Por que padronizar interações visuais nas interfaces

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A nossa memória consiste em um processo mental usado para adquirir e armazenar informações para uso posterior. Por meio da cognição adquirimos a capacidade de aprender, perceber, lembrar, pensar e entender.

A utilização destas capacidades vem pelos nossos sentidos e é por intermédio deles que conseguimos receber as informações a serem transformadas em conhecimento e armazenadas em nossa memória de curta ou de longa duração.

Nossos olhos são responsáveis por 75% do que se grava na memória e com o auxílio da memória auditiva esse fator aumenta para 84%. A nossa memória táctil é menor e grava 1,5% quanto utilizada isoladamente.

Esses números são apenas para ilustrar a nossa capacidade de memorização frente às novas tecnologias dependentes diretamente de nossa cognição e memória para executar as tarefas.

Em uma matéria recente, pesquisadores criaram uma maneira de acessar dados no celular apenas ao toque dos dedos de uma mão na palma da outra mão, simulando o uso do aparelho.

Com o celular no bolso e com uma câmera que captura movimentos foi possível realizar esta integração, mas a partir dessa pesquisa podemos chegar às perguntas:

– Como a nossa memória conseguiria efetuar passos mais complexos sem a visualização da tela?

– Como enxergar algo imaginário na palma da mão?

Case: telefones celulares

Ao usar este telefone “imaginário”, efetuar procedimentos simples pode ser possível. O ato de desbloquear as funções do aparelho e apertar o botão de atendimento de chamada é um processo de pouco esforço e, por sua vez, memorizado facilmente devido ao grau de repetição que o usuário faz ao atender uma ligação.

As operações muito frequentes e importantes acabam por se incorporar na memória permanente do individuo, mas quando tratamos de acessos em níveis mais profundos, como ligar as funções de mp3, desligar um alarme ou então acessar a agenda rapidamente para fazer uma ligação o processo se torna mais complexo.

Estabelecer padrões de interações visuais nas tecnologias, seja celular ou smartphone, faz com que não haja sobrecarga na memória de longa duração do usuário. E cria um reconhecimento rápido da localização e do modo como as funcionalidades operam em diferentes dispositivos, até mesmo inovadores, como no caso desta nova forma de acesso ao celular.

O problema é que nem sempre há uma padronização e, apesar da maioria dos smartphones possuírem uma interface semelhante uma das outras, cada aparelho possui particularidades. Cabe aos fabricantes de sistemas operacionais pensarem na melhor forma de não sobrecarregar os usuários.

Referências

Terra. Telefone “imaginário” responde a toques na palma da mão. Acesso em: 27 Junho 2011.

Cabral, Roberto. Em Memória do ser humano. Acesso em 28 Junho 2011. [Webinsider]

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Robson Moulin (@RobsonMoulin) é Designer de Interação pós-graduado em Arquitetura de Informação. Trabalha com internet desde 2002 e mantém o Design Interativo.

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2 respostas

  1. Concordo com você Gabriel, realmente é necessário inovar e sair desta caixa preta, só devemos ter cuidado a onde isso tudo pode chegar, não deixarmos de esquecer que somos humanos, e nossos processos cognitivos não evoluem tão rapidamente como a tecnologia, por isso é muito importante sempre estudos junto aos usuários.

    Obs. Entrei no seu blog a algum tempo e o adicionei na minha sidebar do meu blog! Gostei bastante!

    Abraços

  2. Boa tarde Robson, bem bacana o artigo.

    Minha única preocupação quanto a essa padronização é que isto passe a ser usado como desculpar para que evite-se o esforço de se pensar em novas soluções.

    Devemos pensar fora da caixa, mas sabendo que ela esta ali, assim não corremos risco de ficarmos atrelados as mesmas soluções e nem re-inventarmos a roda.

    Abraço.

    Gabriel Pinheiro.

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