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A expressão “portal corporativo” vem sendo usada, já há alguns anos, para descrever a visão de um ambiente digital integrado e integrador, que cria uma camada amigável de interação com sistemas legados, mas também aproxima as pessoas e seus talentos, favorecendo a gestão do conhecimento, em prol de uma empresa mais competitiva.

Agora, muitos dos conceitos apregoados (e praticados) no segmento de portais ganham uma força ainda maior. De um lado, com a consolidação da arquitetura de serviços (SOA e webservices), e de outro, com a mudança de paradigma que a chamada “Web 2.0” representa ? mudança esta já defendida quando falávamos em “portais do conhecimento”, onde a colaboração e a interação são as grandes estrelas.

Assim, parece que os modelos mentais relacionados aos ambientes digitais estão avançando favoravelmente à idéia de utilização de portais corporativos mais completos (e complexos).

A idéia de Web 2.0 facilita a visão de que eles realmente podem ser muito mais do que integradores de TI, colocando as necessidades do usuário e o papel de ?meio de interação entre pessoas? no centro das atenções.

Já a utilização da Arquitetura SOA e de webservices, por outro lado, mostra que o caminho de integração com os legados e de evolução para o ambiente web não é apenas um discurso.

Agora fica claro que não estamos falando apenas de mais um sistema – com uma estratégia consistente de portal, é possível estabelecer uma linha de corte em termos da política de desenvolvimento de novos sistemas, oferecendo à área de TI uma plataforma escalável, unificada e agregadora.

Para o alto e avante

Esta segunda edição da pesquisa de Índice de Maturidade dos Portais no Brasil (IMP-Brasil 2006) mostra que, para a maioria das empresas, o desafio de construir portais corporativos avançados permanece ? mas há progressos.

Conforme podemos constatar no gráfico abaixo, cerca de 93% dos portais ainda não atingiram a maturidade máxima, quando deixam de ser ferramentas meramente acessórias para efetivamente apoiar o negócio e promover a gestão do conhecimento.

Ricardo Saldanha Fig01a
IMP 2006: poucos portais atingiram a faixa máxima, mas houve avanços.

Em 2005, na primeira edição da pesquisa, o cenário era semelhante. Mas um olhar mais atento sobre as quatro faixas de classificação (IMP 1, 2, 3 e 4, sendo esse último o mais avançado), nos mostra que as coisas parecem mudar, ainda que de forma gradual.

Conforme comprova o gráfico comparativo abaixo, na base da pirâmide (portais IMP 1, classificados como ?nada aderentes ao negócio?), há o que se comemorar: em 2005 eles representavam 12,10% da amostra e agora este número caiu para 10,19%.

No outro extremo, houve pequena queda, apontando para uma certa estabilidade. Nesta segunda edição da pesquisa, apenas 7,01% ficaram classificados como IMP 4 (?muito aderentes ao negócio? ? verdadeiros portais corporativos, portanto). No ano passado, esse número era ligeiramente maior: 7,64%.

Nas camadas intermediárias (IMP 2 e IMP 3), houve uma interessante evolução. No ano passado, o número de portais IMP 2 e 3 foi rigorosamente o mesmo: 40,13% cada. Neste ano, o IMP 2 aumentou para 40,76%, enquanto o IMP 3 avançou ainda mais, para 42,04%.

Ricardo Sadanha Fig 2a
Diminuição do IMP 1 e avanço dos índices 2 e 3: evolução

Isso significa dizer que as intranets básicas (que ainda não caracterizam portais corporativos) estão avançando, chegando a melhores níveis de apoio ao negócio, o que é positivo. O crescimento dos IMPs 2 e 3 parece ser reflexo direto da redução das que estavam no IMP 1.

Progressos, mas sem o ?pulo do gato?

Entretanto, como já alertávamos nas conclusões do relatório referente à pesquisa de 2005, ?(…) é muito mais fácil fazer uma intranet IMP 2 (ou mesmo 1) atingir o nível 3 do que elevar deste nível para o IMP 4?.

