Transmissão de dados por celular já é negócio

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Andreas Blazoudakis



Após cinco anos do início da oferta de serviços de transmissão de dados por celular no Brasil, este mercado vivencia sua consolidação e também um momento de ajustes e reestruturação, que inclui fusões, aquisições, parcerias e a entrada de líderes globais.



As cinco camadas que compõem o serviço – operadoras de telefonia, integradores, provedores de aplicações, de conteúdo e de mídia – passam por uma reformulação que deve modificar completamente o cenário e as regras ditadas pelas operadoras, inclusive as de “mobile advertising” ou propaganda móvel, onde as operadoras terão que se assegurar que os novos entrantes não comecem a trazer o spam por celular de outros continentes para cá.



Mercadologicamente, as mudanças podem representar para as empresas nacionais uma oportunidade e uma ameaça. Tudo depende do preparo estrutural que tiverem e da sua flexibilidade.



O País encontra–se na terceira fase rumo á maturidade na transmissão de dados, que exige a utilização de padrões mundiais e conformidade com tecnologias avançadas. Como o Brasil, ao lado da China, é um dos únicos mercados com potencial de crescimento e existe uma evidente convergência de serviços para aparelhos móveis, o setor deve experimentar altas taxas anuais de crescimento. Com especial destaque para o varejo, que deve alavancar em 60% a receita do segmento.



Ao todo, cerca de 10 empresas estrangeiras desembarcaram no mercado nacional, alterando, pressionando e acirrando a concorrência. O caso mais recente foi o da asiática Faith, que adquiriu a empresa brasileira TakeNet.



Estes players internacionais, principalmente americanos e europeus, pressionam a favor de uma maior flexibilização das restrições impostas pelas operadoras. A nova conformação se dá também pelo início de um processo de fusões das camadas, parcerias para integrar serviços e a formatação de soluções completas para o cliente. Neste sentido, integradores passam a prover aplicações, provedores de conteúdo incorporam serviços de mídia e assim por diante.



Além disso, com a premente flexibilização das regras, a expectativa é de aumento da liberdade para criar programas interativos, hoje, muito controlados. Brevemente, devem ser incorporados à lista de serviços dos integradores de mensagens curtas e de multimídia lotes de dez serviços, que incluem wallpapers e ringtones, e cujas atuais regras não permitiam que fossem fornecidos por estas empresas.



Assim, apesar das operadoras continuarem ditando as normas para o setor, a abertura vai permitir parcerias de conteúdo e mais dinamismo ao mercado, o que é muito positivo para todos, principalmente para o usuário.



Para entender melhor a dinâmica do segmento de transmissão de dados por celular, podemos lembrar a história do setor. A primeira fase, que aconteceu de 2000 a 2002, foi basicamente de formatação e criação do mercado, que inexistia e as poucas companhias que prestavam atenção na novidade não sabiam utilizar o meio de transmissão, corporativamente.



Foi um período de ‘arar’ o mercado, marcado por grandes investimentos e pouquíssimo retorno. Tínhamos que ensinar o mundo corporativo a aproveitar as facilidades do sistema. De qualquer modo, o custo – pelo menos três vezes menor que o das chamadas por celular – foi determinante para conquistar novos clientes.



Já a segunda fase foi um período de muitos testes e pilotos de modelos, em que o mercado começou a perceber as vantagens com relação a custos e a agilidade da comunicação via transmissão de dados por celular.



Houve também definições de quem seriam os players de cada camada e como seria a divisão da receita. Apesar das empresas não conseguirem explorar todos os serviços, principalmente devido às regras restritivas, houve um avanço significativo na sua utilização.



Além disso, desde o ano passado, os serviços interativos, especialmente os que envolvem mídias de massa como rádio e televisão, reforçaram a receita dos integradores e das operadoras de telefonia. Implementamos vários projetos de sucesso, que contaram com adesão expressiva do público, como Big Brother, Casa dos Artistas e programas de esportes.



A evolução e maturação do mercado devem ir mais além. A chamada quarta fase, que já ocorreu nos Estados Unidos, Europa e alguns países da Ásia, deve acontecer nos próximos 12 meses.



Nos Estados Unidos, que já estão em processo de consolidação, existem integradores que já faturam US$ 70 milhões anuais, com um volume diário de cerca de um bilhão de mensagens por mês. O Brasil deve caminhar para números semelhantes. [Webinsider]



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Artigos de autores diversos.

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Uma resposta

  1. Acha que é um teclologia muito novo no mercado tem certeza que vai crese muito novo emprase vai busca cada vem mais esté recurso para o cresimento de um novo milhorario mercado que tem a cresa cada dia mais vejo pessoas que jogar mercada vai crese muito mais.

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