West Side Story

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West Side Story, musical clássico de 50 anos atrás, atrai fãs para uma edição em Blu-Ray da obra restaurada, com erros e falhas inconcebíveis para os recursos de hoje.

Lá se vão 50 anos do lançamento de West Side Story em cinemas americanos, seu país de origem, e quase outros tantos do lançamento do filme no Brasil.

A data de lançamento no nosso país, explicitada no IMDb (25/12/1961), pode não ser precisa, porque eu me lembro de estar a pouco tempo de ter completado 16 anos, e por causa disto eu paguei inteira, para não deixar o porteiro do cinema ver a minha idade. Na época, eu provavelmente teria 14 ou 15 anos, o que empurra a data de lançamento para meados de 1963/64.

Bem, não importa. O que importa é que Amor Sublime Amor, como foi chamado aqui, estreou no magnífico Cinema Madrid, perto de casa, em exibição de cópia em CinemaScope e estonteante som estereofônico. O filme havia sido rodado em Super Panavision 70, mas cópias com redução para 35 mm foram distribuídas mundialmente.

A proibição para menores de 16 anos deveu-se, em grande parte, pela exibição de violência das gangues nova-iorquinas, de uma cena de quase estupro e assassinato de dois personagens. Na realidade, a estória é uma citação a Romeu e Julieta, de William Shakespeare, tendo como pano de fundo o racismo e a intolerância a estrangeiros em solo americano.

Na história do cinema e dos seus apreciadores existe sempre um momento em que determinados filmes marcam a vida das pessoas. E no caso de West Side Story, o que nos marcou foi a pujança da composição musical, aliada à forma de filmagem da estória. Marcou também aqui em casa pela presença do Lp com a trilha sonora, que a minha mãe adorava. E eu, conversando com ela, um belo dia deixei no ar a pergunta se algum dia nós seríamos capazes de ter cinema em casa com aquela qualidade.

Meus pais, que eram cinéfilos, tiveram sorte distinta: meu pai morreu jovem, sem ter nunca sequer tido a chance de comprar um projetor sonoro de 16 mm, e mamãe chegou aos dias do Laserdisc e do primeiro Dolby Digital que eu montei em casa. Chegou a ter nas mãos um DVD (mas não assistiu), e ela ficou impressionada com a diferença de tamanho dos discos (o LD tinha o tamanho de um Lp).

A apresentação de um grande espetáculo

West Side Story foi construído como peça da Broadway, que seguiu destino semelhante de tantas outras peças, a caminho dos sets de cinema. Quando o filme foi realizado, Hollywood estava em processo de mudança. O studio system havia enfraquecido, e muitos estúdios encaravam constantemente a bancarrota e a ameaça dos programas de televisão que haviam afastado o grande público das salas de cinema.

A escolha do processo de filmagem reflete o aspecto de megaprodução pretendido pela então Mirisch Corporation: a fotografia foi feita com o uso de câmeras Super Panavision, com o negativo de 65 mm.

Na parte de áudio, a mixagem original ficou inicialmente restrita ao formato de 4 canais estéreo na tela e um surround. Segundo historiadores, teria sido Murray Spivack quem teria convencido o diretor Robert Wise (que assumiu a cadeira depois da tumultuada saída do coreógrafo Jerome Robbins) a adotar o formato de distribuição de canais do processo Todd-AO, que consiste na reprodução de 5 canais ao longo da tela, mantendo um canal mono no surround. Entretanto, como o filme foi distribuído mundialmente em CinemaScope, as trilhas de 4 canais foram mantidas para as cópias em 35 mm.

Com um elenco recheado de atores e dançarinos desconhecidos fora da America, mas dotado de uma disciplina rígida entre os seus participantes, West Side Story arrecadou dez estatuetas da Academia. Curiosamente, nenhuma delas foi dirigida aos atores principais (Richard Beymer e Natalie Wood), mas ao elenco de apoio, George Chakiris e Anita Moreno, esta última por coincidência porto-riquenha de nascença.

Até hoje eu acho que tanto a Academia quanto críticos foram injustos com Natalie Wood. A imagem da atriz ficou marcada com este filme. Ela transmite, queiram ou não, uma doçura e a inocência que o personagem exige, além de, é claro, ser a autora do discurso libertário contra a violência urbana, pronunciado com competência no fim do filme.

