Links externos: no meu site faço como eu gosto

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Na sequência do debate em torno da escolha em forçar – ou não – que os links externos, com endereços que apontam para fora de seu site, abram em nova janela do browser, recebemos mais ótimos comentários. O início da discussão está nas matérias ao lado.

As opiniões se dividem entre os moderados, digamos assim, que decidem em função de cada projeto, e os mais radicais, que defendem a mesma janela sempre. O mais interessante, porém, é observar as nuances. E perceber que o comportamento do usuário varia tremendamente. Leia.

Frederick van Amstel

O problema na verdade não é se vai abrir numa janela ou não, o problema é a razão porque precisamos abrir uma nova janela, e pior, várias janelas ao mesmo tempo.

Na época da conexão discada, abria uma nova página enquanto esperava carregar outra. Ter algumas janelas abertas ao mesmo tempo era uma estratégia para ser mais produtivo com a internet movida a vapor.

Quando passei pra banda larga, ao invés de parar com esse hábito maldito, ele aumentou ainda mais. É maldito porque a cada nova janela você despende uma parcela de sua atenção e, no final das contas, acaba não prestando verdadeira atenção em nenhuma delas. Você termina uma sessão de navegação com a sensação de que viu um monte de coisas e não entendeu nada.

Voltamos então, ao problema seminal que a internet veio para solucionar e acabou piorando: o excesso de informação. Precisamos de agentes, sejam inteligentes ou não, que nos ajudem a gerenciar nossa atenção, que evitem que percamos tempo escaneando informações que não nos interessam. O navegador poderia dar alguma indicação se um link vai ser relevante para o contexto de nossa navegação naquele momento ou não, por exemplo.

Enquanto esses navegadores contextuais não surgem, cabe a quem cria páginas fazer a lição de casa: indicar bem o que o usuário vai encontrar (conteúdo) e como (formato) ao clicar em determinado link. Como a maioiria dos links nos websites abrem na mesma janela, o usuário espera que esse padrão se estenda a todos os links de toda a web. Por isso que, quando vou usar um formato diferente (por exemplo, abrir numa nova janela), prefiro indicar de alguma forma ao lado do link.

Vale notar que a especificação XHTML 1.0 da W3C não permite usar o atributo target, já que os frames foram abandonados porque tiravam o controle do usuário.

www.usabilidoido.com.br

Leidiane

Sobre a matéria Links externos. Você prefere em janela nova?. Sim!
Sempre configurei em meus sites para que links externos abram em novas janelas.
Faço isso tirando de experiências próprias. Particularmente, prefiro que abram em novas janelas, tanto que para garantir, na maioria das vezes clico com Shift+enter nos links, quando pretendo continuar vendo aquela página. Muitas vezes, em uma nova janela, vejo um link interessante e vou pra outra e outra… assim, acabo esquecendo o primeiro primeiro site se o abro na mesma janela. Já se abro em uma nova janela, na hora ir fechando as janelas acabado voltando àquela primeira e continuo a olhar pelo site…. até aparecer mais um link externo interessante. 🙂

lleidiane@gmail.com

André Bandim

Sou o cara mais pró–link–externo–anti–botão–de–voltar que conheço. Pelo menos, defendo a idéia para quem navega como eu. Quando leio um artigo e há uma referência externa, por exemplo o do Gustavo Moura neste Webinsider, páro imediatamente o que estou lendo, clico no link e visito a página. Se for algo relevante e com muito conteúdo, passo o olho e deixo em stand by. Imediatamente, volto para o ponto onde estava na janela anterior, continuo a leitura e, só no final, volto à referência dada. Isto evita que eu me perca enquanto navego.

Há páginas, inclusive, que disponibilizam vários links. Minha barra de ferramentas e minha curiosidade não me deixam mentir, clico em cada um deles e vejo um por um, eliminando à medida que interessam ou não. Usar botão de voltar, nesse caso, seria uma novela sem fim, um exercício de paciência.

Tudo se resume a experiências de navegação. Conheço gente que odeia janelas abrindo e fica nervosa com tanta coisa aparecendo ao mesmo tempo. Para mim é algo positivo, sistematiza minha leitura. Elimino cada site sem perder o contato com aquele que foi a primeira referência, o endereço que me permitiu conhecer tantos outros.

Mas, e então, que método usar? Bom, não sei que público constitui maioria e duvido que existam apenas dois “tipos” de usuário. Aliás, duvido até que os sites devam ser idealizados pensando–se numa maioria. Mas esta é outra conversa… Dei minhas razões para ser um militante pró–link–externo–anti–botão–de–voltar e acho que se é para parar e voltar, deveríamos aprender mais com os enganos do passado.

andre.bandim@basics.com.br

Fernanda Thiesen

A meu ver, não vale a pena lutar pelo botão “voltar” do browser. A tendência é que os usuários de internet se tornem cada vez mais experientes. E para quem tem experiência em navegação, nada melhor do que várias abas com sites diferentes bem organizadas para que você possa voltar ao site desejado com apenas um clique.

