Viagem prêmio à Copa do Mundo e o risco embutido

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Quando se fala em futebol, é impossível não pensar em todos os títulos mundiais conquistados pela seleção brasileira e nos investimentos feitos em nossos jogadores.

A Copa do Mundo de 2010 e os preparativos para os jogos de 2014, além das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, colocaram não apenas os atletas sob todos os holofotes, mas também o próprio país. Desde que foi anunciado como sede de competições importantes nos próximos anos, o Brasil tornou-se a bola da vez.

O futebol tem o poder de gerar um patriotismo que raramente é percebido nas ruas e nas casas brasileiras. Quando é que vimos, com tanta frequência, nossa bandeira e as cores verde e amarela espalhadas pelos quatro cantos desse país como veremos a partir de agora e até o final dos jogos na África do Sul?

A imagem do “Brasil apaixonado” já está estampada nos jornais, nas roupas, nos bares e na face de cada brasileiro. Copa do Mundo em 2010 é pauta de tudo – do noticiário e da propaganda em horário nobre às rodas de amigos e festas de família.

A paixão nacional pelo esporte e a admiração pelos craques e por sua fama meteórica levam milhares de pessoas a acompanhar o campeonato mundial de perto. Mas como a realidade da maioria dos milhões de brasileiros apaixonados pelo esporte está bem longe de permitir viagens internacionais e ingressos caros, assistir aos jogos da Copa transforma-se apenas em sonho. Um sonho bom, mas muito distante.

Para se ter uma ideia de quantos brasileiros conseguem assistir a um jogo da Copa do Mundo fora do país, a maior parte da cota de ingressos destinada ao Brasil foi adquirida por empresas, para ações promocionais, de marketing de relacionamento e incentivos.

Ou seja, bancar uma viagem que une lazer, jogos da seleção e que pode durar cerca de um mês realmente é algo tão difícil de alcançar que acaba se tornando uma das nossas maiores aspirações e desejos.

Craques e oportunidades

Assim como os jogadores de futebol que buscam a superação, com os melhores passes, jogadas e, consequentemente, a vitória, muitos de nós podemos fazer parte desse time seleto de profissionais que vence barreiras, alcança resultados expressivos e… assiste aos jogos do Brasil na Copa.

Muitas viagens de incentivo, em ano de Copa, invariavelmente são para o país onde acontecem os jogos. É a realização em dobro de um sonho: ganhar uma viagem internacional e ver seu país jogar um campeonato mundial com grandes chances de ser campeão. Um forte motivador para a geração de resultados!

Um prêmio como esse pode levar a linha de limite de um profissional muito além do esperado. Ele vai buscar novas formas de se superar e vai encontrá-las. Assim como somente as principais seleções participam da Copa do Mundo, apenas as equipes vencedoras recebem um incentivo desse porte.

Não é falta de criatividade das agências sugerir esse tipo de ação. É senso de oportunidade e expertise em mensurar resultados.

O outro lado

As viagens de incentivo baseadas na Copa do Mundo, porém, não conseguem seguir algumas regras básicas aplicadas às outras viagens de mesmo formato.

Normalmente, os prêmios são concedidos a grupos que recebem serviços exclusivos, em períodos de baixa estação, com possibilidade de levar acompanhante e têm uma negociação mais atrativa, ou seja, melhores serviços por um custo menor.

As viagens para a Copa, por exemplo, excluem os acompanhantes que, na maioria dos casos são esposas que não querem assistir aos jogos. Além disso, não é possível garantir a excelência da viagem, pois ela poderá ser acompanhada por filas, falta de ingressos, eliminação da seleção e hotéis e restaurantes lotados, entre outros imprevistos.

Mas será que é possível garantir a segurança da marca, incentivar e encantar quem ajuda a sustentá-la? Até que ponto vale à pena premiar um grupo vencedor e supermotivado com uma viagem que pode resultar em arranhões à imagem da empresa, por conta de eventos inesperados?

Mas, também, por que não enfrentar esse desafio e correr o “risco” de gerar motivação, identificação e boas lembranças por anos, caso o Brasil seja hexacampeão? [Webinsider]

…………………………

Conheça os serviços de conteúdo da Rock Content..

Acompanhe o Webinsider no Twitter.

Silvana Torres é sócia-diretora da Mark Up.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *