Os primeiros passos do Sebrae no Second Life

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?Siga o coelho branco…?

Aprender brincando pode parecer coisa de criança, mas vale para os adultos, principalmente se a brincadeira simula o mundo real. Alice? Neo? Isso não importa no mundo paralelo do Second Life. Lá é permitido ser e fazer muito do que não se faz, do que não se tem coragem ou do que não se consegue fazer na vida real, ou ?first life?. No entanto, é possível fazer também quase tudo que se faz na vida real como, por exemplo, negócios, passeios, namoros, cursos, festas e amigos.

O que pode parecer um jogo é bem mais que isso, pois se joga o que se inventa, participa-se do que é agradável, há certa irresponsabilidade, até certa gaiatice que no mundo real seria complicada, mas que nessa segunda vida se torna divertido, dadas as circunstâncias de semelhança com o mundo real e, ao mesmo tempo, com o mundo da fantasia.

O ambiente proporciona facilidade de comunicação e compartilhamento, elemento fundamental em um processo ensino-aprendizagem. Permite realizar simulações, em que o acerto ou o erro podem ajudar no desenvolvimento de novas competências para a vida real. Aproveitar essas possibilidades tem pertinência com a concepção educacional integrada Sebrae, conforme consta nos Referenciais Educacionais:

?… pois o desejo é ir além, isto é, que o ser humano ultrapasse a capacidade de conhecer, transcenda os limites da própria experiência individual e sinta-se parte integrante de um grupo, de uma coletividade, do seu país e do planeta.? (SEBRAE, 2006)

E porque não dos mundos virtuais?

Em 2001 o Sebrae lançou o primeiro curso a distância pela internet – o Iniciando um pequeno grande negócio ? IPGN, do qual já participaram mais de 250 mil pessoas. Em 2007 o desafio é conhecer o Second Life e preparar-se para a prática da educação empreendedora no novo ambiente.

O primeiro passo é um ponto de atendimento, com a presença de um avatar que atende das 8 às 20h e explica o que é o Sebrae, mostrando principalmente os serviços disponíveis pela internet, como os cursos a distância, o Desafio Sebrae e o portal. Além disso, camisetas podem ser adquiridas gratuitamente no totem que fica em frente à porta principal do prédio. No térreo há uma caixa postal onde os visitantes podem deixar uma solicitação para o atendente durante a noite e no segundo andar uma sala de vídeo, com acesso por escada rolante.

Em quatro meses de atendimento no Second Life, o avatar Empreendedor Mighty, colaborador do Sebrae, conversou com mais de mil e cem avatares. Em novembro foi criado o Grupo Sebrae, que já integra noventa participantes e foram realizadas duas palestras sobre educação a distância no Second Papo, somando mais de cinqüenta presenças. Dentre visitantes e participantes há curiosos, estudantes, empresários e interessados em abrir negócios no Second Life, originários de várias partes do país e até do exterior, alguns não se incomodando em revelar a verdadeira identidade. Para muitos foi a primeira oportunidade de contato com o Sebrae.

A primeira fase do Sebrae no Second Life é de experimentação e aprendizado, construindo conhecimento para embasar o planejamento de uma operação mais robusta. Está em fase de projeto a construção da Ilha do Empreendedor e em discussão ações educacionais, que devem envolver palestras, mini-cursos e vídeos. Além de opções para capacitação, a Ilha deverá ser um local atraente, oferecendo espaços para encontros, simulações e jogos, sempre com foco no empreendedorismo.

Por considerar o ser humano em todas as suas dimensões, vivendo numa era de incertezas e inserido na sociedade global, enfrentando a evolução tecnológica e um mar de informações, o Sebrae assume que a educação é um processo dinâmico e permanente, e que a capacitação continuada deve ter ênfase na aplicabilidade. Em direção à aplicabilidade, a educação Sebrae ancora a aprendizagem no desenvolvimento de competências, conceituando competência como:

?… a faculdade de mobilizar conhecimentos/ saberes, atitudes e habilidades/procedimentos para um desempenho satisfatório em diferentes situações de vida: pessoais, profissionais ou sociais.? (SEBRAE, 2006)

No metaverso do Second Life há oportunidade para aprender experimentando, para trocar informações e construir conhecimentos que possam ser aproveitados no mundo real, para desenvolver competências no campo do empreendedorismo, da criação e da gestão de empreendimentos, de forma a tornar as atividades reais mais eficazes.