Robert Wise, já veterano diretor à época, demonstra toda a sua habilidade no trato com atores e no processo de cinematografia e montagem. Seus principais méritos com musicais iriam ficar patentes mais tarde com os travellings magníficos mostrados em “A Noviça Rebelde”, no qual ele tem total controle da produção.

West Side Story se beneficia dos grandes palácios de cinema da época, inclusive no Brasil. Ao som estereofônico competentemente distribuído na tela, se soma a riqueza dos arranjos dos também veteranos Johnny Green (M-G-M) e Irwin Kostal (Disney), além de outros.

Naquela época, e em anos subseqüentes, os estúdios não revelariam que os atores principais eram escolhidos não por sua capacidade de dança e música, mas sim por sua presença e fotogenia nos sets.

E também, coerentemente, jamais teriam divulgado que as vozes dos segmentos musicais eram dubladas por cantores profissionais, no caso Jim Bryant (para Richard Beymer no papel de Tony) e Marni Nixon (para Natalie Wood, no papel de Maria). Marni Nixon é aquela mesma que dublou Audrey Hepburn como Elisa em “My Fair Lady” e aparece como uma das freiras, no início de “A Noviça Rebelde”.

Esta dublagem é tão perfeita, que ninguém da platéia da época, e me arrisco a dizer, o espectador atual desavisado, conseguiria saber que não são os atores que estão cantando. Passaram-se muitos anos até que finalmente estes cantores conseguiram levar crédito pelos seus trabalhos!

As tentativas, sucessos e falhas da restauração

Uma das principais inovações de West Side Story, sob o ponto de vista da apresentação nos cinemas, é a substituição da abertura orquestral sem imagem pela introdução de slides com um design abstrato de uma tomada aérea de Manhattan, ao final da qual, a câmera se afasta para revelar o título do filme, cortando direto para uma tomada aérea que corresponde ao design apresentado anteriormente.

A seguir, uma tomada aérea em um plano geral contínuo leva o espectador para a região do conflito, o West Side nova-iorquino.

Todas as edições em home video até o DVD mostram uma alteração esquisita na montagem desta introdução. Durante a abertura, o slide inicial muda de cor até chegar a uma tonalidade azul, mas no final deveria cortar seco para a tomada inicial de Manhattan. Ao invés disto, o slide passa para um intermediário verde (ver abaixo a captura do DVD) e depois sim aparece a tela azul com o título.

west side story-1

Na edição em Blu-Ray ao invés do slide verde, a imagem anteriormente mostrada na tela desaparece da tela (“fade out”) e reaparece segundos depois (“fade in”) com o slide azul que mostrará o título. E até agora nenhum dos restauradores veio a público para esclarecer o que aconteceu naquele intervalo de tempo. É possível que uma parte do negativo tenha sido perdida, mas com os recursos que existem hoje, é inconcebível que nenhuma tentativa de reparo tenha sido feita.

Ainda na edição em Blu-Ray esta tomada aérea de Manhattan é apresentada com uma vibração (“shimmering”) no background que nunca apareceu na imagem original. Parte do background tremulante ainda pode ser visto nas primeiras cenas da seqüência seguinte, e ninguém, até onde eu tenha tomado conhecimento porque e como isto foi aparecer lá. O efeito perturba e distrai. Para os fãs da alta definição, ele chega a ser embaraçoso.

No tocante ao som, algumas novidades e, infelizmente, algumas frustrações:

A trilha sonora em 6 canais, que havia sido considerada perdida, foi finalmente achada, a ponto de poder ser usada na edição em Blu-Ray. Dificuldades em vários estágios, ainda nos processos de busca de originais nos arquivos e depois no processo de recuperação dos mesmos.

A trilha foi gravada em filme 35 mm, parte do qual foi, sem trocadilho, literalmente para o vinagre! A síndrome do vinagre, como é chamada, faz o filme em base de acetato alterar o seu estado físico, e se o conteúdo for áudio haverá dificuldade de passagem pelas cabeças de leitura dos decks usados na sua reprodução.

