Promessas de web 3.0: semântica e ubiqüidade

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Definições sobre a web 2.0 continuam em debate e agora temos discussões sobre qual seria o próximo grande avanço, o próximo “boom”. Quando poderemos ter sites com um suposto selo web 3.0?

O maior passo deverá ser com a chamada web semântica, idéia do criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee. Seria uma ambiente no qual as máquinas conseguem ler as informações agregando um significado, um entendimento. Por exemplo, na procura por um dentista que esteja a até 20 km do seu local de trabalho, os agentes de busca vão conseguir retornar com uma certa exatidão as opções, como se o sistemas verificasse os endereços em relação a distância do ponto onde você está.

Os serviços de busca são os principais interessados e, provavelmente, serão líderes da web 3.0. Já podemos encontrar projetos nesse sentido, como o BlueOrganizer da empresa AdaptiveBlue, um plugin no browser que consegue identificar o assunto do site que você visita e sugere serviços ou sites relacionados.

Outro site interessante é o Like.com, um serviço de busca que quando é selecionado um produto do seu gosto, são listados outros produtos com características semelhantes, baseado na imagem dos produtos, sem adicionar qualquer tipo de tag ou palavra-chave.

A web “em todo lugar”

Também conhecida como web pervasiva, possibilita o acesso às páginas em qualquer lugar ou a qualquer momento, em dispositivos diversos: roupas, eletrodomésticos, móveis. O conceito está relacionado com computação ubíqua, que é um modelo onde a ação computacional é invísivel e onipresente, introduzida em nosso ambiente e no cotidiano.

Mídias relacionadas

Como ocorreu nas outras ?versões? da web, houve mudanças (ou adaptações) de outras mídias para utilizar as vantagens que a web oferecia. Com esse novo movimento, outras mídias poderão convergir ou se utilizar da ?World Wide Database?, como disse Nova Spivack, CEO e fundador da Radar Networks, empresa que trabalha com web semântica. Ou seja, a web como um imenso banco de dados a ser minerado, enxergando não como um agregado de documentos, mas, sim, como um agregado de informações.

Com essa visão, ficará mais fácil aplicar publicidade direcionada por conteúdo através de mecanismos que consigam ?interpretar? qual são os gostos dos usuários. O que torna natural, também, a unificação com outros serviços digitais (como a TV digital) onde esse banco de dados online pode servir para definir preferências dos consumidores.

O futuro logo ali…

Querendo ou não, a nomenclatura web 3.0 surgirá, da mesma maneira que a anterior, classificando novos sites e serviços. E naturalmente fomentando uma nova discussão. Novas idéias surgem e novas tecnologias se tornam viáveis.

As duas frentes que apresentamos, web semântica e web em todo lugar, provavelmente serão o carro-chefe do termo web 3.0, a partir do momento em que tais tecnologias se tornem uma necessidade para o mercado.

Para o profissional de web, o importante é entender como serão criados esses novos produtos, como serão agregados novos serviços e como iremos oferecê-los. Já para o usuário, a preocupação será como uma web 3.0 poderia melhorar sua vida, seja em produtividade diária, em ambientes de relacionamentos ou entretenimento.

Não sei quando passaremos da 2.0 para 3.0. Particularmente, me preocupo em já estar “aprovado” no momento do carimbo nos sites. [Webinsider]

Humberto Zanetti (profzanetti@gmail.com) é professor pela Anhanguera Educacional S.A., freelancer e pesquisador em arquitetura da informação, user interface e design de interação e mantém site e blog pessoais.

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8 respostas

  1. …e isso tudo me fez lembrar de um conto do Isaac Asimov chamado A Última Pergunta. Aquilo sim é algo que poderia ser uma evolução da web.

  2. São ótimas as novidades, mas acho que o termo web já está tão esgotado que não tem mais o que dizer a respeito. Web é web e pronto. A melhor definição de Web 2.0 que eu ouvi até hoje foi a do Luli Radfahrer (Ouvir PodCrer n.o5). Pode aparecer hardware, software, o que for. A Internet sempre vai ser internet. Avanço mesmo seria poder plugar um cabo de rede na veia e aprender tudo como em matrix. Viagens a parte, nada muda muito, mas os jornalistas tem que manter a rotatividade e (re)inventar moda sempre.

