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De tempos em tempos surgem novos formatos de banners tentando aumentar a sua atratividade. São formatos maiores, mais interativos, que cobrem o conteúdo ou mesmo uma página inteira. Porém, para conseguir atrair a curiosidade de potenciais consumidores, a publicidade online está se tornando cada vez mais invasiva e fazendo crescer o número de pessoas que não a toleram.



O pop–up, formato com rejeição enorme, foi eliminado por meio dos anti pop–ups. Mas os anti pop–ups não impedem a exibição de intervenções que cobrem o conteúdo da página e que você encontra hoje nas capas de todos os portais brasileiros. A rejeição à publicidade online está se tornando tão grande que alguns softwares chegam a impedir a exibição de banners.



Os incômodos que a publicidade online causam não são maiores que os dos outros meios. Assim como a publicidade online atrapalha a navegação, nas revistas de notícias semanais os anúncios cortam as matérias. Assim como você paga a conexão e faz o download de banners sem desejar, na TV a cabo, em que você paga assinatura, os programas são interrompidos por comerciais. O problema é que na internet as pessoas se acostumaram a ter tudo de graça, sem nenhum sacrifício em troca. Não existe uma imagem clara de que é a publicidade que possibilita receitas que permitem aos sites oferecerem conteúdo ou serviços. O que é possível fazer, então, para tornar a publicidade online mais simpática?



A primeira dica é usar mais os patrocínios. Assim como em um filme é possível colocar seu produto nas mãos dos atores (merchandising, que faz um grande sucesso), na web você pode associar determinado conteúdo com a sua marca. Quando se fala em patrocínios, você pode desde mostrar seu logo discretamente até vestir uma página com as cores da sua empresa. O importante é deixar claro que sua marca ou produto tem a ver com aquele conteúdo e possibilita que ele seja oferecido.



A segunda dica é colocar o banner no contexto certo. Pode parecer uma dica óbvia, mas se você parar e prestar atenção, vai perceber que muita propaganda que vê não tem a menor utilidade ou não tem nenhuma afinidade com o conteúdo em que foi veiculado.



A terceira dica é usar os banners–serviço. São banners que oferecem, na própria peça, um serviço útil a quem está vendo a página. Imagine um banner feito para pequenas empresas que dê dicas sobre negócios. Ou um banner de uma loja de roupas em um site de moda que ofereça dicas de como se vestir. Se estiverem no contexto correto, os banners podem funcionar até mesmo como parte do conteúdo de um site: imagine um banner em um site de viagens que ofereça a previsão do tempo.



A última dica é aproveitar novas tecnologias para colocar mais emoção nos anúncios. Aproveitando os recursos que som e vídeo oferecem, por exemplo, você pode tornar os anúncios online mais quentes e emocionantes. Só cuidado para que novas técnicas não tornem os anúncios ainda mais invasivos.



A publicidade online segue um ciclo: primeiro são criados novos formatos. Estes formatos começam a ser evitados e, para chamar a atenção novamente, são criados formatos mais invasivos. Que tal fazer um exercício e buscar alternativas para quebrar esse ciclo? Que tal, ao invés de invadir a tela do seu consumidor, conseguir sua simpatia? [Webinsider]



Avatar de Cezar Calligaris

Cezar Calligaris (cezar@gmail.com) é consultor de projetos digitais no Reino Unido.

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Uma resposta

  1. Salve.

    Dicas interessantes. Anteontem estava assistindo uma entrevista sobre arritmia cardíaca, em uma emissora de tv local, o assunto estava relevante, de repente foi cortado para publicidade de purificador de água. Deu uma raiva danada. O quê o produto em si tem a ver com o assunto em pauta? Assistir filmes na tv, seja aberta ou cabo está se tornando uma tortura devido a avalanche de comerciais. Quando me interesso ou preciso de um produto, converso com as pessoas, pesquiso concorrentes, em fim, me cerco de informações, incluindo preço e formas de pagamento para depois efetuar a compra. Tanto que ao meu ver não sou de trabalho ao vendedor, e por isso detesto aquele incomodo assédio do tipo Posso ajudar?. Quando entro numa loja para comprar eu já sei o quê eu quero. Creio que as propagandas deveriam seguir mais ou menos este esquema, em vez de ficar massacrando-nos.

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