Técnicas usando equipamentos de leitura das bandas magnéticas originais, acoplados a programas especificamente escritos para a recuperação e correção das mesmas têm sido usados para restaurar a trilha sonora em situações deste tipo. A trilha de West Side Story foi restaurada desta forma, através de uma parceria entre a Chace Audio e a Plangent Processes, que utilizou um método chamado de Clarity Audio Restoration. Este método corrige o máximo possível do alinhamento perdido e restaura o que sobra através de software proprietário.

O resultado pode ser visto na trilha 7.1 codificada pelo codec DTS HD MA: a parte orquestral é agora revestida de uma dinâmica e resolução nunca antes ouvida. A maior parte do diálogo e dos vocais tem razoável consistência, e eu creio que mais nada se pode exigir de um material danificado, oriundo de mais de cinquenta anos atrás.

Digno de nota, os cinco canais na tela da versão em 70 mm foram totalmente recuperados e transcritos literalmente para o Blu-Ray.

A reprodução em um sistema de home theater atual é garantida pela conjugação dos canais esquerdo e centro e direito e centro, respectivamente.

Uma vez reproduzido em um sistema corretamente equilibrado, o som dos canais centro-esquerdo e centro-direito do formato Todd-AO deverá ter localização precisa entre os espaços destas três caixas. Se o usuário tiver disponível uma tela grande, ele ou ela deverão ser capazes de acompanhar o deslocamento dos diálogos de acordo com o movimento lateral dos atores na tela, tal qual a apresentação original do cinema.

Em contrapartida, o que continua faltando (e eu espero que os restauradores algum dia expliquem isto) é a mudança de mixagem na abertura, quando, ainda em tela sem imagem, sons de assovio partem do surround para as caixas da frente, um pouco antes do início da abertura na forma de slides, como descrito.

Além disso, quando Tony (Richard Beymer) começa a cantar “Maria”, o nome da personagem deveria estar ecoando em toda a sala, com a ajuda das caixas surround. A mixagem está presente nas versões em 35 e 70 mm do filme.

Entretanto, não há som algum nos quatro canais surround da trilha 7.1. A omissão, que vinha se arrastando desde a edição do filme em laserdisc, não teve ainda o devido resgate, o que, em termos, é uma tremenda decepção e um desperdício de alta tecnologia!

A apreciação do filme

West Side Story foi concebido no teatro para ser uma opereta sobre o romance de dois adolescentes, com a inclusão de balé moderno. E embora tal estrutura tenha sido conservada no filme, a preocupação central dos cineastas se concentrou no problema racial das gangues de Nova York.

Portanto, o filme não é, mas poderia ser, um filme de guerra na acepção da palavra, quando enfoca a luta pelo domínio territorial, a liderança carismática que incita à beligerância (Riff e Bernardo), e a manutenção da “pureza racial”.

E neste último quesito, poder-se-ia até inferir que os cineastas e autores da peça estivessem fazendo alusão aos credos nazistas sobre a raça ariana, com a consequente exclusão de judeus, negros, ciganos, homossexuais e portadores de doenças genéticas da sociedade vigente.

Segundo historiadores, Porto Rico foi anexado aos Estados Unidos durante a elaboração do Tratado de Paris de 1898. Entretanto, o direito de eleger as administrações públicas norte-americanas lhes foi negado. Os habitantes da ilha gozam de uma liberdade e independência relativas. A ilha se tornou o refúgio das poderosas indústrias farmacêuticas durante décadas, que viram na legislação brechas para uma maior autonomia e economia.

Os porto-riquenhos ganharam cidadania americana a partir de 1917. A imigração para Nova York, que, como de hábito, ocorreu por busca de melhores condições de trabalho e sobrevida, ocorreu principalmente na década de 1950. Embora muitos destes imigrantes tenham tido sucesso na nova moradia, a parte pobre sofreu problemas enfrentados pelo racismo adotado pelos “nativos”.

Há uma citação em West Side Story ao fato de Tony ter sido um filho de imigrantes poloneses (Anton, como ele era chamado), mas em se tratando de racismo, não é a só a imigração, mas também a cor do imigrante que tem precedência no ato de violência.

