Mensageiros disputam preferência para voz

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Simplicidade. É a palavra que melhor define o Google Talk, lançado na semana passada em versão experimental, apenas para os atuais usuários do Google Mail. Quem ainda não tem uma conta no GMail, pode pedir um “convite” para quem já tem ou, mais fácil ainda, entrar no Orkut. A rede de relacionamentos, cuja grife também é Google, oferece gratuitamente contas de Gmail para quem quiser, é só observar os avisos na página inicial do seu perfil.

Enquanto os concorrentes incrementam cada vez mais os programas com gráficos ultra–coloridos, notícias em tempo real, comércio eletrônico e muita propaganda, o Google aboliu o excesso e apresentou um programa cuja finalidade única é o bate–papo rápido. O software quase não tem cor, é puro texto e bem leve. Além de digitar mensagens rápidas, o usuário com microfone instalado ainda pode conversar em viva voz com outro amigo cadastrado no serviço, igualzinho ao Skype.

Integração é outro fator–chave no Google Talk. Você fica sabendo quando tem mensagens novas em sua conta do Gmail e ainda pode “acoplar” a lista de contatos à barra lateral do Google Desktop Search, a ferramenta de busca offline da empresa. No quesito voz, testamos algumas conversas via microfone e a qualidade do áudio aparentou ser superior a do MSN Messenger e quase igual ao do Skype.

Outro diferencial do Google Talk é o protocolo de mensagens, responsável por estabelecer a conexão usuário–usuário para as conversas. O Google adotou o Jabber, um protocolo universal, de código aberto, já utilizado em outros programas alternativos de mensagens rápidas. Com isso, o sistema não se torna proprietário e programadores autônomos do mundo todo podem, a partir de agora, criar novas funções e até ajudar na melhoria do protocolo. Em nota oficial, o Google promete, para as versões futuras, um pouco de interoperabilidade entre mensageiros: com apenas o Google Talk, o usuário poderia conversar com amigos do ICQ, Messenger, Yahoo e outros.

Messenger 7.5 aposta em VoIP, mas só roda no XP

Não é de agora que o MSN Messenger permite conversar por voz. No entanto, somente a partir da versão 7.0 é que a Microsoft passou a investir pesado nos recursos multimídia. Na versão 7.5, as principais novidades são voltadas, justamente, ao uso de voz e webcam. Também há pequenas mudanças na interface, a começar pela tela inicial de login.

Enquanto o usuário conversa com um contato, ele pode mandar clipes de áudio gravados anteriormente ou na hora, como se fosse uma animação ou “emoticon”. É interessante para quem tem microfone já instalado e prefere usar a voz em vez de ficar digitando, tipo um walkie–talkie. A parte ruim do novo MSN é que só funciona em Windows XP e ficou ainda mais poluído visualmente.

No quesito integração, o usuário ganhou um botão que permite pesquisas no MSN Busca sem precisar sair da janela de conversação. Hoje, o MSN é o mensageiro mais popular no Brasil. Dados da empresa revelam que há 13 milhões de usuários, número inferior apenas ao dos Estados Unidos. O interessante é que os ianques não optam pelo MSN como principal bate–papo, ficando na terceira colocação. Lá, quem lidera é o mensageiro da America Online (AIM), seguido do Yahoo Messenger.

Simplicidade demais, funções de menos

A interface espartana do Google Talk assusta, no início, os adeptos de mensageiros concorrentes. Tanta simplicidade pode, inclusive, deixar de lado usuários novatos ou com menos experiência, visto que há uma série de funções básicas deixadas de fora. Não dá para mandar arquivos ou usar “emoticons” (aquelas carinhas de alegre, triste etc.) durante a conversa.

“O programa é leve, legal e eficiente, mas o Google não poderia esperar um pouco mais e lançar algo mais avançadinho? Eu adoraria sugerir o Talk para meus amigos não–nerds, mas do jeito que está eu sei que eles não gostarão. E se meus amigos não usam o software, não adianta eu usar também”, conclui o publicitário Carlos Eduardo Bonini.

Um dos porta–vozes do Google, Daniel Lemin, explica que a estratégia da empresa é nunca perder o bonde das inovações e oferecer ferramentas que estejam em constante evolução. Ao ser questionado pela Folha de Pernambuco sobre a coincidência do lançamento com o anúncio da Microsoft sobre o Messenger 7.5, Lemin é enfático ao dizer que o “Google não tem o menor foco em competir com produtos concorrentes, mas apenas oferecer produtos leves e eficientes a quem estiver disposto a usar”, explica. [Webinsider] com Folha de Pernambuco.

Avatar de Paulo Rebêlo

Paulo Rebêlo é diretor da Paradox Zero e editor na Editora Paradoxum. Consultor em tecnologia, estratégias digitais, gestão e políticas públicas.

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