Uma introdução à usabilidade (parte III)

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Bom design e conteúdo pouco adiantam se o site é todo bagunçado. Para isso existe o arquiteto da informação, parte fundamental de um plano de usabilidade bem sucedido. Ele é o encarregado de arredondar para o usuário, muitas vezes leigo em informática, a mistura design e conteúdo.

Podemos relacionar essa função ao trabalho de um bibliotecário, que recebe um material totalmente desordenado e o divide em categorias comuns, de modo que qualquer pessoa possa localizar o livro que procura, de maneira fácil e rápida.

Na web acontece o mesmo: o arquiteto de informação reúne o conteúdo e, junto com o designer, desenvolve a forma como este conteúdo será apresentado e classificado. Ele determina a ordem de aparição dos elementos, como a página principal e as intermediárias, por exemplo.

Para este trabalho, o profissional pode usar a classificação conhecida como LATCH, sigla criada por Richard S. Wurman. São as iniciais de Local, Alfabeto, Tempo, Categoria e Hierarquia. Não importa a forma como você organiza seu site, no final sempre se cai em uma destas cinco categorias (ou em uma mistura delas).

É a hora da acontecer a sinergia da equipe web, pois todo o trabalho do redator e do designer pode ser destruído pela má distribuição dos elementos. O usuário acaba desistindo se não conseguir localizar o que procura, e vai embora.

Tendo em mente estes princípios iniciais das três etapas que compõem um plano de usabilidade (veja ao lado I e II), você já terá conhecimentos suficientes para iniciar seus estudos; com o tempo estará pronto para o mercado de trabalho.

Áreas de atuação

Obter noções sobre usabilidade e navegabilidade agregam um diferencial na carreira. Com esses conhecimentos, você deixa de ser um fazedor de texto ou de layouts para se tornar um profissional que pensa o meio em que trabalha.

Os diretores das principais agências e produtoras já estão assumindo seus postos com essa mentalidade. Agora o mercado está deixando de valorizar os micreiros e buscando cada vez mais profissionais de usabilidade para montarem seus times.

Com tantos caminhos se abrindo, o profissional de usabilidade pode atuar em três principais frentes:

Consultoria: ajudando empresas que perceberam que seus atuais projetos web não estão satisfazendo o público–alvo. Neste caso, a diretoria mostra a situação atual e sua missão será elaborar um relatório avaliando o que estaria errado e apontando possíveis soluções. Em alguns casos o consultor de usabilidade também é responsável por conduzir testes de navegação com usuários reais. Atualmente, esta é a principal área de atuação dos profissionais de usabilidade norte–americanos.

Ensino: estamos no início do boom da usabilidade nacional; certamente a procura por formação nessa área crescerá exponencialmente, assim como aconteceu com a explosão dos webdesigners. As escolas e universidades já pensam em incluir essa disciplina em seus currículos, no entanto ainda é muito escasso o número de docentes capacitados para essa atividade. Por isso, as pessoas quem têm gosto e habilidade pela usabilidade devem procurar aperfeiçoamento, por meio de muito estudo e leitura, pois a qualquer instante uma escola pode bater na porta atrás de professores.

Produção: Usabilidade não tem preconceito – qualquer funcionário em qualquer fase de um projeto web pode começar a pensar no usuário durante o trabalho cotidiano. Desde o designer júnior até o CEO da empresa, todos podem fazer sua parte com um pouco mais de usabilidade e tornar o resultado final do trabalho num produto útil e fácil de usar.

Em qualquer uma das funções citadas acima, você precisará de muito conhecimento prévio e muita observação, já que o material sobre o assunto ainda é muito disperso. Portanto, leia, leia e leia o que cair na sua mão sobre usabilidade e afins.

Bibliografia e sites recomendados

Existem dezenas de livros abordando usabilidade e navegação, a maioria importada. No entanto, as editoras brasileiras já estão dando mais atenção ao assunto e traduzindo ótimas obras sobre o tema. Portanto, para traçar um norte aos seus estudos, não deixe de conferir as seguintes indicações:

Projetando Web Sites. Jakob Nielsen.
Homepage Usability. Jakob Nielsen
Não Me Faça Pensar. Steven Krug.
Ansiedade De Informação. Richard Saul Wurman.
Information Anxiety 2. Richard Saul Wurman.
Webwriting. Bruno Rodrigues
Design/Web/Design 2. Luli Radfahrer
Information Architecture For The World Wide Web. Louis Rosenfeld e Peter Morville
Web Navigation: Designing the User Experience. Jennifer Fleming.
Skip Intro: Flash Usability and Interface Design (no prelo). Duncan McAlester e Michelangelo Capraro [Webinsider]

<strong>Andre de Abreu</strong> (<a href="http://www.andredeabreu.com.br" rel="externo">andredeabreu.com.br</a>) é gerente de comunicação interna e portal corporativo da TAM, professor de jornalismo digital da Universidade Anhembi Morumbi e um dos autores do blog <strong><a href="http://imezzo.wordpress.com" rel="externo">Intermezzo</a></strong>.

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