O ?pulo do gato?, portanto, está em vencer o limite do self-service e de alguma integração de sistemas para alcançar um nível em que a integração é também de pessoas, ganhando ênfase a gestão do conhecimento.

Mas isso só acontece mediante investimentos em diagnóstico e planejamento, bem como em estruturas de sustentabilidade para o portal ? movimento ainda tímido, pelo que indica a pesquisa deste ano.

Por outro lado, a experiência diária mostra que a demanda por um trabalho estruturante de portais corporativos está aumentando.

A explicação para esse certo descompasso entre os dados quantificáveis e o feeling de quem respira o mercado pode estar no fato de que o processo de diagnóstico e planejamento consome, na maioria dos casos, de três a seis meses, sendo necessários no mínimo outros três a seis meses para implantação da primeira versão do novo portal, com avanços significativos.

Assim, é provável que os investimentos crescentes que constatamos no decorrer deste ano se reflitam com mais clareza na edição de 2007, considerando também que encerramos a apuração de preenchimentos em agosto/2006.

Metodologia do levantamento

Ao contrário de 2005, quando ficamos com a pesquisa no ar durante cinco meses, desta vez bastaram menos de três para que atingíssemos o número de respostas desejado. Mas a metodologia é a mesma do ano anterior, bem como as 11 questões, permitindo estabelecer comparativos diretos, constatando a evolução do mercado a partir de uma amostra significativa.

Foi disponibilizado, na internet, um mini-site específico da pesquisa (tipo ?survey?). A partir do preenchimento de dados cadastrais básicos, o participante iniciava a resposta do questionário, com 11 perguntas de múltipla escolha, todas versando sobre aspectos fundamentais relacionados a portais corporativos.

Cada pergunta do formulário oferecia quatro opções de resposta. Os que optassem pela primeira opção acumulavam cinco pontos. Os que assinalassem a segunda resposta, recebiam dez pontos. A terceira resposta valia 15 pontos, enquanto a quarta e última gerava um acúmulo de 20 pontos.

Com isso, foi possível categorizar as iniciativas de portais a partir de faixas relativas ao valor total de cada formulário, chegando ao índice IMP. Considerando que as pontuações mais altas representam portais mais aderentes às estratégias de negócio, as quatro faixas ficaram assim definidas:

Índice/Pontuação obtida

Maturidade

Índice 1: de 55 a 95 pontos

Nada aderente ao negócio.

Índice 2: de 100 a 140 pontos

Pouco aderente ao negócio.

Índice 3: de 150 a 185 pontos

Razoavelmente aderente ao negócio.

Índice 4: 190 a 220 pontos

Muito aderente ao negócio.

A pesquisa foi realizada pela Plena Consultores, contando com o patrocínio de três empresas do setor: Calandra Soluções, Lumis e Vignette. E também com o apoio dos sites Baguete e Webinsider.

Nossos agradecimentos também às centenas de participantes, boa parte deles reunidos na comunidade do Intranet Portal www.intranetportal.com.br e da sua lista de discussão (WI Intranet).

Para fazer o download do relatório completo, gratuitamente, acesse a ?Biblioteca? do site da Plena, em www.plenaconsultores.com.br. Ele pode ser distribuído e utilizado livremente, desde que na íntegra e com citação completa da fonte. [Webinsider]

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Ricardo Saldanha é especialista em Digital Workplace e ex-presidente do Instituto Intranet Portal. Atualmente atua como Key Account na Totvs Private.

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4 respostas

  1. Oi, Eduardo,

    Obrigado pelo feedback.

    A questão que você coloca abre uma boa oportunidade para eu esclarecer não tenho nada contra a otimização de processos do dia-a-dia (principalmente os de RH), que caracterizam o self-service. Mas, historicamente, as intranets e portais começaram como repositórios, evoluiram para serviços e só então avançaram mais, assumindo uma posição estratégica.

    Portanto, vencer o limite do self-service não significa desmerecer a utilidade do auto-serviço, mas sim mostrar que portais mais avançados não se limitam a isso (embora todo portal que se preze tenha muuuuito self-service, como tem que ser).

    Clareou? Se a dúvida permanecer, faça novo contato, por favor.

    []s

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