Três motivos para sua estratégia de vídeo não funcionar

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O Webinsider recomenda o curso SEO Para Vídeo, com Camilo Coutinho e Flávio Raimundo.

– Oi, tudo bem? Você pode me tirar uma dúvida?

– Claro, o que precisa?

– É o seguinte, comecei a fazer uns vídeos lá na empresa. Coisa simples para vendermos mais, pois eu escutei umas palestras falando que vídeo é o futuro…

– Bacana, é por aí mesmo…

– Sim, mas não estou nada satisfeito.

– Por quê?

– Poxa, já temos mais de 5 vídeos online e não temos nem 50 views em cada um deles..

– humm…

– E o pior é que meu chefe já acha que é enrolação minha, só para ficar no YouTube. Tô quase desistindo.

– Calma! não é por aí. Tudo leva um tempo dentro da sua estratégia. Me fala o que são esses vídeos?

– São os nossos comercias de TV e um deles eu coloquei a nossa apresentação de vendas do power point com um musiquinha do meu celular que eu acho muito legal. Fico sensacional.

– Entendi. Mas esses comerciais vocês gravaram para o YouTube…

– Não, são vídeos de um canal de TV do interior que a empresa anuncia.

– Deixa eu entender, quer dizer que você colocou seus anúncios da TV no YouTube, juntou com um ppt com som, e está esperando bombar de vendas?

– A ideia era essa. Tá todo mundo fazendo isso e falando que dá certo.

– Bem, a primeira coisa para te dizer é: muito cuidado ao seguir o que todo mundo está falando, e a segunda é que vídeos não fazem milagres. É preciso uma estratégia.

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– Perdi tempo?

– Sim.

– Tudo no lixo?

– Infelizmente sim. É preciso muito mais que só ‘jogar’ seu vídeo no YouTube.

Talvez você conheça alguém que esteja nessa situação ou já tenha passado por isso quando começou a subir vídeos para a internet. Parece brincadeira, mas esse é um diálogo real de um departamento de uma grande empresa com sua agência de performance.

Muitas empresas – e pessoas também – querem ter sucesso com seus vídeos na internet – seja no YouTube, no Vimeo, no Metacafe – , mas o que poucos têm conhecimento é que é preciso muito mais do que somente um vídeo para se tornar o novo queridinho dos vídeos. Uma boa estratégia envolve a audiência e a direciona através dos vídeos, até o objetivo do seu negócio. É pensando nessa jornada da audiência que você vai conseguir passar o valor da sua marca e transformar webespectadores em clientes.

Todo esse esforço deve ser planejado com foco no seu objetivo, sejam visualizações, likes, compartilhamentos ou mesmo cadastro em sua lista de e-mails. Pode até parece básico, mas vejo muitas estratégias caírem por terra, simplesmente por estarem criando somente vídeos.

Uma mulher que compra uma roupa nova, não necessariamente quer um novo tecido ou estampa em seu guarda-roupa, ela quer a satisfação de se sentir bem vestida. E muitas vezes isso vai além, quando o vestido é para impressionar um pretendente, ou ser o centro de atenções em uma festa. Com vídeo é a mesma coisa.

O maior erro com vídeos começa nesse ponto, pois o seu cliente não quer um vídeo ele quer uma solução. Então se você pensa em somente fazer vídeos para ter mais vídeos na busca – ou em qualquer outro lugar – boa sorte! Essa estratégia será pesada e facilmente ultrapassada pela sua concorrência.

Do contrário, se você entender que o seu cliente precisa aprender as mais de “X” maneiras de utilizar o seu produto, e que além do conteúdo já existente, os vídeos podem ser uma ferramenta que explica e estimula a curiosidade sobre o seu produto, então já é possível ver uma luz no final do túnel. E um túnel não muito longo, diga-se de passagem.

Um exemplo de estratégia de sucesso é a Zappos, que produziu mais de 50 mil vídeos descrevendo os seus produtos. Essa estratégia, parece bobeira no início, e também muito difícil de ser aceita em qualquer departamento de marketing tradicional, mas não existem argumentos contra resultados. E são os mais de 10 mil links apontando para suas páginas de vídeos, que tornaram esse um case de sucesso. Isso sem falarmos ainda nas compras geradas pelos vídeos.

Tenha o cuidado de não confundir estratégias e táticas com receitas milagrosas, pois cada mercado exige um tipo de conteúdo e produto, e pode ser que mesmo com os seus 50 mil vídeos no ar, você não tenha toda a rentabilidade da Zappos. Principalmente se o seu vídeo for chato.

E caminhando do lado contrário dos cases, resolvi apontar três motivos cruciais para afundar a sua estratégia de vídeos. Claro que além de muito estudo e experiência na área, já tive diversos vídeos que não engatavam de maneira alguma, e em quase todos esses pontos eram os principais motivos.

