Quase 500 universidades corporativas no Brasil

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Beth Accurso

O foco das ações corporativas já foi em produtos, depois em serviços; e, atualmente,
está no valor agregado gerado pelo capital humano. Segundo alguns autores, estamos
vivendo um momento de transição da Era da Informação para a Era do Conhecimento.

Os meios de produção tradicionais não são mais considerados o diferencial competitivo
das empresas. O desenvolvimento contínuo do conhecimento humano e de suas formas de aplicação permitirá o atendimento das necessidades dessa nova Era.

Informação e conhecimento são elementos essenciais ao sucesso das corporações. O plano estratégico das empresas precisa estar apoiado em um programa de educação continuada dos seus profissionais – o capital humano da organização. Neste contexto, a Educação Corporativa, viabilizada através de universidades originadas no âmbito das próprias empresas, visa propiciar condições e espaços para a criação e disseminação de
conhecimentos, para estruturar programas voltados para melhores resultados e para
consolidar a cultura da empresa em cada funcionário.

Dentro das grandes empresas, o uso da educação a distância em suas universidades
corporativas não é mais novidade. O e–learning está presente e elimina a barreira
de tempo/distância, amplia os recursos investidos, o acesso dos funcionários a programas de educação e treinamento e difunde os valores e a cultura da empresa.

Nas organizações, o conhecimento se encontra nos documentos, nas bases de dados, nos
sistemas de informação e também nos processos de negócio, nas práticas dos grupos e
na experiência acumulada pelas pessoas. Está intimamente ligado às ações empresariais. É avaliado pelas decisões e ações que os funcionários e a empresa como um todo realizam, o que se conclui que aumentar e aprimorar o conhecimento dos profissionais da organização pode levar a melhores decisões e ações. Portanto, torna–se fundamental preocupar–se com o capital intelectual de seus profissionais e com o aprimoramento da inteligência competitiva da empresa.

Grandes empresas transnacionais apresentam um valor de mercado alto, que incorpora intangíveis como marcas, patentes, capacidade de inovação, talento dos funcionários, relações com os clientes etc. As empresas se voltaram para a gestão do conhecimento no intuito de entender, organizar, controlar e lucrar com esse valor intangível.

Neste aspecto, a educação corporativa representa um importante componente da gestão
do conhecimento. Para alguns autores, educação corporativa pode ser considerada uma
ferramenta de suporte à gestão do conhecimento, utilizada na disseminação do
conhecimento, oferecendo soluções de aprendizagem.

A internet e a intranet têm apresentado propostas interessantes para gerenciamento e transmissão de conhecimento. Novas formas de registro têm surgido e são aplicadas às organizações.

O papel a ser desempenhado pela TI e por RH é estratégico: ajudar o desenvolvimento
do conhecimento coletivo e do aprendizado contínuo, tornando mais fácil para as
pessoas na organização compartilharem do capital intelectual da empresa.

Por estas razões, o e–learning é adotado pelas corporações como uma solução para a
gestão do conhecimento. Une tecnologia à educação corporativa, promovendo a
propagação de conhecimentos com a interatividade entre os participantes.

No Brasil, o crescimento do e–learning tem sido significativo. Se em 1999 eram cinco
as organizações que utilizavam esta modalidade em ofertas de educação corporativa,
no ano seguinte já eram 48 (860%), 100 em 2001 (108%); 253 em 2002 (153%), chegando a 331 em 2003 (31%), até alcançar 449 em 2004, assinalando um crescimento de 15%.

Profissionais de grande experiência na empresa podem, na universidade corporativa, passar seu conhecimento, em grande parte adquirido na própria empresa, para os colegas cursistas.

O modelo de avaliação da aprendizagem do e–learning deve considerar o ritmo próprio
de aprendizagem do cursista e ajudá–lo a desenvolver graus ascendentes de competências cognitivas, habilidades e atitudes, possibilitando–lhe alcançar os objetivos propostos.

Visa também desenvolver aspectos de autonomia, continuidade e periodicidade das interações dos participantes entre si, com os tutores e a socialização do conhecimento coletivo articulado ao final do curso.

A avaliação ainda fornece dados aos responsáveis pela área de treinamento, seja do
ponto de vista da aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos na melhoria de
desempenho de funcionários/colaboradores, seja sob os aspectos de custo x benefício
referente ao montante aplicado ou disponibilizado na empresa para esse fim.

Vale ressaltar que o destaque do processo fica para o imenso aprendizado que esse
tipo de projeto traz para toda a equipe envolvida – empresa, clientes e fornecedores.

Estão todos juntos aprendendo uma nova forma de expandir os relacionamentos, em especial com clientes, fornecedores e parceiros, que é um subproduto importante na cadeia de valor que envolve os negócios de uma empresa e que são considerados na educação corporativa. Enfim, é garantir um diferencial para as empresas prosperarem. [Webinsider]

Artigos de autores diversos.

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Uma resposta

  1. Funcionário de carreira do INCRA, tendo dedicado trinta e quatro anos de minha vida à questão da reforma agrária e a Agricultura Familiar, tenho lutado dentro da minha instituição para instalada uma universidade corporativa.
    São milhares de servidores das mais variadas carreiras, que lutam numa labuta diária que requer uma permanente reciclagem.
    É o desafio das corporações públicas nste pós globalização.
    Márcio Araújo

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