Office 2006 vai mudar muito. Veja onde.

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A aposta é alta e arriscada. Após mais de uma década seguindo o mesmo padrão de funcionalidade no Office, a Microsoft agora quer revolucionar a forma como o usuário trabalha com o pacote de escritório.

Quase tudo é diferente, desde a interface (visual) até os atalhos de teclado, passando pela usabilidade e recursos populares, como o copiar–e–colar. Na primeira versão beta, nem todos os aplicativos passaram pela plástica. Os mais alterados, inicialmente, são Word, Outlook, Excel e Powerpoint.

Como todo produto inacabado, a instalação foi problemática. O beta1 ainda não dispõe de todos os arquivos de ajuda disponíveis e não pode ser instalado completo. Após meia dúzia de tentativas, marcando e desmarcando programas e utilitários, inutilizando a instalação anterior do Office 2003, finalmente eis que o Office 2006 mostra a que veio. Os tradicionais menus de “Arquivo”, “Editar”, “Inserir”, “Formatar” e o resto, sumiram. E não é bug.

A partir desta versão, os recursos do Office não ficam mais à mostra pelos menus, mas por meio de uma barra (toolbar) superior, semelhante à utilizada em navegadores como Firefox, com as opções mais populares à distância de um clique. A Microsoft acredita que, assim, o usuário deixará de se perder diante de mil recursos disponíveis, muitos dos quais ninguém sabe que existe.

A barra superior não é fixa. É dividida por seções, com divisórias, como se fosse uma representação dos antigos menus. Ao clicar em cada divisória, novas funções daquele programa específico (ex.: Word ou Excel) surgem na barra superior, substituindo as anteriores. Em um discurso recente de apresentação do Office12, o fundador da Microsoft, Bill Gates, garantiu que “a barra conterá todas as funções que o usuário precisa”.

Pequenas mudanças, grandes diferenças

Ao analisar as quatro últimas edições do Office “97, 2000, XP e 2003” o Outlook sempre foi o aplicativo a receber as principais modificações visuais e de recursos, enquanto os demais pouco mudaram além do visual. Com o Office 12, a história é diferente. O cliente de e–mail não possui, ainda, a barra superior. Conserva os menus, a interface e não acrescenta uma novidade bombástica, mas apresenta singelas mudanças que vêm para o bem.

A primeira é a integração maior na chamada “Outlook Today”, aquela primeira página que mostra os compromissos do dia, tarefas agendadas e e–mails não lidos. Ainda mais parecido com uma agenda de verdade, agora o usuário pode ver o calendário já na página, sem precisar clicar em nada. Outra boa sacada é a inclusão de assinaturas RSS, um formato aberto para leitura de notícias na internet.

A adição de RSS no Outlook segue o modelo já adotado, há bem mais tempo, pelos programas de e–mail concorrentes, como o Thunderbird, do grupo Mozilla, o mesmo por trás do Firefox. Mesmo sem adotar a nova barra superior, o impacto é grande ao tentar digitar uma nova mensagem. A janela está diferente e, desta vez, segue o conceito de apresentar ao usuário apenas os recursos populares e mais utilizados.

strong>”Live” é versão online do Win e Office

Na época do Office 2003, a maior investida da Microsoft foi na integração colaborativa entre os aplicativos, para uso em intranets e redes corporativas, tendo a internet como aliada. Não à toa, especialistas não recomendaram a atualização do Office XP para 2003, no caso da maioria dos usuários domésticos. Com o Office 2006, a aposta é ter a internet como centralizadora, não como coadjuvante.

A resposta para essa abordagem atende pelo nome de Live, um novo “conceito” introduzido pela Microsoft. O Live consiste em tirar o Office e vários outros programas do computador do usuário e levar à web, de modo a poder utilizar os aplicativos online, sem necessidade de um disco rígido. O MSN Messenger, por exemplo, vai se chamar Messenger Live.

Em uma apresentação para a imprensa estrangeira e analistas, Bill Gates e Ray Ozzie (o executivo–chefe da área técnica) demonstraram pela primeira vez os serviços, junto com o Xbox Live, o console de videogame. Não obstante todo o oba–oba, a Microsoft ainda não revela detalhes importantes como, por exemplo, valores de assinatura para usufruir de um Outlook online, integrado ao Hotmail de 2 Gb, já apresentado no primeiro semestre. E como será a integração do Windows ao ambiente online. Sabe–se apenas que tudo estará disponível no Windows Vista, em 2006. [Webinsider] Com Folha de Pernambuco.

Paulo Rebêlo é jornalista, escritor e consultor em política, tecnologia e estratégias corporativas. Diretor da Paradox Zero e da Editora Paradoxum.

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