A documentação na Arquitetura da Informação (1)

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Através de espaços de debate e exposição de idéias como o Webinsider, a Arquitetura da Informação (AI) vem ganhando destaque entre os planejadores e desenvolvedores da web nacional. Em poucos anos muitos conceitos se solidificaram, os objetivos e vantagens de trabalhar a AI foram compreendidos e agora entramos numa fase de crescimento do mercado.

Até hoje a maioria dos artigos que temos visto sobre AI cumpre a função essencial de explanação de conceitos fundamentais, de um modo teórico e mais acadêmico do que mercadológico. Agora movimentamo–nos adiante, do consenso teórico à documentação do trabalho produzido pelo Arquiteto de Informação

Os pioneiros da AI para web desenvolveram na última década – e continuam desenvolvendo – uma documentação que pode ser manuseada e compreendida tanto pelos clientes como pela equipe responsável pela produção e implantação de cada projeto.

Para a realização deste trabalho, com competência e profissionalismo, surgiu a figura do Arquiteto de Informação, o profissional capaz de organizar, classificar e indexar o conteúdo, além de construir os canais para o trânsito, de navegação, entre as seções deste conteúdo categorizado.

Sitemaps e wireframes, para ficarmos nos mais comuns, são termos cada vez mais familiares para quem trabalha de alguma maneira com websites. Estes gráficos de representação esquemática do que está sendo desenvolvido no planejamento em cada website têm o poder quase “mágico” de trazer à vida uma porção do trabalho realizado pelo Arquiteto e mostrar claramente que há um contínuo processo de inteligência por trás de cada decisão tomada.

Classificar para compreender

A vida em sociedade, com suas trocas e relações constantes, para se tornar possível necessitou a instituição de certas convenções, regras ou protocolos de convívio. A primeira, mais densa e significativa destas convenções foi a linguagem. Por sua vez, a definição de um idioma comum para comunicação entre os indivíduos de uma comunidade permitiu que se estruturassem os alicerces do que hoje chamamos de cultura. Mas este é assunto para muitos outros debates.

O que mais nos interessa é que com a internet e os ambientes de interação do ciberespaço a história se repete. O que hoje chamamos de cultura digital nada mais é do que a adoção por parte dos indivíduos desta comunidade de novos padrões de interação e valores no mundo online. Não cabe aqui discutir quais são os muitos agentes influenciadores desta construção da cultura digital, a grande maioria ainda em fase de estudos por parte da comunidade científica. O que nos interessa é utilizar as características deste universo digital, de seus usuários, para que possamos desenvolver projetos cada vez mais centrados na relevância e na praticidade para utilização.

Ao Arquiteto de Informação é dado o papel de construir os caminhos da informação, suas conexões e desdobramentos, a fim de contribuir para a divulgação do conhecimento. Ao utilizarmos os recursos da padronização e simplificação esquemática para construção de uma documentação para projetos na web, longe de esgotarmos as possibilidades e caminhos passíveis de navegação e utilização, estamos sim, documentando indexadores culturais, que nos permitam compreender a disposição da informação pelas seções de um site, mas nunca o exato percurso a ser percorrido por cada um de seus usuários.

No próximo artigo nos aprofundaremos neste tema falando mais sobre os sitemaps. [Webinsider]

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Avatar de Leonardo Oliveira

Leonardo Oliveira é mestre em Jornalismo Digital pela ECA/USP.

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