Quer bons resultados? Invista no binômio meio e mensagem

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Marshall Mcluhan, em 1964, escreveu o livro “Understanding Media: The Extensions of Man”, traduzido em 1969 pela editora Cultrix. Mas, o que esse livro tem a ver com design? Bom, a ideia central do pensamento “o meio é a mensagem” é bem autoexplicativa. Ela diz que o meio no qual você entrega uma mensagem é mais importante que a própria mensagem. Mas, são os desdobramentos desse pensamento que tornam isso muito mais interessante.

Se eu assumo que o meio é a mensagem, posso dizer então: a escolha das mídias (meios) para divulgar minha marca é tão importante quanto o próprio conteúdo da mensagem. Mas será que é mesmo?

Discordo um pouco.

Acredito que, para provocar discussões, Mcluhan diz que não importa a mensagem, pois o meio influencia diretamente a maneira como a pessoa vai recebê-la. Diz, ainda, que elas são recebidas da mesma forma. Mas, ao tomar a televisão como exemplo – analogia também utilizada por ele -, tenho certeza de que as emissoras passam mensagens diferentes por meio de um mesmo meio e essas acabam sendo absorvidas de formas distintas e bastante individuais.

Bom, mas a ideia central é válida e é para isso que eu o citei.

A forma como a mensagem é entregue faz com que seu conteúdo ganhe ou perca relevância de acordo com a percepção do receptor. A imagem abaixo inspirou esse artigo.

Escrito rasurado

Este “cartaz” estava no elevador do meu prédio. Quando bati o olho, pensei mil coisas detonando a “criação” daquela peça, mas comecei a refletir sobre quanta informação eu estava recebendo do meio (o papel de caderno) e sobre a forma como a mensagem estava sendo entregue (escrita à mão e rasurada).

Ao mostrar essa foto no escritório, as reações imediatas foram muito parecidas com a minha. Então, resolvi fazer um teste: abri o Word (porque esse programa todo mundo tem em casa), escrevi com a fonte mais odiada pelos designers (Arial, que todos têm no computador), pesquisei na internet a palavra “shopping” e peguei uma foto.

Tudo que uma pessoa sem nenhum programa de edição de imagens poderia ter feito. Eis o resultado:

Bazar

Depois, mostrei o primeiro cartaz para o pessoal e perguntei o que eles esperariam encontrar naquele bazar. Em seguida, mostrei o segundo cartaz e repeti a pergunta.

O fato é: as palavras brechó, baixa qualidade e amadorismo foram as mais citadas no 1º cartaz, enquanto confiança, credibilidade e bem estar foram citadas em referência ao cartaz impresso. A mensagem é exatamente a mesma, mas a alteração do meio fez com que a percepção mudasse radicalmente.

É exatamente por isso que o design é fundamental no trabalho de construção de marcas. Quando se sabe como o seu publico toma decisões, quais meios ele consulta, quais fatores influenciam seu comportamento, quais informações ele consome e qual o tom de comunicação mais atrativo, você consegue planejar e projetar os meios e as mensagens mais corretos. E isso torna sua comunicação muito mais assertiva.

Assim, fica a reflexão: você sabe como a comunicação da sua empresa esta sendo apresentada? Está gerando resultados? [Webinsider]

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Ricardo Rocha (@ricksontherocks) é formado em Desenho Industrial com ênfase em Projetos pelo Mackenzie e Diretor de Design da Brand Think, uma consultoria especializada em construção e gestão de marcas fortes.

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Uma resposta

  1. Prefiro o primeiro!
    O amadorismo me dá a impressão de que os preços serão arrasadores.
    Já o segundo… profissional demais para um simples Bazar de prédio. Dá a impressão que uma loja de departamento será instalada no edifício.
    O primeiro é mais coerente com o tipo de evento anunciado, ou seja, uma venda de um lote isolado de roupas.

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