Esse é o rumo da iniciativa do Sebrae, observando a desordem digital e pretendendo inverter a ordem, admitindo a possibilidade de transferir o aprendizado do mundo virtual para o mundo real por meio da inteligência coletiva, do compartilhamento e da colaboração. [Webinsider]

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<strong>Marcia Matos</strong> (marcia@sebrae.com.br) é jornalista e coordena os projetos <strong><a href="http://www.sebrae.com.br" rel="externo">Portal Sebrae</a></strong>, Educação a Distância e Sebrae no Second Life.

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9 respostas

  1. Sabe Oscar, o que amis me entriste-se e ver em comentários como varios aqui em cima, que estão fatos disso, daquilo, daquilo outro sobre o SL mas não são usuários verdadeiros, o que vejo é apenas dificuldade no 1º contato (que nao é facil realmente) ou tem as mentes com o pensamento limitado. Tenho minha empresa instalada no SL, estamos adquirindo uma ilha para divulgação de patrimonios culturais e etc. E estamos tendo um retorno muito legal, tenho contato tambem com pessoas doentes que estão la e melhorando a cada dia com essa terapia indo mais longe, será que se fosse tão chato e futil como alguns transparecem sobre o assunto, se associariam mais de 30 grandes empresas como IBM, GOOGLE, SONY a Linden para um mega projeto de integração de games e web 2 e 3D como informou a revista INFO deste mês. Infelizmente é a Ignorância do ser humano que dificulta o progresso.

  2. Vejo gente falando pró e contra o Second Life, o que é normal, dado que existem percepçoes diferentes a cada indivíduo sobre um mesmo tema. Mas o ponto maior de crítica sempre é a grande expectativa, que muitos dizem frustada. Bom, eu gosto do sistema, usufruo dele regularmente (uma vez por semana), e estou tirando muito proveito disso. Estou usando para aprimorar meu inglês, e tem sido ótimo! Como não tive condições de morar no exterior para imergir com outra cultura uso hoje o SL para travar conversar em língua inglesa, onde tenho q aprender gírias, ser rápido no raciocínio e com isso vou afiando meus conhecimentos. Ahh, fora que é uma imersão na cultura de outros povos.

    Reclamar que o SL roda lento ou nescessita de máquinas e conexão mais avançadas é o mesmo que faziam os céticos qdo a internet começou. Lembro da dificuldade de uma conexão discada de 14400bps, e do sonho de se ter uma placa de 56K, caríssima…rsrsrsrs

    O SL é só mais uma ferramente, de tantas que vão surgir, e é algo que ainda engatinha, tendo em vista que em alguns anos teremos conexões de 80M (como hj o Japão já tem para uso doméstico) e micros muito mais possantes.

    Mas de tudo que vivi e conheci no SL, o que mais me enconatou foi conhecer uma japonesa, doente terminal de câncer, cujo único meio de contato com pessoas era através do SL. Da sua cama, num hospital em Osaka, ela conversava com todos e ainda era uma tremenda criadora de objetos e programações. Fiquei imaginando quantas pessoas com deficiências podem se sentir melhor ao mergulhar numa realidade virtual onde possam estravasar suas vontades, fora fóbicos que podem treinar terapias inovadoras. Isso tudo ainda está sendo construido, mas é sempre bem vindo. Mais pesquisa, mais exploração e menos expectativas por favor.

  3. Essa ondinha de Second Life já está dando no saco!
    Invés das empresas investirem tempo e dinheiro no bem estar de seus funcionários, investir em aperfeiçoamento do modelo de trabalho, processo ou qualquer outra coisa que facilite e melhore o trabalhos dos EMPREGADOS REAIS, elas ficam nessa bobeira de second-life.

    Na boa.. já virou palhaçada issso, quando é que as pessoas vão acordar e ver que não passa de uma perda de tempo?

  4. Márcia,

    Achei interessante o trabalho do Sebrae, mas somente isso. Acredito plenamente que vocês poderiam obter benefícios melhores investindo o seu tempo e $ em outras iniciativas. Tudo que vi até hj no SL não consegue passar pelo crivo: custo/benefício. É sempre algo inovador, diferente, nunca visto, legal e etc.. quando as pessoas falam, parece que vai ser algo que vai estrapolar as fronteiras da internet, revolucionar os seu negócio, sua forma de fazer as coisas.. etc. sempre a mesma conversa e a mesma ilusão.
    Muitas agências venderam ações no SL para os clientes e agoram tentam se justificar com este papo de branding, mídia espontânea e etc. Se tivessem gasto minha grana nisso, estavam todas no olho da rua.