Como obra de cinema, West Side Story tem méritos. Apesar da crise nos sets de filmagem, que resultaram na saída de Jerome Robbins, o filme não mostra nenhuma solução de continuidade aparente. A narrativa é bastante dinâmica, prejudicada às vezes pela interrupção da mesma com números musicais. Em uma época em que filmes musicais haviam saído do gosto do público, é de se admirar a coragem da produção e a transformação do gênero em uma obra de estudo social da violência, com conotações políticas no background.

A estética de West Side Story encontra paralelos no cinema produzido posteriormente: neste momento me vem à memória casos como “Les Parapluies de Cherbourg”, de Jacques Demy, de 1964, com seus backgrounds riscados em cores saturadas, ou a cena do telhado em “Sweet Charity”, de 1969, quando então o diretor e coreógrafo Bob Fosse citou a rotina de dança do telhado do segmento “America” de West Side Story, e nem ficou rubro ao incluir música latina.

A música de West Side Story

Leonard Bernstein (música) e Stephen Soundheim (letra) compuseram todos os segmentos em tons operáticos da peça sem, no entanto, deixar de tratá-la como uma obra moderna. Tanto assim, que eles usam uma base jazzística para a grande maioria das canções. Até hoje, que eu me recorde, a única interpretação clássica, registrada em CD duplo (ver abaixo) com cantores líricos e com o compositor, foi a edição da Deustche Grammophon, cujos destaques foram também registrados em vídeo:

west-side-story-dg

Para os fãs do filme não é a parte operática que se traduz em sucesso, pelo contrário. Algumas das canções como “Maria”, “Tonight”, “America” e outras foram sucesso na década de 1960 pela sua interpretação por artistas populares. E os músicos de jazz, uma vez se dando conta das colorações jazzísticas das composições, partiram para gravar a maioria das músicas com este tipo de interpretação.

Nem mesmo André Previn, maestro, arranjador e compositor de peças de cinema e envolvido com música clássica, se furtou a fazer isto com o seu trio composto por Shelly Mane e Red Mitchell:

west side story - andre previn

O pedido de socorro

O preservacionista e arquivista Robert A. Harris encabeça uma lista de personagens, junto com usuários e cinéfilos na Internet, para não só não aceitar as gafes da restauração como para pedir um recall do disco. Como no momento da elaboração deste manuscrito, o disco não saiu lá, é difícil prever se o recall irá acontecer.

Se acontecer, eu espero que a Fox honre os seus primeiros compradores e nos troque os nossos discos. Afinal, trata-se de um filme que, bem ou mal, faz parte da herança do cinema americano e dos grandes espetáculos em 70 mm. Não somente grande na apresentação, mas uma obra sem medo de enfrentar os fantasmas de temas que viraram tabu na sociedade e o são, de certa forma, até hoje.

Para mim está claro que o pessoal técnico que trabalhou nesta restauração não tem idéia como o filme foi apresentado nos cinemas, e como Robert Wise já se foi deste mundo, eles deveriam ter consultado alguém do métier.

Antes de terminar este manuscrito, eu ainda tive um contato com Paul Rayton, mencionado acima, em seu artigo sobre a descoberta da trilha sonora de 6 canais do filme.

O conhecimento de Rayton deveria ter sido aproveitado até o fim, mas não o foi. Sua mensagem de volta foi clara quanto às chances de alguém fazer algo no sentido de um recall, mas, como fiz o ditado, a esperança é a última que morre. [Webinsider]
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Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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6 respostas

  1. Oi, Celso,

    A minha opinião é a mesma que a sua: imagens em 4:3 nativas não deveriam ser reproduzidas em 16:9 com distorção. E neste caso que você descreve eu acho estranho a TV Philips não ter ajuste para formato de tela. Aliás, nenhum fabricante de TV faz isso hoje em dia, que eu saiba. E mesmo que não houvesse ajuste na TV, os receptores HD costumam ter.