Esquecer a linguagem da internet

“Eu não entro nas redes sociais para comprar ou para ver propaganda” Isso é o que o seu cliente está pensando quando vê a mesma propaganda sua da TV no YouTube. E preciso entender que o YouTube é hoje o segundo maior buscador da internet, e que quase 100% das buscas realizadas estão procurando soluções e não produtos. Seja uma música, uma quadro de humor, um unboxing e até mesmo um tutorial de como fazer algo.

A internet tem sua própria linguagem, seu próprio ritmo e isso deve ser respeitado desde a criação do roteiro, a gravação e até o envio dos vídeos online. Hoje, me arrisco a dizer que o conteúdo veiculado em mídia de massa não faz nem cosquinha na internet se comparado ao conteúdo criado exclusivamente para o YouTube, por exemplo.

Façamos um exercício: faça uma busca sobre o seu produto no YouTube – ou o produto da concorrência – e analise os números. Com certeza você poderá ver o número de engajamento social dos vídeos que passam valor para o cliente – seja em dicas ou tutoriais.

Um belo exemplo é o caso do vídeo do bebê do Itaú.

O comercial foi criado a partir de um vídeo que explodiu de acessos online e isso já seria um ponto a mais para que o comercial fosse um verdadeiro sucesso online.

Apesar de tudo isso, o vídeo conquistou a audiência online que não ficou apenas assistindo, mas também criou o seu próprio conteúdo, aonde mãe construíram versões do bebê Itaú com seus próprios filhos.

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Deixar a qualidade do vídeo em segundo plano

É possível que seu cliente online assista um vídeo online com menos de 720p (HD) de definição, mas é certamente muito difícil que ele continue por mais de 6 segundos assistindo o seu vídeo, se o seu áudio for péssimo. Chiado, interferência e até mesmo o som da respiração no microfone podem ser um favor de repúdio do seu vídeo pelo seu espectador.

Hoje em dia todos os smarthphones têm uma câmera com qualidade ótima para filmar. O que você precisa é encontrar um local com boa iluminação, pouco barulho e deixar o seu celular fixo – para que a imagem não trema. Pronto, você já vai conseguir um ótimo resultado do seu vídeo. É claro, tendo um bom conteúdo para ser falado.

Tome cuidado também com compressores de vídeos. Essas ferramentas que deixam os vídeos mais “leves” costumam comprimir tanto o material da captação que pode ser que você perca qualidade de áudio e vídeo, se não souber calibrar corretamente esses softwares. Isso também vale para a captação de áudio externa, que deve ser feita no seu arquivo bruto, seja em .wav para gravadores e PCs, ou em formato .aif se captado de um Mac, por exemplo em uma gravação via Skype.

Esquecer de otimizar o seu vídeo

O mais difícil já foi feito. Criar, roteirizar, editar o vídeo, finalizar e subir para a plataforma. Então, qual a sua desculpa para não otimizar esse vídeo ao máximo? São coisas que parecem básicas, mas que fazem uma diferença absurda na encontrabilidade do seu vídeo.

Um bom exemplo são os títulos. Eu dou pulos de felicidade a cada vez que um cliente me pede para criar uma estratégia de vídeos e vejo que a concorrência não cuida nem dos títulos, fazendo com que eu me encontre com pérolas do tipo: o nome do produto.mp4 ou melhor ainda, DSC03434.mov. De verdade, para mim isso já deixou de ser desconhecimento e passou a ser preguiça mesmo.

Com o tempo cada dia mais escasso, você tem menos de 10 segundos para encantar as pessoas com um título matador e uma thumbnail atraente. A marca que está deixando de fazer isso ou simplesmente ignorando essas funcionalidades, está rasgando dinheiro e jogando pela janela como papel picado, assim como se fazia antigamente no final de ano nas ruas do centro de São Paulo.

A ferramenta do YouTube, por exemplo, está cada dia mais equipada e com mais funcionalidades. Hoje é possível que o próprio YouTube faça legendas automáticas do idioma do seu vídeo, e você apenas corrija o que o robô não acertou. Vamos usar a tecnologia ao nosso favor.

Esses são alguns dos pontos que podem se tornar barreiras nos seus vídeos, e por isso é muito importante que você analise o seu conteúdo, e principalmente a sua estratégia, alinhando os pontos e otimizações do seu canal do YouTube ou de qualquer outra plataforma.

Nesse momento é que o SEO para vídeos é importante. Utilizando essas técnicas você consegue traçar uma estratégia, buscando sempre melhorar as funcionalidades dos seus canais de vídeo e ainda conhecer táticas e ferramentas que irão te ajudar no dia a dia.

Faça o seu webespectador aguardar ansiosamente pelo seu próximo vídeo. Lembre-se que eu posso não lembrar de alguma coisa que me contaram, mas lembrarei facilmente de alguma experiência – em vídeo – que eu vivi.

Até a próxima. [Webinsider]

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Camilo Coutinho apresenta o curso SEO para Vídeos e mantém o blog Camilo Coutinho.

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