Quando você sai de um site em direção a outro na mesma janela, gosta do novo site e navega por várias páginas (sem contar possíveis links para outros sites), fica realmente complicado clicar no botão voltar mais de 20 vezes. O que faz com que o site original se perca. Muitas vezes não sabemos a url de onde estamos… E no final da navegação, o site original pode ser o mais importante da sua pesquisa. Meu voto vai para as abas.

Infelizmente, no meu Firefox, uma nova janela automática é realmente uma nova janela de browser, e não uma nova aba. Espero que eles mudem isso logo. 😉

www.lecafe.com.br

Leonardo Cabral

Achei o texto muito interessante, principalmente por abrir essa discussão. Acredito que isso dependa muito da visão do proprietário da página e/ou de quem e para quem o sistema web é desenvolvido (sempre costuma depender).

No meu website, por exemplo, decidi que os links de domínios externos seriam tratados via javascript para abrir em uma nova janela independente do contexto (meu website/texto), seguindo mais ou menos a idéia de aplicar um parênteses no texto: incluir mais informação no contexto sem uma digressão.

Compreenda aqui que não estou “desutilizando” o botão Voltar. Estou apenas aplicando uma regra para ele dentro do meu website: o botão Voltar retorna às informações das páginas do meu website, assim como realiza sua função no website aberto na nova janela. Apesar de serem blocos de informação unidos por um assunto comum, possuem textualidades e sequências de navegação próprias.

O usuário sabe disso quando percebe que “pulou” para outro website, com outra identidade visual, outra narrativa. Tirar essa sensação de “terreno” do usuário é como tirar um consumidor de uma loja de departamentos e jogá–lo de paraquedas num mercado persa.

Eu mesmo já notei, durante uma fatídica monitoria no laboratório de computação do meu curso, um comportamento que você citou no texto (de fato, a monitoria se transformou num grande experiência de “focus groups”):

“Quem nunca se deparou com várias janelas de seu browser espalhadas que atire a primeira pedra! Hoje existem navegadores que oferecem navegação por orelhas ou abas, como o Firefox e o Mozilla, o que reduz a quantidade de páginas abertas na barra de ferramentas. Mas agora, ao invés de dezenas de páginas na sua barra de ferramentas, você tem várias orelhas de sites em um único browser. Aff…”

Esse comportamento não é uma anomalia em si, os usuários do laboratório acessavam seus links externos com “shift–clicks” (Internet Explorer 4.0) e hoje, provavelmente, usem “control–clicks” no Firefox e Opera mais pelo fato de não perder a linha de raciocínio do site–origem do que medo de se perder. Afinal, no fim de cada link sem saída sempre há a onipresença do Google.

Respondendo a pergunta do fim do artigo: sim, vale a pena lutar pelo botão Voltar. Porém é necessário descobrir onde estaremos lutando por ele e onde ele estará lutando contra nós.

Gostei muito do(s) texto(s). Um grande abraço.

cabral@leo.cabral.nom.br

Rodrigo Marcelino

Vale a pena abrir o link na mesma janela, valeu a pena escrever sobre isso. É insuportável ter que fechar dez janelas diferentes a cada cinco minutos de navegação. Bom texto.

rodrigo.marcelino@tribointeractive.com.br

Luciano Holanda

Bem, ele coloca que basta o usuário apertar o botão Voltar para que retorne ao site de origem, mas esqueceu que se o usuário começar a navegar pelas várias páginas do site, que de outra forma abriria em um nova janela, o botão Voltar teria que se acionado inúmeras vezes para o retorno ao site de origem.
Obrigado

lholanda@tse.gov.br

Vicente Tardin (vtardin@webinsider.com.br) é jornalista e criador do Webinsider. É editor experiente, consultor de conteúdo e especialista em gestão de conteúdo para portais e projetos online.

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2 respostas

  1. Prezados Amigos,

    Há uma preferência entre nossos clientes por abrir em _blank o site preservando o site original na tela do visitante.

    Evita assim a ação de apertar o botão _voltar no browser.

    Abraço e sucesso a todos !!!

  2. Tenho a mesma opinião do Rodrigo Marcelino quando diz O usuário sabe disso quando percebe que ?pulou? para outro website, com outra identidade visual, outra narrativa. Tirar essa sensação de ?terreno? do usuário é como tirar um consumidor de uma loja de departamentos e jogá?lo de paraquedas num mercado persa.

    Nos meus sites os links pra páginas do próprio site não tem target e os que vão pra outros sites normalmente abrem em _blank. Faço isso porque acredito que a maioria dos usuários não conhece o shift+clique e se perde quando precisa ficar apertando o botão Voltar.

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