Imagine um mundo em que programadores não estão limitados a lidar apenas com conceitos de programação para criar suas aplicações, como código-fonte, classes e interfaces.
Imagine que, de acordo com o domínio da aplicação sendo desenvolvida (jogos, e-business, telemedicina, etc.), o programador pode utilizar conceitos específicos daquele domínio, como ?fase do jogo?, ?personagem principal? e ?inimigo?, de modo a criar visualmente diagramas que podem ser transformados facilmente no código-fonte final da aplicação.
Esta é a idéia do SharpLudus, projeto de mestrado recém-concluído no Centro de Informática da UFPE. A intenção final é permitir a criação mais rápida e produtiva de jogos de computador do tipo ?adventure?, como o popular Tomb Raider, em que um personagem principal explora um mundo coletando e usando itens, combatendo e fugindo de inimigos. Em sua versão inicial, entretanto, o projeto se restringe à criação de jogos bidimensionais (2D).
O SharpLudus pode ser considerado uma ?fábrica de software?, conceito relacionado à identificação de variações e semelhanças em processos e em características de produtos de um certo domínio, de modo a se construir uma verdadeira linha de produção.
O objetivo é transformar as semelhanças identificadas em componentes que podem ser reusados, visando uma maior produtividade e permitindo que o programador foque nas peculiaridades do produto que está sendo desenvolvido através da linha de produção da fábrica.
A proposta do SharpLudus não é criar um novo programa de criação de jogos. Pelo contrário, ele pretende customizar e enriquecer ambientes de desenvolvimento já consolidados no mercado, como o Visual Studio .NET, agregando recursos mais poderosos e específicos para a criação de um jogo adventure. Por exemplo, é oferecida uma linguagem visual para que o programador modele em alto nível todo o fluxo de execução de um jogo. Através dela, personagens, salas, animações e regras que coordenam o mundo do jogo (como o esquema de pontuação ou a lógica para vencer o jogo) podem ser facilmente especificadas.
Uma vez desenhados, tais diagramas geram automaticamente o código final do jogo, interagindo com componentes comuns definidos pela fábrica e que são reusados em todos os jogos, como ?motores? para jogos (game engines) e a biblioteca gráfica DirectX da Microsoft.
Validações do tipo ?todo jogo deve possuir uma tela de game over? também podem ser facilmente checadas. Caso o programador deseje adicionar ao jogo um comportamento mais complexo não previsto pela fábrica, ele sempre terá a opção de programar ao ?modo tradicional?, com a vantagem de poder interagir com o código gerado pela fábrica e ter todo o suporte do ambiente de desenvolvimento. Isso diferencia o SharpLudus de ferramentas visuais de criação de jogos disponíveis no mercado, como o popular Game Maker, que são mais focadas na criação amadora de jogos de computador.
Em resumo, o SharpLudus antecipa, através de uma experiência prática, alguns dos desafios e soluções na integração do desenvolvimento de jogos com as novas tendências relacionadas a fábricas de software. E mais uma peça é adicionada ao quebra-cabeça da inevitável industrialização massiva do mundo de tecnologias da informação. [Webinsider]
André Furtado
<strong>André Furtado</strong> (andrewilsonfurtado@yahoo.com.br) é doutorando em Ciência da Computação pela UFPE. Estudante embaixador da Microsoft, campeão nacional/mundial da competição Imagine Cup, consultor-sócio do projeto MyTV e líder do grupo de usuários Sharp Shooters.NET e mantém um <a href="http://thespoke.net/blogs/afurtado" rel="externo">blog</a>.
15 respostas
jeferson >> desculpe-me quero ajudar más lembrem-se q qualquer assunto aqui pode vazar, e o concorrente poderá tirá aproveito.
Isso já existe, e é chamada de game engine…cada empresa possui uma game engine para cada tipo de jogo…
Se vocês olharem bem, sempre existem semelhanças entre os jogos de um mesmo fabricante, por exemplo EA, onde é feito o reuso da engine.
Agora a questão de criar adicionando visualmente também já utilizado pelas empresas americanas e japonesas, porém essa tecnologia é totalmente fechar. Por exemplo, o GTA deste o vice city permite esse recurso, o que facilita bastante na montagem do jogo e “debuggagem”.
E outra, algumas games engines baseada em unity e blender podem cumprir com o proposto….
De todo modo, sorte a vocês.
