Uma boa decisão é aquela tomada com base no conhecimento.
Esta posição nos leva a refletir sobre a nossa disponibilidade e interesse em buscar esse conhecimento. Claramente intuição estará presente em nossas decisões, afinal ela é uma característica humana, mas a dificuldade de acompanhar e interpretar o número cada vez maior de variáveis que influenciam nosso cotidiano é muito mais complexo hoje e requer mais a nossa atenção, para um ponto essencial.
As decisões e os impactos nos negócios
Nos últimos meses a mídia tem veiculado sobre as críticas que o CEO do grupo Procter & Gamble vem recebendo dos acionistas da empresa. O problema se iniciou com o seu antecessor, que deixou a empresa em 2009, e sua decisão de investimento prioritário no mercado americano e em produtos mais caros.
É do mercado americano que vem pouco mais de um terço da receita da empresa, mas um total estimado de 60% do lucro antes de impostos. Não investir intensivamente nos países em desenvolvimento e a crise do mercado americano, que fez os consumidores passarem a escolher produtos mais baratos, fez a empresa perder mercado e apresentar lucros menores (os países em desenvolvimento representam 38% da receita da P&G enquanto em sua concorrente direta, a Unilever, representa 56%).
Analisando os problemas enfrentados pela P&G verificamos a dificuldade das decisões estratégicas e sua influência na evolução da empresa por diversos anos. A P&G é a décima sexta empresa no ranking FT Global 500 de 2012.
Definir cenários, apoiar-se em informações estruturadas, disseminar o conhecimento perpassando a organização, é um caminho complexo, mas que com trabalho e empenho é viável.
Discutir qual conhecimento é importante no gerenciamento estratégico, definir responsáveis pela busca das informações, estruturar analises e planejar a atualização constante são ações estratégicas que devemos adotar, visando ter mais segurança e elementos para contribuir no resultado de negócio.
O investimento trará resultado? Com certeza. Facilitará ações estratégicas e táticas e permitira ao gestor um maior grau de acerto em suas decisões.
Observação: os dados utilizados no artigo foram veiculados pelo jornal Valor Econômico. [Webinsider]
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Telma Cunha
Telma Cunha (@Ampla_Mercados), mestranda em Administração PUC/SP, pós-graduada em Administração de Empresas/Faap e Ciências da Computação/USP e bacharel em Estatística/Unicamp. Sócia-diretora da Ampla, consultoria focada em Serviços de Inteligência.
