Dez entre dez profissionais da área de TI do Governo Brasileiro estão, hoje, estudando cuidadosamente as vantagens e os perigos de se transferir aplicações de missão crítica para o ambiente Linux. Trata-se de um desafio inevitável: o mundo da informática governamental é heterogêneo e sempre será heterogêneo – apesar do desejo em contrário de alguns fornecedores de software.
Cientes desta realidade, os responsáveis pelas decisões de TI do Governo estão, de forma extremamente profissional, avaliando cada um dos itens que podem dificultar a adoção do Linux como mais uma plataforma dentro de órgãos públicos. Neste contexto, a necessidade de integração deste ambiente heterogêneo é um dos maiores desafios a ser enfrentado.
Na maioria dos casos, há algumas preocupações em comum em relação ao universo do software livre. É importante frisar que, diante destas questões, há algumas (boas) respostas já à mão. São respostas criadas por fornecedores de software que, com milhões de licenças em uso no mundo, trabalham para facilitar a vida dos profissionais de TI que, hoje, sonham com Linux mas ainda enfrentam algumas pedras em seu caminho.
Um desafio comum a todos que investigam o Linux é a necessidade de garantir um baixo TCO para um ambiente que muitos pensam ser inteiramente gratuito – o que não é verdade. O Total Cost of Ownership de um ambiente corporativo vai muito além do preço (ou ausência de) do sistema operacional. Quem pensa TI no Governo Brasileiro sabe disse e, hoje, procura soluções confiáveis, seguras e já testadas que, de fato, lhe tragam garantias de alta disponibilidade, performance e produtividade.
A resposta para este dilema já existe: soluções de gerenciamento de identidade baseada em diretório que, rodando sob Linux assim como em qualquer outra tecnologia, trazem para este ambiente toda a confiabilidade que o mercado está acostumado a encontrar em outras plataformas. A partir desta infra–estrutura (diretório para Linux), o responsável por TI no Governo conta com soluções/serviços de software sob medida para redimensionar outros usos do Linux a partir da utilização de seus recursos tecnológicos heterogêneos de forma integrada.
É o caso de soluções de messaging e colaboração, é o caso de plataformas de gerenciamento de redes que executam, de forma impecável, funções de auditoria e distribuição eletrônica de software sob Linux.
Em breve, a oferta de soluções de alto nível para Linux irá aumentar ainda mais. Trata–se de um caminho sem volta: a corporação exige segurança, escalabilidade e robustez em seus ambientes de processamento – alguns fornecedores de software já enxergaram esta demanda e estão, com extrema rapidez, se preparando para lançar famílias inteiras de soluções de alta disponibilidade para Linux.
A corrida do ouro que se esconde por trás do Linux será ganha por quem já provou sua competência no mundo das soluções governamentais de TI e, de quebra, deixou claro que respeita as decisões do Governo Brasileiro e não trabalha para obrigá–lo a utilizar uma única plataforma de software. A filosofia certa é, portanto, ouvir o cliente governamental e portar soluções vencedoras em outras plataformas para o Linux.
É fundamental, ainda, garantir, a cada nova solução lançada, a integração com outros ambientes de TI da máquina pública, de forma a preservar seu investimento e suas escolhas, nunca fortuitas, nunca divorciadas do próprio negócio do Governo Brasileiro: servir o cidadão.
A partir da base correta de pensar novos avanços em software, veremos, muito em breve, uma avalanche de serviços de alto nível chegando ao ambiente Linux. Gerenciamento de arquivos, gerenciamento de impressão, VPN, firewall, acesso remoto, controle de desktops, segurança baseada em gerenciamento de identidade: não há limite para os bons resultados que soluções vencedoras em milhares de usuários no mundo todo irão trazer para o universo dos órgãos públicos que aderem ao Linux.
É evidente para o Governo Brasileiro, portanto, que a adoção do Linux não é um desafio que o profissional de TI enfrenta sozinho – muito pelo contrário. Há, hoje, fornecedores de software que ouviram as necessidades de seus usuários e estão se movendo para oferecer todas as garantias necessárias à suave adoção do Linux no mundo corporativo. Diante deste empenho, fica claro que a única questão que ainda não foi equacionada é a oferta de serviços profissionais de alto nível em Linux.
Para vencer também esta fronteira torna-se necessário que estes mesmos fornecedores de software que estão migrando suas soluções para Linux trabalhem ativamente para ensinar a seus profissionais técnicos e seus parceiros os meandros da plataforma Linux. Quem está à frente desta batalha vê o Linux de forma tão estratégica que investe para disseminar o conhecimento nesta plataforma em todo o mercado.
O fruto deste empenho, a ser colhido em médio prazo, será precioso. O responsável pelas escolhas de TI do Governo contará com exércitos de profissionais técnicos capazes de lhe oferecer suporte, serviços de desenvolvimento, serviços de gerenciamento e serviços de implantação para Linux que não ficam nada a dever a outras plataformas de mercado.
Estamos vivendo um momento histórico. Daqui a dois anos, o mercado reconhecerá quem respeitou o cliente e quem se recusou a ajuda-lo a vencer seus desafios. Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça. [Webinsider]
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Uma resposta
Muito bom mesmo esta notícia.
É bom ver que a nossa sociedade está cada vez mais se tornando multi-informacional (não sei se essa palavra existe, mas eu digo assim mesmo), e que essas novas adoções ao software livre representam um avanço cultural e comportamental dentro da informática do nosso país.
Obrigado.