    O fato é:

    – É um jogo chato pra caramba
    – Num roda legal em banda menor de 512 kbps
    – Num roda legal numa placa de vídeo comum
    – Num roda legal num micro meia boca
    – Tem um monte de curioso que só quer saber de pornografia (normal, né?)
    – Precisa instalar um software pra acessar
    – Dá pau
    – Lento
    – O visual é tosco
    – Pouco engagement dos usuários

    Quer ver uma iniciativa muito legal de mundo virtual? http://www.clubpenguin.com/

    Não instala nada, é divertido, tem uma audiência fenomenal e um público alvo bem definido e cativo.
    Vamos aprender com quem está fazendo direito.

    Esqueçam o SL.

    é isso

    abs

    Marcelo

  5. Gostei muito do artigo e acho que o futuro da internet será em 3D. Se com o Second Life ou outro ambiente só o tempo e a competência da Linden Labs vão dizer. Já fiz cursos do Sebrae, como o IPGN, e me foram muito úteis. A iniciativa do Sebrae merece aplausos. No mínimo o Sebrae e seus alunos vão ganhar experiência. Parabéns Marcia.

  6. Penso que o Second Life passa por um momento de definições da sua vocação. E fica claro que uma das vocações do SL é a educação. A universidade de Harvard anunciou que vai ministrar um curso de direito no site Second Live. A escolha do Second Live permitirá ao corpo discente avaliar como alunos de direito podem ser mais ou menos persuasivos advogando num ambiente totalmente virtual. Professores de Harvard criaram personagens para ministrar as aulas e conduzir o processo online.

    Acredito que o Sebrae percebeu essa vocação e saiu na frente oferecendo mais esse ambiente para o desenvolvimento do micro e pequeno empresário brasileiro. Parabéns pela inovação!

  7. Olá Pessoal,

    Os dois orçamentos que fiz para algo no SL, davam para fazer uma ação com muito mais impacto, tráfego e eu estaria falando com um público super segmentado e não com avatars (que não necessariamente são o target da campanha).

    Imaginem que eu seja um empreendedor na primeira vida e um mendigo no second life. Com quem seria melhor falar? Com um empreendedor ou com um mendigo? Fora aqueles que entram no second life uma vez e não voltam.

    O Second Life precisa fazer uma SWOT dele mesmo, descobrir suas forças, suas fraquezas e reconhecer que ainda existem poucas oportunidades e muitas ameaças como veículo num plano de mídia on-line 😉

    Eu acho que estar no sencond life hoje ajuda a ganhar alguma mídia espontânea em outros meios, mas resultados de verdade, acho que ainda vai levar tempo.

    O SEBRAE tem fôlego para se sustentar ali, mas nem todos $$$$ão como o SEBRAE.

    Quanto a abrir um negócio, no second life ou não, a dica é fazer como eu, Fábio Seixas (Camiseteria), Anderson de Andrade (A2C) e muitos outros pelo Brasil … faça o EMPRETEC.

    Eu fiz todos os cursos on-line do SEBRAE. Desde Aprendendo a Empreender até o IPGN, mas acho difícil conseguir uma dinâmica como a do EMPRETEC num ambiente como o do SL (exemplo).

    Uma coisa é certa, se você não consegue ser um empreendedor na sua primeira vida, o SEBRAE está te dando uma segunda chance, aproveite-a 😉

    Parabéns ao SEBRAE pela inciativa.

  8. Oi Alê,

    Confesso que no início achava essa onda Second Life bastante chata. Pensava, poxa, não dou conta da minha first life….No entanto, passei a prestar mais atenção ao que lia sobre o assunto e agora tenho a oportunidade de trabalhar mais próxima desse projeto no Sebrae. Daí passei a entender a oportunidade que o Second Life pode representar em termos de educação, compartilhamento de informação etc. Enfim, tudo que a Marcia explica tão claramente no texto acima. Acho que vale a pena um pouco mais de observação e boa vontade.

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