, no geral, fazem diferença. O menu Iniciar continua igual ao do XP, ao menos durante a versão beta. A Microsoft promete um novo estilo visual, completamente tridimensional, quando a versão final estiver quase pronta. No final deste ano talvez já seja possível conferir, na versão beta 2.

A instalação do Vista é diferente. Agora, o usuário só precisa colocar o número do registro (código) do Windows e, se quiser, mudar configurações regionais. Todo o processo é automatizado, sem intervenção humana. Com uma hora de espera, o Vista está pronto para ser visto. Somente para instalar, o computador precisa ter 6 Gb livres em disco, 512 Mb de RAM e processador de 1.5 GHz. Após instalar programas, acessar internet e jogar, você rapidamente percebe que 512 Mb de RAM é pouco. Não à toa, durante essa fase de testes da Microsoft, é o requisito mínimo de sistema.

Para poder usar a interface em 3–D prometida pela empresa, além de RAM, o usuário também vai precisar de uma placa de vídeo com boa aceleração gráfica. Há recursos avançados de busca. Até a versão beta 2, a promessa é de poder indexar todos os arquivos do disco rígido e pesquisar em segundos, como ocorre hoje com o Google Desktop Search. Com auxílio das chamadas “pastas virtuais” (virtual folders), o usuário não precisa nem lembrar onde salvou os arquivos pessoais, porque basta digitar qualquer palavra para o Windows encontrar.

No Internet Explorer, há função de “parental control” ou controle dos pais, de modo a proibir o acesso a vários sites. É quase como um software adicional ao IE. Na versão testada, o Internet Explorer ainda não possui o recurso de navegação–múltipla, por meio de abas, como ocorre no Firefox e é prometido para integrar a versão 7.0 do navegador da Microsoft.

Novidades ainda não empolgam

A promessa era o paraíso: uma revolução no jeito que as pessoas usam o computador, um super sistema integrado, uma fortaleza de segurança máxima e uma performance de disco nunca antes “vista”. Com o Windows Vista, a história é outra. A empresa deixou de lado boa parte dos recursos mais avançados e apresenta apenas um XP mais bonito e com firulas extras.

No entanto, para o gerente de Marketing e Produtos do Windows no Brasil, Rodrigo Paiva, o novo Windows “terá muitos benefícios para todos, independente de sua familiaridade com a tecnologia”. Analistas da indústria nos EUA, por outro lado, são unânimes: o discurso da Microsoft é o mesmo em cada nova versão do Windows.

Nos sites da Microsoft, já é possível participar de fóruns e discussões sobre o WinVi, inclusive, para tirar dúvidas técnicas e pegar dicas de uso. De acordo com Paiva, no Brasil ainda não há previsão de um fórum semelhante para os usuários brasileiros, mas a Microsoft no País estuda a possibilidade de abrir um espaço do tipo.

“O mercado brasileiro é muito importante para a Microsoft e temos buscado ampliar nosso leque de produtos para ajudar os usuários daqui a ter a experiência mais completa com a tecnologia”, diz Paiva.

Nome pode render processo antes do lançamento

Os executivos da Microsoft prepararam até um vídeo promocional para anunciar o nome do novo Windows. Esqueceram de um pequeno detalhe: Vista é o nome de uma empresa quase vizinha da Microsoft, em Redmond. E o pior, existe desde 1999 e também trabalha com desenvolvimento de softwares para computador.

O fundador da Vista, John Wall, disse em entrevista ao jornal Seattle Times que “irá tentar conversar com a Microsoft para ver as opções, mas não desconsidera levar o caso aos tribunais”. Em nota oficial distribuída à imprensa, a Microsoft explica que o nome foi escolhido entre uma série de opções sugerida pelos programadores.

“Vista é sobre a visão de mundo, na qual você é o centro e o foco sobre o que é importante para você”, explica Neil Charney, diretor do departamento do Windows. “Achamos que esta nova versão [do Windows] merecia um nome mais representativo sobre o que leva aos consumidores”, completa. [Webinsider] (com Folha de Pernambuco)

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Paulo Rebêlo é jornalista, escritor e consultor em política, tecnologia e estratégias corporativas. Diretor da Paradox Zero e da Editora Paradoxum.

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