Nos últimos quatro anos, a Symantec tem divulgado semestralmente o Internet Security Threat Report (ISTR), um relatório crítico e detalhado sobre o cenário de segurança mundial entre os computadores conectados à Rede.
O relatório inclui análise completa dos ataques de hackers, das vulnerabilidades conhecidas, dos furos de segurança do sistema operacional e de softwares, destaques sobre códigos maliciosos e outros riscos.
Divulgado agora em outubro, o novo ISTR desenha um futuro pouco agradável para os internautas e um cenário digno de filme de terror para aquelas pessoas que ainda não entendem a necessidade de manter sempre atualizado um antivírus e um programa de proteção contra ataques, tipo um firewall. “O usuário precisa ter consciência que é necessário estar seguro tanto quanto na vida real, pois os riscos são proporcionalmente semelhantes”, define o especialista em segurança da própria Symantec, Ricardo Costa.
As previsões do ISTR é de que os spywares e adwares devem aparecer com ainda mais freqüência em dispositivos móveis (como o celular), empregando tecnologias mais danosas.
O aparecimento de vírus e código maliciosos em geral deve aumentar e as redes bot (computadores zumbis, tema já abordado por Folha de Pernambuco Informática) devem crescer em número, diversidade e sofisticação.
O número de ataques e ameaças também vai aumentar e novos riscos estão surgindo com o emprego da tecnologia de voz sobre IP, o VoIP.
Ricardo Costa antecipa que a posição do Brasil no ranking da segurança não é das melhores. Entre os países com características de acesso parecidas ao nosso, ou seja, densidade e volume de acesso, o Brasil é líder do número de ataques e disseminação de vírus. “Em escala mundial, ficamos em 11º ou 12º lugar”, completa. [Webinsider] com Folha de Pernambuco.
Paulo Rebêlo
Paulo Rebêlo é diretor da Paradox Zero e editor na Editora Paradoxum. Consultor em tecnologia, estratégias digitais, gestão e políticas públicas.