Paulo Rebêlo e Folha de Pernambuco
A Microsoft não deixou barato a idéia de o Governo Federal incluir Linux no projeto de computador popular. O Windows XP Starter Edition, uma versão reduzida e cheia de restrições desenvolvida pela empresa para mercados emergentes e países em desenvolvimento, é a nova aposta de mercado da MS.
É interessante notar que, até o final do ano passado, os principais executivos da Microsoft nos Estados Unidos rechaçavam a idéia de lançar o Starter Edition no Brasil, porque supostamente não haveria mercado. Quando o Governo anunciou o Linux no projeto PC Conectado, o discurso mudou.
A própria Microsoft reconheceu, em julho do ano passado, o objetivo de diminuir a popularização do Linux e evitar a pirataria. O XP Starter Edition, contudo, não é gratuito. É apenas mais barato do que a versão completa, mas a Microsoft ainda não quer divulgar detalhes sobre a data exata do lançamento e os preços. Informações de bastidores dão conta que tais detalhes só serão revelados após uma confirmação oficial, por parte do Governo brasileiro, de que os PCs populares também irão incluir o sistema da Microsoft.
Sobre a pirataria, a experiência nos países asiáticos mostrou que, em boa parte das situações, o usuário recebe o computador com a versão reduzida e usa a internet para baixar uma versão pirata do Windows completo, facilmente encontrada no submundo da Rede. O que não deixa de ser mais uma bala no revólver da Microsoft contra o software livre, dizem os analistas.
A principal restrição do XP Starter Edition é o limite de programas simultâneos. Na versão asiática, o usuário não pode usar mais de três programas ao mesmo tempo. Outros recursos básicos e avançados também são bloqueados. [Webinsider]
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