Parte do código–fonte original do Windows 2000 vazou. O pepino totaliza 600 Mb em 30,915 arquivos. São 13,5 milhões de linhas de código que, de acordo com a própria Microsoft em nota oficial, representa “apenas metade” do produto. Inclui também parte de código do Windows NT 4.
Vale salientar que o Windows XP foi produzido em cima do código do Windows 2000. Este, por sua vez, foi desenvolvido sob o código do Windows NT 4. Os três sistemas compartilham bibliotecas e módulos sempre guardados a sete chaves pela empresa.
É difícil imaginar as repercussões em relação ao vazamento do código. Tem muita gente falando bobagem.
Não é a primeira vez que ocorre uma situação assim com produtos da Microsoft. Anos atrás, o código–fonte do DOS (sistema operacional anterior ao Windows) vazou na internet. Não houve muito barulho, pois já naquela época se tratava de um produto obsoleto. Diferente de agora, onde qualquer pessoa pode ter acesso aos códigos de um produto atual.
Vazamentos de versões beta, “por acaso”, também são comuns. Supostamente, a Microsoft defende com unhas e dentes as edições experimentais de programas. Quem conhece, sabe que na realidade a história é outra –– vide coluna ao lado “Acidente na Microsoft”.
Evidente que, se você não é programador ou não entende nada de linguagens de programação, de nada vai adiantar ler os 13,5 milhões de linhas do arquivo vazado.
Para desenvolvedores, pode ser um prato cheio à aprendizagem; e para hackers, um prato maior ainda para descobrir novos furos de segurança e criar novos softwares que “conversem” melhor com o Windows.
Da mesma forma em que muitos podem aprender com isso, outros podem usar o conhecimento para criar vírus e programas maliciosos ainda mais potentes, ninguém sabe.
Em conjunto com o FBI, a Microsoft procura encontrar os responsáveis pela façanha. Em nota oficial, diz que os arquivos não partiram dos servidores internos da empresa, nem de parcerias com programas governamentais nos Estados Unidos.
Investigações independentes apontam que o código pode ter saído dos computadores de uma empresa chamada Mainsoft, parceira da Microsoft desde 1994. A Mainsoft tinha acesso ao código–fonte do Windows a fim de produzir um software, batizado de MainWin, cuja operação era criar versões para Unix a partir de softwares para Windows.
Até agora, nenhuma das duas empresas confirmam as conclusões independentes. [Webinsider]
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