Quando eu tinha 12 anos, resolvi criar um periquito. Não durou muito o coitado. Devo ter feito algo de errado: falta de água, comida, atenção, sei lá. O pequeno fantasma veio assombrar meu monitor esta semana.
Coloquei um anúncio no jornal a procura de um estagiário de comunicação e constatei: e–mail é igual a passarinho, se não cuidar…
Desde que montei minha empresa, recolho a documentação dos candidatos, via web. No início, pedia os currículos pelo correio eletrônico. Hoje, divulgo o endereço do formulário de oferta de vagas em minha página.
Assim, colho os dados necessários e comparo facilmente os documentos, pois tenho um padrão nos dados enviados pelos pretendentes.
Pois bem, mais de 70 estudantes se inscreveram. Parte–se do pressuposto de que o uso do e–mail seja impecável para candidatos a uma posição em uma empresa de tecnologia, como a minha.
Ou, pelo menos, que o candidato o acesse para saber sobre os desdobramentos. Fiz a seleção prévia de 15 estudantes e enviei mensagem convocando–os para a entrevista. Metade não se manifestou. Simplesmente, não receberam a convocação: alguns estavam com a caixa postal cheia, outros nem abriram.
Ou seja, ter uma conta de correio digital na internet significa assumir o prazer e a dor de gerenciar uma nova forma de comunicação. E realmente acreditar que algo vai acontecer a partir dela.
Em 94, por exemplo, na época dos BBSs, li na tela um anúncio para jornalista. Eu me encaixava perfeitamente no perfil. Negociamos detalhes virtualmente e fui à entrevista. Esperava chegar diante de uma fila enorme, mas só havia eu.
Voltei contratado para trabalhar no Alternex – primeiro provedor de acesso à internet do País. Larguei o jornalismo sindical, no qual trabalhava na época, e eis–me aqui escrevendo sobre web. Ou seja, um pequeno detalhe mudou minha carreira: ter uma conta e–mail e acessá–la sempre.
Imagina hoje quando a fila para estágio já contorna a esquina virtual com 70 candidatos por vaga!
Se me perguntarem qual é um bom e barato investimento para um jovem universitário, cravo na hora: escolha um serviço de e–mail profissional e cadastre o rebento nele.
Temos no mercado uma nova geração de provedores de correio eletrônico. Veja, por exemplo, o Mandic. Por menos de R$ 10 mensais, oferece ferramentas imprescindíveis.
Destaque para caixa postal ilimitada, que acaba com a perda de mensagens por falta de espaço, webmail, que permite acesso às mensagens de qualquer lugar, integração e sincronização do servidor com o computador. As pastas do micro ficam na web e se o equipamento quebrar ou você estiver na rua, pode usar o ambiente de comunicação
digital na internet.
Por fim, metodologia de filtro contra spam fácil de operar. No Mandic, joga–se os indesejáveis em determinada pasta no micro e o servidor já sabe que aquilo é lixo.
Ou seja, nosso e–mail não é periquito, nem vive na gaiola, mas alpiste e água, de quando em quando, caem bem. [Webinsider]
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Artigos de autores diversos.