  3. Só nome. As coisas são as mesmas.

    Semantica? Não era esse o propósito da web 2.0?

    em qualquer lugar.. parece que já ouvi isso.. lembra do JAVA?

    web 3.0 = web + numero grande de usuários * desenvolvedores afobados

    =D

  4. Acho que existe uma precipitação em falar
    em Web 3.0, primeiro trabalhemos na Web 2.0
    e deixemos claro seus conceitos, pois não
    estão ainda tão bem definidos, esse negócio
    de Web 3.0 é muita vontade de ver o
    bonde andar, vivam este momento e aproveitem
    a Web 2.0 pois ela nos possibilita muito mais
    do nós imaginamos, deixem fluir que
    a Web 3.0 vai surgir como conseqüencia
    de inovações e necessidades que ainda vão
    surgir. É louvavel discutir a Web 3.0
    mas, saibam que a própria está muito
    longe da gente.

  5. Eu adicionaria à lista de sites despontando como web 3.0 o
    Yahoo Pipes:

    http://pipes.yahoo.com/pipes/

    Ele permite que o usuário comum lide e molde a informação, podendo receber diversas fontes para isso, como webservices, feeds ou XHTML, podendo cruzar com serviços de geomapping… esse é o conceito de web semântica, que vai surgir agora pelo nome comum de web 3.0, assim como o conceito de aplicação web e webservice veio pelo nome de web 2.0.

  6. Há algum tempo nomeie um componente para o prêmio de inovação em programação em PHP, que processa páginas em HTML com informação semântica embutida através de microformatos:

    http://www.phpclasses.org/microformatsparser

    Como comentário de nomeação escrevi o seguinte, já traduzido para Português:

    As promessas da Web semântica, aquela onde se usam marcas XML embutidas em documentos HTML normais, ainda não foram cumpridas.

    Aparentemente isso ocorre devido à falta de motivação por parte dos desenvolvedores de sites Web em adicionar informação semântica às suas páginas, dado que isso não lhes traz benefícios diretos.

    Os microformatos parecem ser mais uma tentativa para adicionar informação semântica às páginas dos sites na Web.

    Resumindo, se não há benefícios diretos para quem desenvolve sites, não há motivação para a Web semântica.

    Quanto à publicidade orientada para os interesses dos usuários, isso já existe desde pelo menos há 4 anos e chama-se AdSense.

    Isso sim motiva os desenvolvedores de sites a ajustarem o HTML dos seus sites.

    Inclusivamente, o Google recomenda que as pessoas que têem sites com AdSense coloquem umas marcas especiais no seu HTML para que os desenvolvedores indiquem onde está o conteúdo relevante para o qual a publicidade do AdSense deve ser otimizada.

    http://adsense.blogspot.com/2006/01/stay-on-target.html

    No entanto as marcas especiais são comentários de HTML, e não XML como propõem os microformatos e outras propostas para a Web semântica.

    O que importa mesmo é que o que o Google propõe motiva muito mais os desenvolvedores de sites do que qualquer outra coisa.

    Assim, os donos dos sites podem faturar mais através de exibição de publicidade que mais interessa ao usuário, dado que a publicidade está mais intimamente relacionada ao conteúdo das páginas que o usuário está vendo.

    Portanto, receio que enquanto ninguém se empenhar em proporcionar grandes motivações para a dita Web semântica, as coisas vão ficar como estão e os seus evangelizadores vão ficar falando para as paredes.

  7. Humberto,

    Muito bom o seu artigo, concordo com a sua conclusão de que devemos nos antenar e desde já começarmos a buscar a web 3.0, pois a 2.0 está aí, esperando a Web 3.0 se tornar mais popular para que lhe possam coroar como atual modelagem de web.

    Isso é muito importante, utilizar nos projetos atuais a web 2.0 e começar a entender e praticar a 3.0.

    Veleu mesmo, muita gente vai se ligar com relação a velocidade de desenvolvimento da Web.

    Parabéns!

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