  2. Olá, Paulo,
    Uma vez mais necessito de seus conhecimentos.
    Meu filho adquiriu um TV Philips, 40″, LCD/LED, sem opção de formato de tela. Era sempre aquela imagem estendida que chamavam de tela cheia. Não havia possibilidade de assistir aos programas em 4:3 com a tela correspondente.
    Agora, passou a assinar o sinal da Embratel HD. Aí, a coisa mudou. Poucos canais estão transmitindo em 16;9, com uma bela imagem. Os demais são mostrados em 4:3, coisa que como disse acima não era possivel anteriormente.
    Por incrivel que possa parecer, os jovens querem todas as imagens em tela cheia, mesmo que um tanto deformadas e com perda de resolução.
    O que você opina?
    Abraço.

  3. Oi, Auro,

    A sua mensagem foi postada na coluna sobre formatos de tela, mas eu vou tentar responder aqui mesmo:

    Via de regra, as TVs Samsung têm uma opção para ajuste de tela com o nome de “Just Fit” ou “Screen Fit” ou algo parecido, e que funciona na entrada HDMI, e nos modelos mais recentes até mesmo na entrada de vídeo componente.

    Você deve procurar este ajuste na sua TV, antes de mais nada. O objetivo dele é reproduzir a imagem nativa na tela da TV, isto é sem “overscanning”, que é o que empurra parte da imagem original para fora da tela.

    Se, depois disto, os seus problemas de formato de tela não estiverem resolvidos, será necessário pedir assistência técnica ao fabricante.

    É preciso atenção com as legendas, no tocante ao ajuste de saída do aparelho de leitura. Este ajuste deve obrigatoriamente respeitar o formato da tela (4:3, 16:9, etc.) e jamais usar qualquer tipo de zoom, a não ser que o player tenha capacidade de reposição automática de legenda.

    Note que vídeos letterbox (4:3) costumam apresentar as legendas fora da área de imagem.

  4. Oi…. Sei que o topico não é esse mas poderia me ajudar ??? Tenhu um TV Samsung 42 ,logo de incio alguns filmes ex: Bastardos Inglorios,Hulk,2012 ao ajustar a tela eu perderia parte das legendas desses filmes .Com o tempo tive que levar a Tv (por outras razões) para assistencia tecnica quando retornou da assistencia tecnica eu já podia ajustar perfeitamente a tela e desta vez sem a perda de legendas .Agora adquiri um novo aparelho inclusive blu-ray e ao colocar estes mesmos filmes se ajusto a tela volto a perder as legendas como isso é possivel ? Como posso consertar isso ? Coloquei esta mesma pergunta em outro topico mas como este ea mais recente acredito que tenha mais chances de ser respondido .Obrigado

  5. Oi, Celso,

    West Side Story deve ter sido um dos primeiros, senão primeiro, a adotar esta política de não deixar o ator cantar na trilha sonora. Dos atores principais, apenas George Chakiris cantou sem ser dublado.

    Na época dos musicais mais antigos, notadamente os da M-G-M, os atores tinham que se virar para fazer tudo.

    Hollywood manteve tudo escondido durante anos. No início dos anos 90, a Columbia lançou um CD com a trilha sonora de West Side Story tirada não do Lp da década de 60, mas da trilha do filme. No encarte, todos os cantores que dublaram ganharam crédito. Alguns anos antes, um laserdisc da CBS/Warner com My Fair Lady já tinha feito o mesmo com Audrey Hepburn, dublada pela mesmíssima Marni Nixon.

    Jack Warner não queria contratar Julie Andrews, que fizera Eliza em Londres e Nova York, porque ela nunca tinha feito cinema. Acertou com Audrey Hepburn, mas acabou dublando. Ironicamente, Julie Andrews foi chamada por Walt Disney, nesta mesma época, para fazer Mary Poppins, e acabou ganhando o Oscar no lugar da outra.

  6. Paulo,
    Também vi esse filme nos meus verdes anos. Traz muitas recordações daquela época de ouro que vivemos. Natalie Wood, lindíssima como sempre na sua infelismente breve carreira. Lembra-se de “Clamor do Sexo – Splendor in the grass”? Também um clássico visto na nossa juventude. Dia destes vi um especial na TV paga sobre Hollywood e lá estava sendo entrevistada Rita(Anita) Moreno, ainda bela, apesar dos anos. Eu não sabia que os atores eram dublados. Sua coluna sempre informa detalhes que a maioria de nós desconhecia.
    Abraço.

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