Estou cocluindo o curso de pedagogia, pretendo desenvolver aplicativos em alfabetização,gostaria de fazer um estágio a partir de janeirocaso seja possível peço a gentileza de entrar em contato.
como faz o jogos de tiro e de corrida ploresenplo
half-life 2 em ps2 eu queria que chegase no brasil ainda não chegou eo so um comentario
ai nao vi seu jogo
e´muito burro mostrar o seu trabalho ao vivo na net c te robarem vc tah ferrado
c é que me entende!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
bye!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
eu sei que eu sou sinica + mesmo assim eu agrdeço o elogio
Olá Leonardo,
Na UFPE ocorreu a primeira disciplina de jogos em uma universidade na América Latina. Mais detalhes em http://www.cin.ufpe.br/~game/.
Procure também pelo SBGames (simpósio nacional de games), tem muita coisa interessante por lá.
[]s
— AFurtado
Parece ser uma área promissora, sou um player e jogo diversos jogo on-line. Acredito que não exista melhores pessoas para desenvolver um game, que as pessoas que jogam a um bom tempo e que tenham conseguido estudar e pegar a parte de programação. Eu já começei a fazer algumas faculdades de ciência da computação, sistemas de informação, cursos de web, mas sempre fico parando por não me indentificar bem. Gostaria de conseguir projetar um game, porém muito complicado, pois associo que existam varias pessoas envolvidas, dividindo o processeo de disign e programação. Hoje no Brasil existe alguma faculdade que seja top top na criação de games??? algum estado que esteja mais avançado nessa área ?
isso e de mais e muinto bom
Olá Fábio. Infelizmente não existe a previsão de publicação de conteúdo em português. Talvez você encontre algum artigo em português relativo ao tema na minha área de publicações (http://www.cin.ufpe.br/~awbf/cv.html)
[]s
— AFurtado
Fui ao site, realmente o projeto é muito bom, estou estudando C# .NET, e me interessei bastante.
Não teria esse material em portugues, só encontrei informações em ingles. Me seria mais rápido a assimilação.
Desde ja muito obrigado e desculpa qlq coisa.
Fábio Dante.
Exister alguma empresa brasileira para contrata
pessoas desenvolvedores de games qual empresa e essa
Uma empresa que faiz games bons
Estou tentando aprender a fazer games e estou pesquizando pela internet como tenho o pager make
original mais não sei fazer nada
E se alguma empresa estiver abrindor no brasil
sera que ela seria ingual a as outras epressas
e teria susseso
Nenhuma empresa do setor gamístico nunca teve um fracasso,e a EA não é exceção. Sky fox um de seus primeiros games foi um fiasco de acordo com as revistas internacionais.Mas isso já faz mais de 10 anos.E sucessos como FIFA e Battlefield fizeram-na esquecer do fracasso eo brasil vai ficar pra trais
Fernando,
Seu comentário é bastane pertinente, diria até que é uma preocupação comum na área. Entretanto, fábricas de software não podem ser comparadas com fábricas de carros ou sapatos, em que o processo é tão automatizado que quase não há criatividade.
Numa fábrica de software, as variabilidades e os pontos comuns são identificados, focando-se na automação, mas a intenção é justamente automatizar o que é rotineiro/trabalhoso/repetitivo e dar mais tempo para a equipe focar na parte criativa e na interação com clientes/usuários. O que se procura é uma economia de escopo, e não uma economia de escala das fábricas tradicionais. Afinal, concordo 100% com você: não é possível automatizar a criatividade!
Pense bem: os game engines já não provêm automação, diria até há um certo tempo? E os jogos mais criativos e viáveis hoje em dia não são criados através deles? As fábricas de games pretendem apenas subir mais ainda o nível de abstração e dar mais poder a game designers e desenvolvedores através de ferramentas e processos que os aproximarão de seus domínios específicos.
PS: no capítulo 3 de minha dissertação, disponível no site do projeto (http://www.cin.ufpe.br/~sharpludus), elaboro mais sobre essa discussão (aplicabilidade das fábricas de games).
[]s
— AFurtado
Tenho um pouco de receio quanto à aplicação de conceitos de fábrica de software na criação de Jogos.
Normalmente, a indústria de jogos é norteada pela inovação, paixão, rebeldia, alta qualificação, alta performance e pela quebra constante de paradigmas. Se houver parametrização demais como acontece nas Fábricas, o novo pode deixar de ser desenvolvido.
No entanto, mesmo assim, acredito que essa seja uma atitude altamente inovadora e espero que renda bons frutos! Abraços…
Ultimamente o provedor no qual o site do projeto está hospedado tem ficado momentaneamente fora do ar… tente novamente que você conseguirá acessá-lo (agora mesmo, terça 18/07, estou conseguindo).
[]s
— AFurtado
Tentei acessar o link do software mas não há página. Tem alguma outra forma de acesso? Gostaria de conhecer mais.
Sou professor em uma faculdade de Comunicação e Marketing, tenho estudado a intersecção entre games e publicidade e um software como esse pode ser bastante útil em sala de aula…