Os cenários das vendas nas mídias sociais e o efeito Tostines

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Mídia social vende mais porque é fresquinha ou é fresquinha porque vende mais? Essa pergunta é velha, não é? Quem é das antigas lembra-se dessa campanha dos biscoitos. Brincadeiras à parte, mídia social e biscoito realmente não se misturam, mas a reflexão é interessante.

Na capa da revista ou na conversa do bar, sempre esbarramos com uma “curtida”, evidenciando que estamos nos tornando mais digitais a cada dia que passa. Legal, se entendermos que isso é uma evolução natural das coisas. Porém, na realidade, independentemente de vender mais ou ser mais fresquinha, quando o biscoito tem como recheio mídia social, observamos que a maioria das marcas e dos profissionais que as gerenciam ainda não entenderam o potencial da web para atingir resultados em seus trabalhos – nem fazem muito esforço para mudar esse cenário – salvo raras exceções.

O reflexo desse cenário aparece nos investimentos em digital no Brasil. Segundo o Interactive Adversing Bureau Brasil (IAB), já somos 82 milhões de brasileiros na web, o que significa quase 42% da população. Porém, as marcas não investem mais do que 5% em Internet, quiçá em mídias sociais (mas, contraditoriamente, fazem muito estardalhaço quando o fazem).

Falando do momento atual, temos visto que, por se tratar de um segmento novo dentro da área de comunicação e marketing no Brasil, o oferecimento de soluções voltadas para mídias sociais ainda é pouco explorado (imaturo) e isso gera a percepção de que o preço a ser praticado não está ajustado à sua real importância ou entrega de resultados. Nesse cenário, a formulação do preço ideal é influenciada pelo pouco entendimento por parte das empresas do que vem a ser e como podem ser usadas essas soluções. Não existe um padrão nesse cenário, mas é possível identificar os seguintes perfis.

Preço médio abaixo do valor de mercado

Desde 2008, quando o mercado brasileiro ainda não estava tão aquecido em relação às mídias sociais, muitas empresas praticaram preços baixos ou até mesmo ofereceram test-drives para clientes que queriam começar a investir em novos meios de interação com seus clientes na Web. Esse cenário mudou para as agências pioneiras no oferecimento do serviço. Porém, a percepção de investimento versus retorno ainda é um problema, haja vista que houve o surgimento de novos players com pouca experiência no mercado, oferecendo o serviço (de publicidade digital) de maneira ainda amadora, puxando ainda mais o valor para baixo.

Preço médio nivelado com o valor de mercado

Com o passar do tempo, as marcas investidoras, entenderam a relevância do serviço e hoje estão mais abertas e seguras para aprovarem orçamentos que espelham a real necessidade de lucro e custos das agências digitais. O desafio dessas agências é junto aos clientes atuais: demonstrar o grau de investimento realizado e seus benefícios para a marca, oferecendo soluções diferenciadas para gerar mais lucro nesses mesmos clientes.

Esse caminho aponta para a conquista de aprovações de upgrades nas verbas dos clientes para aplicação direta no digital, gerando mais projetos de visibilidade e aumento de faturamento – e não apenas curtidas e seguidores.

Essa situação tende a mudar por diversos fatores, seja pela melhoria em longo prazo da infraestrutura da banda larga no Brasil; seja pela chegada de novos profissionais às empresas com uma postura e conhecimento mais maduros sobre o digital; seja pela mudança do modelo atual das agências de publicidade, baseado na venda de mídia e não em interatividade – mais uma vez, salvo raras exceções.

Esse modelo, diga-se de passagem, precisa mudar, pois o índice de penetração da população brasileira na web só aumenta, indicando que lá na frente teremos mais gente com tablets e smartphones navegando e interagindo, forçando as marcas a deslocar verba do impresso para o digital. Marcas, gestores e agências preparados para esse futuro vão com certeza vender mais. [Webinsider]

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Hélio Basso (heliobasso@ideiasa.com) é diretor de atendimento da Ideia s/a Agência de Mídias Sociais e mantém o Twitter @midias_sociais

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